CÓLICA POR COMPACTAÇÃO SECUNDÁRIA À TÉTANO – RELATO DE CASO

Publicado em 16/12/2021 - ISBN: 978-65-5941-477-2

Título do Trabalho
CÓLICA POR COMPACTAÇÃO SECUNDÁRIA À TÉTANO – RELATO DE CASO
Autores
  • Ana Flávia Andrade Reis
  • Igor Malta De Rezende
  • Heloísa de Paula Pedroza
  • Antonio Catunda
  • Claudinei Henriques Gonçalves
Modalidade
Relato de Caso
Área temática
Clínica e Cirurgia
Data de Publicação
16/12/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivjavetunipaclafaiete/423426-colica-por-compactacao-secundaria-a-tetano--relato-de-caso
ISBN
978-65-5941-477-2
Palavras-Chave
Clostridium tetani, tetanospasmina, toxinas
Resumo
REIS, Ana Flávia Andrade1*; REZENDE, Igor Malta de¹; GONÇALVES, Claudinei Henriques1 ; PEDROZA, Heloísa de Paula²; PINHO NETO, Antônio Catunda2 ¹ Graduando(a) em Medicina Veterinária, UNIPAC – Lafaiete, MG ² Professor(a) do curso de Medicina Veterinária, UNIPAC – Lafaiete, MG *E-mail: anaflaviaar96@hotmail.com O tétano é considerada uma enfermidade tóxica infecciosa já que o Clostridium tetani produz toxinas (tetanospasmina, tetanolisina e uma toxina não espasmogênica) que desencadeiam a doença. O objetivo do resumo é relatar um quadro de cólica secundária a tétano. Um garanhão da raça Campolina, 12 anos de idade, foi atendido com a queixa principal de cólica. De acordo com o tratador, o animal havia amanhecido “travado”, não havia se alimentado e estava apresentando desconforto abdominal. Ao exame físico geral, o animal apresentava frequências cardíaca e respiratória elevadas, com padrão respiratório superficial, tempo de preenchimento capilar de 3 segundos, mucosas congestas, abaulamento do flanco direito, hipomotilidade intestinal em todos os quadrantes, inquietude e querendo deitar e rolar. Diante da inquietude e da tentativa frustrada de passagem de sonda nasogástrica, foi administrado detomidina (20 µg/kg) por via endovenosa. Na palpação retal foi possível sentir o cólon menor repleto de fezes ressecadas com fibras longas e coloração amarelada e compactação de ceco. Com o animal mais tranquilo, devido ao efeito da detomidina, foi possível observar protusão da membrana nictante, cauda em bandeira, posição de cavalete, orelha em tesoura e trismo mandibular. Ao fazer a inspeção da parte ventral do animal, foi possível detectar uma ferida em processo de cicatrização. De acordo com o tratador, o animal havia se acidentado 15 dias antes. O animal estava numa cavalgada quando caiu numa ribanceira e uma estaca entrou próximo a cartilagem xifoide. Não foi prestado atendimento ao animal, o mesmo não estava com a vacinação em dia e passaram apenas repelente prata na ferida. Diante do quadro, o animal foi diagnosticado com cólica por compactação secundária a tétano. No mesmo dia, o animal foi encaminhado para atendimento hospitalar, e mesmo sendo fornecido todo o tratamento e suporte necessários o quadro progrediu negativamente, com o animal vindo a óbito cinco dias após o atendimento inicial. A tetanospasmina é uma toxina neurogênica, que inibe a liberação de glicina, neurotransmissor que promove a descontração muscular, desse modo, a musculatura permanece contraída. A porta de entrada para a infecção por tétano foi a ferida associada à ausência de vacinação em dia e ausência do estabelecimento de tratamento adequado. O animal desenvolveu o quadro de cólica por diversos fatores. O trismo mandibular e a disfagia orofaríngea possivelmente contribuiu com a dificuldade de mastigação e consequentemente a presença de fibras longas nas fezes associada à dificuldade de ingestão de água, respectivamente. Esses quadros associados culminaram com a compactação, que foi agravada pela hipomotilidade intestinal. A impossibilidade de passar a sonda nasogástrica pela ausência de deglutição, pôde ser justificada pela disfagia orofaríngea. A taquipneia e a respiração superficial, foi mantida mesmo após a administração de sedativo. Isso pode ser justificado pelo provável comprometimento dos músculos respiratórios. O animal provavelmente já vinha apresentando alguns sinais de tétano que não foram percebidos anteriormente. A ausência de vacinação e tratamento adequado no dia do acidente e a chamada tardia do veterinário, propiciou uma evolução do quadro que culminou com o óbito do animal, mesmo com todo o suporte hospitalar fornecido após o diagnóstico. A espécie equina é a mais susceptível ao tétano, devendo portanto ser adotadas medidas preventivas, tais como a vacinação em dia e administração de soro antitetânico e tratamento adequado da ferida para animais expostos.
Título do Evento
II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária – COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET)
Título dos Anais do Evento
Anais do II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária: COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET)
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

REIS, Ana Flávia Andrade et al.. CÓLICA POR COMPACTAÇÃO SECUNDÁRIA À TÉTANO – RELATO DE CASO.. In: Anais do II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária: COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET). Anais...Conselheiro Lafaiete(MG) UNIPAC, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVJAVETUNIPACLAFAIETE/423426-COLICA-POR-COMPACTACAO-SECUNDARIA-A-TETANO--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 31/05/2025

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