VER, OUVIR, SENTIR, CHEIRAR E DEGUSTAR: OS CINCO SENTIDOS NO CICLO ALFABETIZADOR

Iara Kestering de Souza Martins; Letícia Oliveira Martins Rocha

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Trabalho

Título do Trabalho

VER, OUVIR, SENTIR, CHEIRAR E DEGUSTAR: OS CINCO SENTIDOS NO CICLO ALFABETIZADOR

Autores

Iara Kestering de Souza Martins
Letícia Oliveira Martins Rocha

Modalidade

Comunicação Oral

Área temática

GT 15 – POLÍTICAS E PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO

Data de Publicação

05/12/2018

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/ixsimfop/124628-ver-ouvir-sentir-cheirar-e-degustar--os-cinco-sentidos-no-ciclo-alfabetizador

ISSN

2175-9162

Palavras-Chave

PALAVRAS-CHAVE: Planejamento. Ciclo alfabetizador. Brincadeiras. Registro.

Resumo

Cientes de que vivemos em um mundo letrado e de que fazer uso social da leitura e escrita é fundamental, enfocamos o trabalho que foi desenvolvido a partir do estágio supervisionado de Pedagogia no Ciclo Alfabetizador, realizado pelo sétimo semestre do curso de Pedagogia da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Este, foi desenvolvido em uma turma de primeiro ano do ensino fundamental, contendo 15 crianças, numa escola da rede pública municipal de Tubarão, estado de Santa Catarina durante o primeiro semestre de 2018. O trabalho fundamentou-se em uma pesquisa bibliográfica, com a metodologia embasada na pesquisação. Por meio das observações que foram realizadas na turma foi possível elaborar o projeto de intervenção: “Ver, ouvir, sentir, cheirar e degustar: os cinco sentidos no ciclo alfabetizador”, que teve como objetivo estimular a leitura e a escrita com diversas atividades relacionadas ao tema “órgãos dos sentidos”. Assim, ampliamos o nível de conhecimento das crianças desenvolvendo várias metodologias significativas. Segundo Ostetto (2000, p.177) a elaboração de um bom planejamento: (...) é essa atitude de traçar, projetar, programar, elaborar um roteiro para empreender uma viagem de conhecimento, de interação, de experiências múltiplas e significativas para/com o grupo de crianças. (...) por isso não é uma forma! Ao contrário, é flexível e, como tal, permite ao educador repensar, revisando, buscando novos significados para sua prática pedagógica. A partir das observações e registros que organizamos com base no cotidiano escolar, elaboramos o projeto de intervenção. Reorganizamos o espaço da sala criando um ambiente para a leitura. Assim, possibilitamos às crianças o livre acesso aos livros. E também reformulamos a organização das carteiras. No planejamento contemplamos diferentes metodologias relacionadas aos órgãos dos sentidos. Envolvemos leitura e escrita, contagem e montagem e análise de gráficos. Conforme Zabalza (1998, p. 236): O espaço na educação é constituído como uma estrutura de oportunidades. É uma condição externa que favorecerá ou dificultará o processo de crescimento pessoal e o desenvolvimento das atividades instrutivas. Será estimulante, ou pelo contrário, limitante. O planejamento também considerou as questões de arte e estética. Preparamos uma exposição com as obras da pintora Tarsila do Amaral, através da qual as crianças realizaram uma releitura. Na sequência propomos a ideia de escrevermos um convite para convidarmos as crianças do Pré-escolar à visitarem a exposição de arte do primeiro ano, que foi organizada com as releituras realizadas pelas crianças. A exposição foi socializada com intuito de valorizar o trabalho realizado pelas crianças do primeiro ano, a função social é inteiramente importante para o processo de alfabetização e letramento. Além disso, a exposição também foi considerada uma socialização do estágio aos funcionários e demais alunos da escola. Segundo Freire (1989, p.11), [...] a leitura da palavra é sempre precedida da leitura de mundo. E aprender a ler e escrever é antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica das palavras, mas uma relação dinâmica que vincula linguagem e realidade. Ademais, a aprendizagem da leitura e a alfabetização são atos de educação e educação é um ato fundamentalmente político. Os resultados obtidos com a intervenção de estágio foram muito positivos, reconhecimento e muito amor foi o que recebemos das crianças. Desta forma, percebemos o quanto é importante a aprendizagem de forma significativa e interdisciplinar. Por meio do lúdico, das brincadeiras e das diversas metodologias ampliamos o nível de conhecimento das crianças sem que este se tornasse algo cansativo de desmotivador. Constatamos o quanto as observações e registros são fundamentais para a elaboração de um planejamento. Assim como, as metodologias devem ser bem elaboradas e desenvolvidas, permitindo com que as crianças participem, argumentem e exponham suas ideias e opiniões. Segundo Ostetto (2008, p. 20): O registro do educador contempla o vivido diariamente, apresentado na escrita de forma descritiva e também analítica. (...) Trata-se de fazer e trazer consciência a “coisa feita”. A escrita traz/faz revelações e amplia a consciência do educador. O processo de alfabetização e letramento é muito importante para a vida das crianças. Segundo Soares (1985), alfabetização é o processo de aquisição do código escrito, das habilidades de leitura e de escrita que demanda procedimentos específicos correlacionados com toda estrutura sócio – política, sua complexidade é demonstrada por sua multiplicidade de facetas. Já o letramento, ainda de acordo com Soares (2003, p. 18), “é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever: o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita”. O processo de alfabetização e letramento deve ser incentivador e encantador, oferecendo sempre as crianças oportunidades para falas, brincadeiras, ludicidade e muito carinho. Referências OSTETTO, Luciana Esmeralda. Planejamento na educação infantil: mais que a atividade, a criança em foco. In: Encontros e encantamentos na educação infantil. Campinas-SP: Papirus, p. 175-200. 2000. OSTETTO, Luciana Esmeralda. Observação, Registro, Documentação: nomear e significar as experiências. In: OSTETTO, Luciana Esmeralda (Org). Educação Infantil: Saberes e Fazeres da Formação de Professores. Campinas/SP: Papirus, p. 13-32. 2008. FREIRE, Paulo. A Importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 22° ed. São Paulo: editora Cortez, 1989. SOARES, Magda. Linguagem e Educação: letramento em três gêneros. 2° edição. Belo Horizonte: editora Autêntica, 2003. SOARES, Magda. As muitas facetas da alfabetização. Caderno de Pesquisa, Revista da Fundação Carlos Chagas. São Paulo, num. especial sobre alfabetização: nº 52, de fevereiro de 1985. ZABALZA, Miguel A. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Título do Evento: IX SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: A EDUCAÇÃO BRASILEIRA NA ATUAL CONJUNTURA NACIONAL e VII Seminário Regional do Proesde Licenciaturas
Cidade do Evento: Tubarão
Título dos Anais do Evento: Anais do IX SIMFOP - Simpósio Nacional sobre Formação de Professores: a Educação Brasileira na atual conjuntura Nacional e VII Seminário Regional do Proesde Licenciaturas
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

MARTINS, Iara Kestering de Souza; ROCHA, Letícia Oliveira Martins. VER, OUVIR, SENTIR, CHEIRAR E DEGUSTAR: OS CINCO SENTIDOS NO CICLO ALFABETIZADOR.. In: Anais do IX SIMFOP - Simpósio Nacional sobre Formação de Professores: a Educação Brasileira na atual conjuntura Nacional e VII Seminário Regional do Proesde Licenciaturas. Anais...Tubarão(SC) UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ixsimfop/124628-VER-OUVIR-SENTIR-CHEIRAR-E-DEGUSTAR--OS-CINCO-SENTIDOS-NO-CICLO-ALFABETIZADOR. Acesso em: 02/05/2025