NEOPLASIAS MAMÁRIAS EM GATAS- REVISÃO DE LITERATURA

Publicado em 16/12/2021 - ISBN: 978-65-5941-477-2

Título do Trabalho
NEOPLASIAS MAMÁRIAS EM GATAS- REVISÃO DE LITERATURA
Autores
  • Natalia Asevedo Silva
  • Ludimila Rodrigues Oliveira
  • Paula Baeta Rios
Modalidade
Revisão de Literatura
Área temática
Clínica e Cirurgia
Data de Publicação
16/12/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivjavetunipaclafaiete/424316-neoplasias-mamarias-em-gatas--revisao-de-literatura
ISBN
978-65-5941-477-2
Palavras-Chave
carcinomas mamários, carcinoma sólido, fibroadenoma
Resumo
SILVA, Natália Asevedo¹*; OLIVEIRA, Ludimila Rodrigues¹; TURQUETE, Paula Baêta da Silva Rios². ¹Graduando em Medicina Veterinária, Unipac -Lafaiete,MG, ²Professora do curso de Medicina Veterinária, Unipac – Conselheiro Lafaiete, MG. RESUMO: Os felinos domésticos estão bem populares e com isso um olhar mais atento a eles. Com aumento da expectativa de vida dos animais domésticos de estimação tem se observado maior ocorrência de câncer (Lopes, 2017), de modo que nesse trabalho iremos abordar as neoplasias mamárias em gatas. Segundo estudos o Brasil a incidência de neoplasia mamária em felinos domésticos é cerca de 80% a 90%, maior incidência em gatas siamesas (Nardi, 2016; Lopes, 2017). As neoplasias são de causas multifatoriais. A cirurgia é o tratamento principal para neoplasias mamárias, podendo ser isolada ou associada à quimioterapia, quando associada à expectativa de vida aumenta (Lopes, 2017). O tratamento através de medicamentos quimioterápicos como: doxorrubicina, ciclofosfamida, carboplatina e mitroxantona, usados de forma única ou associados (Peixoto, 2020). INTRODUÇÃO Os gatos são animais de estimação bem populares, no Brasil a população de gatos é de 24,7 milhões. A preocupação com a saúde desses animais e a consciência dos proprietários tem proporcionado um crescimento na Medicina Veterinária felina (Peixoto, 2020). Com aumento da expectativa de vida dos animais domésticos de estimação tem se observado maior ocorrência de câncer (Lopes, 2017). De modo que o tumor de glândulas mamárias em gatas é o terceiro tipo mais frequente em gatas. No Brasil a incidência de neoplasia mamária em felinos domésticos é em torno de 80% a 90%, entretanto a idade mais observada é de 10 a 12 anos de idade, sendo mais observado em gatas siamesas (Nardi, 2016; Lopes, 2017). Estudos demostram que os tumores mamários malignos, representam cerca 70 a 97%, e os tumores benignos entre 3 a 30% (Lopes, 2017). Segundo Peixoto (2020) aproximadamente 50% dos carcinomas mamários apresentam recidivas a partir do terceiro mês até o décimo oitavo mês após a remoção cirúrgica. Os tumores mamários em gatos machos os são raros, ocorrendo em animais com 12 anos, sem raça definida e não castrados. Caracterizado por curso clínico agressivo, igual às fêmeas e invasão linfática como prognóstico negativo (Nelson e Couto, 2010). A etiologia do câncer de mama é multifatorial, podendo estes envolvidos em questões genética, ambiental, nutricional e principalmente hormonal (Lopes, 2016; Peixoto, 2020). Este trabalho irá aborda uma revisão literatura de neoplasias mamárias em gatas. REVISÃO DE LITERATURA Nos tumores malignos as células expressam seus genes de modo instável e diversificado, resultando na desregulação da diferenciação celular. De modo que três classes de genes: os proto-oncogenes, que promovem o crescimento dos tumores; os genes que regulam a apoptose e os genes oncosupressores, responsáveis por inibirem seu crescimento (Junqueira e Carneiro, 2000). Nas gatas o tumor de mama nas fêmeas não castradas e naquelas submetidas tardiamente a ovariohisterectomia (OH) é maior do que nas castradas antes do primeiro cio (Nelson e Couto, 2010). Pesquisas mostram que a OH precoce é protetora contra o desenvolvimento do tumor da glândula mamária de gatas (Lopes, 2017). Estudos demostram que o uso indiscriminado de fármacos contraceptivos pode levar as alterações das glândulas mamárias como hiperplasias ou neoplasias (Peixoto, 2020). Os tumores mamários podem afetar qualquer região da cadeia mamária, caracterizando por massas únicas ou múltiplas, firmes, nodulares e de tamanhos variáveis (Nelson & Couto, 2010). Vem sendo demostrado que 80% das gatas os tumores apresentam ulceração, invasão linfática, metástase regional e a distância (Nardi, 2016). A metástase em linfonodo regional aparecem em 35 a 60% das gatas com neoplasia mamária maligna (Lopes, 2017).Os sinais sistêmicos nas gatas são; a redução do apetite, apatia, fraqueza, dor na região tumoral e desconforto. As metástases são diagnosticadas nos linfonodos e pulmões, além da pele, no baço, na pleura, no fígado, no diafragma, na glândula adrenal e nos rins (Nelson e Couto, 2010). Estudos demostram que o carcinoma sólido é o tipo de tumor mamário maligno mais comum em gatas e o fibroadenoma é o tumor benigno mais observado (Peixoto, 2020). O aumento das glândulas mamárias pode ser observado em várias doenças, como; cistos, processos inflamatórios, hiperplasias e neoplasias O diagnóstico é através da anamnese, exame físico onde observam ulceração nos nódulos, necrose, aderência aos tecidos adjacentes, o número de glândulas afetadas, o tamanho e a consistência, e se os linfonodos têm possíveis alterações (Lopes, 2017). Exames complementares que vão ajudar no diagnóstico e avaliar o paciente com lesões mamárias são: Hemograma, perfil bioquímico sérico, diagnóstico por imagem, citologia e histopatologia (Lopes, 2017). A radiografia torácica pode auxiliar, feita antes do tratamento, devido à gata apresentar metástase pulmonar o prognóstico é reservado a desfavorável (Nelson e Couto, 2010). Já a tomografia computadorizada pode ajudar a identificar metástases pulmonares (Lopes, 2017). A cirurgia é o tratamento principal para neoplasias mamárias, podendo ser isolada ou associada à quimioterapia, isso vai depender de cada paciente e do tipo de neoplasia. O carcinoma mamário em gatas devido seu potencial metastático e feita à quimioterapia adjunta, de modo a ajudar prevenir a disseminação tumoral e aumento da expectativa de vida (Lopes, 2017). Tumores mamários mais agressivos são recomendados a realização da mastectomia bilateral ou unilateral. Os linfonodos sentinela são os primeiros linfonodos de uma bacia linfática regional a drenar a linfa do sítio neoplásico, onde vão conter as células tumorais. Portanto devem ser removidos simultaneamente com mastectomia (Nardi, 2016). O tratamento através de medicamentos quimioterápicos como: doxorrubicina, ciclofosfamida, carboplatina e mitroxantona, usados de forma única ou associados (Peixoto, 2020). O uso de inibidores de cox-2 e das prostaglandinas como o piroxicam (Lopes, 2017). CONSIDERAÇÕES FINAIS A ocorrência de neoplasia mamárias em gatas tem sido cada vez mais frequente isso devido ao maior cuidado com esses animais. A cirurgia é o tratamento mais recomentado para neoplasias mamárias, podendo ser isolada ou associada à quimioterapia. Estudos demostram que associação da cirurgia com os quimioterápicos pode aumentar a expectativa de vida desses animais e além de proporcionar bem estar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. A célula cancerosa. In: Biologia celular e molecular. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. p. 292-301. LOPES, M. C. T. Estudo clínico, patológico, epidemiológico e de sobrevida dos tumores mamários em gatas atendidas no hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina. Universidade Estadual de Londrina. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Clínicas Veterinárias da Universidade Estadual de Londrina. Londrina, 2017. NARDI, A. B. Atualidades sobre as Neoplasias mamárias em Cadelas e Gatas. AGENER UNIÃO. Saúde Animal. Boletim pet. Volume 05, 2016. NELSON R. W & COUTO C. G. Distúrbios do pós-parto e das glândulas mamárias. In: NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010, p.944-949. PEIXOTO, G. S. Neoplasias Mamárias em felinos Domésticos: Revisão Bibliográfica. Universidade Federal de Uberlândia. Faculdade de Medicina Veterinária. Trabalho de conclusão de curso a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia- MG, 2020.
Título do Evento
II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária – COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET)
Título dos Anais do Evento
Anais do II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária: COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET)
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Natalia Asevedo; OLIVEIRA, Ludimila Rodrigues; RIOS, Paula Baeta. NEOPLASIAS MAMÁRIAS EM GATAS- REVISÃO DE LITERATURA.. In: Anais do II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária: COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET). Anais...Conselheiro Lafaiete(MG) UNIPAC, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVJAVETUNIPACLAFAIETE/424316-NEOPLASIAS-MAMARIAS-EM-GATAS--REVISAO-DE-LITERATURA. Acesso em: 13/05/2025

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