ANASARCA E CONDRODISPLASIA TIPO BULLDOG EM FETO DE MINI BOVINO – RELATO DE CASO

Publicado em 16/12/2021 - ISBN: 978-65-5941-477-2

Título do Trabalho
ANASARCA E CONDRODISPLASIA TIPO BULLDOG EM FETO DE MINI BOVINO – RELATO DE CASO
Autores
  • Carlos José Rocha Teixeira
  • Natalia Cristina Vieira de Moura
  • Heloísa de Paula Pedroza
Modalidade
Relato de Caso
Área temática
Obstetrícia Veterinária
Data de Publicação
16/12/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivjavetunipaclafaiete/424961-anasarca-e-condrodisplasia-tipo-bulldog-em-feto-de-mini-bovino--relato-de-caso
ISBN
978-65-5941-477-2
Palavras-Chave
distocia, malformação fetal, monstro fetal, nanismo
Resumo
TEIXEIRA, Carlos José Rocha¹*; MOURA, Natália Cristina Vieira²; PEDROZA, Heloisa de Paula³ ¹ Médico Veterinário, Mestrando, UFMG - MG ² Médica veterinária autônoma, Ouro Branco, MG ³ Professora do curso de Medicina Veterinária, UNIPAC – Lafaiete, MG *carlosteixeiravet@gmail.com Malformações são importantes causas de distocias de origem fetal, podendo ser provocadas ou predispostas por fatores genéticos, deficiências nutricionais, distúrbios hormonais, exposição a xenobióticos e infecção por doenças que afetam a reprodução. Anasarca, que se caracteriza por edema generalizado pode ocorrer em situações onde ocorre insuficiência cardíaca no feto, ou quando há torção do cordão umbilical. As condrodisplasias geralmente são provocadas por fatores hereditários, caracterizadas pelo nanismo, que pode se apresentar de forma proporcional, ou em várias manifestações fenotípicas desproporcionais que são classificadas de acordo com suas características morfológicas, sendo de comum ocorrência em mini bovinos. O presente trabalho objetiva descrever um caso de distocia de origem fetal provocada por feto apresentando anasarca e condrodisplasia tipo bulldog ou dexter. Foi atendido uma fêmea bovina miniatura, a qual apresentou distocia e feto desproporcional em apresentação posterior longitudinal superior com membros estendidos. De acordo com o proprietário, o animal já havia abortado em gestação anterior, e o feto da ocasião apresentava anormalidades morfológicas. Devido à impossibilidade de realização de manobra obstétrica e extração forçada pela desproporção feto-pélvica, foi realizada cesárea pelo flanco esquerdo com o animal em estação para remoção do feto, cujo preparo cirúrgico consistiu em anestesia epidural baixa utilizando 140 mg de lidocaína, tricotomia do flanco esquerdo, anestesia em L invertido no flanco utilizando 1200 mg de lidocaína e antissepsia com gluconato de clorexidine 2%, o procedimento cirúrgico consistiu em incisão de pele de 30 cm sentido dorso-ventral, incisão de músculos oblíquo externo e oblíquo interno do abdome, divulsão do músculo transverso do abdome e incisão do peritônio seguida de exteriorização do útero, histerotomia sobre a curvatura maior do corno uterino e remoção do feto e anexos fetais. Foi realizada histerorrafia em duas etapas, sendo a primeira com padrão simples contínuo e a segunda invaginante com padrão cushing, ambas com fio categut cromado nº3, as camadas musculares juntamente com o peritônio foram suturadas com padrão sultan utilizando fio categut cromado nº3, e a pele foi suturada com padrão colchoeiro utilizando fio nylon 0,60 mm. No pós operatório foi recomendado administração de oxitetraciclina na dose de 10 mg/kg e diclofenaco sódico na dose de 0,5 mg/kg IV durante 5 dias. Após conclusão da cirurgia, foi realizada inspeção visual do feto que apresentou cabeça grande, focinho curto, assimetria mandibular, dentes malformados e protrusão da língua, tórax e abdome desproporcionais em relação ao comprimento e largura, membros curtos e hérnia abdominal, além de mecônio junto aos anexos fetais. Na necropsia, foi observado anasarca, congestão hepática, renal e em partes das superfícies do baço, omento, intestino grosso e reto, fígado com bordas arredondadas e com superfície irregular, presença de cistos contendo líquido translúcido aderidos ao fígado, omento, intestinos e parede abdominal, coração com superfície pálida e áreas esbranquiçadas no miocárdio, pulmões edemaciados e pálidos, e hidrocefalia. As características morfológicas do feto são compatíveis com as descrições existentes na literatura sobre condrodisplasia tipo bulldog, e com base nas mesmas foi estabelecido o diagnóstico. Os achados de necropsia são sugestivos de que o anasarca tenha se originado de uma possível insuficiência cardíaca do feto, porém com etiologia desconhecida.
Título do Evento
II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária – COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET)
Título dos Anais do Evento
Anais do II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária: COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET)
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

TEIXEIRA, Carlos José Rocha; MOURA, Natalia Cristina Vieira de; PEDROZA, Heloísa de Paula. ANASARCA E CONDRODISPLASIA TIPO BULLDOG EM FETO DE MINI BOVINO – RELATO DE CASO.. In: Anais do II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária: COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET). Anais...Conselheiro Lafaiete(MG) UNIPAC, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVJAVETUNIPACLAFAIETE/424961-ANASARCA-E-CONDRODISPLASIA-TIPO-BULLDOG-EM-FETO-DE-MINI-BOVINO--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 25/06/2025

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