POR UMA (NOVA) CIDADE-CAPITAL PARA O BRASIL (1808-1824)

Publicado em 04/07/2022 - ISBN: 978-65-5941-738-4

DOI
10.29327/165667.4-3  
Título do Trabalho
POR UMA (NOVA) CIDADE-CAPITAL PARA O BRASIL (1808-1824)
Autores
  • Luís Henrique Junqueira de Almeida Rechdan
Modalidade
Apresentação de comunicação
Área temática
09 - Entre capitalidades e localidades: geopolíticas e ação política nos oitocentos (João Paulo Peixoto Costa - IFPI)
Data de Publicação
04/07/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivseoivencontroposgraduandos/480401-por-uma-(nova)-cidade-capital-para-o-brasil-(1808-1824)
ISBN
978-65-5941-738-4
Palavras-Chave
História do Brasil; Governo Joanino; Primeiro Reinado; Rio de Janeiro; Capitalidade
Resumo
Nesta comunicação, propõe-se uma reflexão sobre algumas das propostas, elaboradas entre 1808 e 1823, de transferência da capital do Brasil – Vice-Reino, Reino e Império – da cidade do Rio de Janeiro para um local que atendesse melhor os interesses das classes dominantes provinciais. Propostas que, inclusive, impactariam na redação da Carta Constitucional de 1824, na qual não há a definição de uma cidade específica como capital do Império. No início do oitocentos, a ideia de uma cidade-capital, na qual deveria se concentrar todo o aparato administrativo estatal – alta burocracia, órgãos do governo e da administração pública –, era recente e estava relacionada diretamente com o processo de formação do Estado moderno europeu. Isso não significa, que antes do século XVI, não houvesse capitais, mas sim que novos significados passaram a ser conferidos a esses centros político-administrativos, de modo a se tornarem, eles mesmos, representação do(s) poder(es) estatal(ais). Cidade capital, cidade da coroação, cidade-cabeça, cidade-mãe, cidade primeira... diversas eram as formas adotadas pelas línguas nacionais para se referirem a este centro urbano sede e símbolo do(s) poder(es) estatal(ais). E, cada uma destas denominações nos remete a uma, dentre muitas, das acepções possíveis para a palavra capital, de acordo com o aspecto relevante a cada contexto histórico na qual ela passou a integrar o léxico. Igualmente, múltiplos foram os modelos propostos e efetivamente colocados em execução no mundo atlântico nos três séculos que antecederam a transferência da família real portuguesa para o Rio de Janeiro. Ou seja, quando Hipólito José da Costa e José Bonifácio de Andrada e Silva refletiram sobre o tema, diversas eram as experiências urbanísticas que estavam à disposição destes letrados para serem analisadas de modo a propor uma solução específica para o Brasil – Reino ou Império. E, do(s) modelo(s) escolhido(s) decorreria(m) novas hierarquias e redes territoriais entre as cidades, novas representações de poder, nova arquitetura das relações mercantis e das fontes do poder econômico pelo espaço americano. Pelas experiências de poder e urbanísticas passadas – Roma, Paris, Lisboa, Washington... –, muitos eram os desafios que se colocavam para aqueles que se dedicassem a este tema, clássico, porém em constante renovação no mundo atlântico. Nesse sentido, o empenho do príncipe regente dom João em reformular a cidade do Rio de Janeiro, então sede do vice-reinado transmutada em sede da monarquia. Assim, para cumprir seu novo papel dentro da monarquia portuguesa – local onde, inclusive, seria coroado o novo rei de Portugal – fundamental sua transformação urbana, de modo a ser dotada da carga simbólica associada à uma cidade-capital: mister sua diferenciação frente às demais cidades do Estado português. Jardins, praças, avenidas, monumentos, palácios: o urbano passava a ser concebido em função de seu papel enquanto representação do Estado e da presença da família real na cidade. Destarte, ao se propor uma nova cidade ou um novo local para ser cidade-capital, todos estes aspectos deveriam ser levados em consideração. Uma nova cidade-capital implicaria novos caminhos, deslocamentos populacionais e novas redes de pessoas e de bens: interesses múltiplos a serem atendidos e escolhas a serem feitas. Propõe-se, portanto, nesta comunicação, uma reflexão sobre os primórdios de um debate, nas primeiras décadas do oitocentos, que se estenderia até meados do século seguinte: a construção de uma (nova) cidade-capital para o Brasil.
Título do Evento
IV Encontro de Pós-Graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO)
Título dos Anais do Evento
Anais do IV Encontro de Pós-Graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO)
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

RECHDAN, Luís Henrique Junqueira de Almeida. POR UMA (NOVA) CIDADE-CAPITAL PARA O BRASIL (1808-1824).. In: Anais do IV Encontro de Pós-Graduandos da Sociedade de Estudos do Oitocentos (SEO). Anais...Campinas(SP) Unicamp, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVSEOIVEncontroPosGraduandos/480401-POR-UMA-(NOVA)-CIDADE-CAPITAL-PARA-O-BRASIL-(1808-1824). Acesso em: 09/06/2025

Trabalho

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