ESPINHA BÍFIDA EM CÃO SEM RAÇA DEFINIDA – RELATO DE CASO

Publicado em 16/12/2021 - ISBN: 978-65-5941-477-2

Título do Trabalho
ESPINHA BÍFIDA EM CÃO SEM RAÇA DEFINIDA – RELATO DE CASO
Autores
  • Amanda Lorene Rabelo
  • Izabella Vitória Baêta Raad
  • Tamara Cristina Moreira Lopes
Modalidade
Relato de Caso
Área temática
Clínica e Cirurgia
Data de Publicação
16/12/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivjavetunipaclafaiete/414513-espinha-bifida-em-cao-sem-raca-definida--relato-de-caso
ISBN
978-65-5941-477-2
Palavras-Chave
coluna, malformações ósseas, paciente, radiografia
Resumo
RABELO, Amanda Lorene*¹; RAAD, Izabella Vitória Baêta¹; LOPES, Tamara Cristina Moreira²; COELHO, Adrielle Cristine Barbosa³; TRINDADE, Ana Cláudia³; DE SOUSA, Felipe Gaia4. ¹Graduanda em Medicina Veterinária, Unipac – Conselheiro Lafaiete, MG. ²Professora do curso de Medicina Veterinária, Unipac – Conselheiro Lafaiete, MG ³Médica Veterinária, Pronto Socorro Veterinário – Conselheiro Lafaiete, MG 4Médico Veterinário – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC MINAS Introdução: A espinha bífida é uma malformação óssea congênita caracterizada pelo fechamento incompleto do arco dorsal da coluna, podendo estar relacionada à protrusão das meninges, medula espinhal e por defeitos do corpo vertebral, acontece com maior frequência na região lombosacral, porém pode ser descritas em outras regiões como em segmentos lombar caudal e torácica. A etiologia desta malformação ainda não está bem elucidada, porém, cita-se como possíveis componentes etiológicos os fatores genéticos, teratogênicos, nutricionais e raciais. A espinha bífida é uma condição incomum e já foi descrita em cães, gatos e animais de grande porte, como em bovinos, os animais podem apresentar manifestações clínicas motoras e sensitivas. O diagnóstico é realizado através do histórico clínico do paciente, exame físico e exames de imagem como a radiografia, tomografia e ressonância magnética. Em relação aos animais de companhia, cães braquicefálicos são os mais afetados, com predomínio para a raça Bulldog Inglês. Há poucos relatos na literatura de espinha bífida em cães raça definida (SRD). Com base nisso o presente resumo tem como objetivo descrever a ocorrência e a condução de um caso de espinha bífida em paciente canino. Relato do Caso: Foi atendido em uma clínica veterinária, localizada em Conselheiro Lafaiete, um canino macho, SRD, de 5 quilos, com 5 meses de idade, apresentando dificuldade para locomoção e que apresentava incoerências diagnósticas. Durante a anamnese, foi exposto que animal já havia sido levado ao médico veterinário duas vezes e que em cada uma delas lhe foi dado um diagnóstico distinto. Na primeira avaliação, havia sido o diagnóstico de displasia coxofemoral, sendo recomendado procedimento cirúrgico para correção. Na segunda análise, conduzida por outro profissional, foi relatado que o animal apresentava a condição de miastenia gravis, sendo iniciado o tratamento com brometo de piridostigmina (3mg/kg, VO, b.i.d., 8 dias). No entanto, mesmo com a medicação prescrita, o animal continuava apresentando andar cambaleante, com perda dos movimentos dos membros posteriores e dor profunda ao andar. Diante da incerteza diagnóstica observada, o tutor procurou uma nova avaliação veterinária em um terceiro local. Na nova avaliação, durante a realização do exame físico identificou-se cifose na coluna vertebral, propriocepção diminuída dos membros posteriores, temperatura corpórea normal e frequência cardiorrespiratória dentro do padrão fisiológico. Coletou-se amostras de sangue para a realização de exames hematológicos e bioquímicos e como complementação, salientou-se a necessidade da repetição da radiografia de pelve e coluna. Os exames laboratoriais não evidenciaram nenhuma alteração digna de nota, porém a radiografia da coluna mostrou alterações nas vértebras torácicas, embora não conclusiva. Diante disso, receitou-se ao paciente gabapentina (10mg/kg, VO, b.i.d., até novas recomendações). Resultados: O paciente foi encaminhado para avaliação de um neurologista e uma nova radiografia da coluna foi realizada com liberação de laudo, a qual apresentou evidências conclusivas de espinha bífida torácica. Ademais, recomendou-se fisioterapia e acupuntura para fornecer auxílio na movimentação do paciente. Discussão: Com base na gravidade da deformação, a anormalidade da espinha bífida pode ser dividida em diversos tipos, sendo a desse relato uma afeccão do tipo oculta. O prognóstico varia conforme, o nível da lesão e o grau de comprometimento da medula. Conclusão: Tendo em vista a importância de um diagnóstico correto e precoce, todo filhote que apresente dificuldades para locomoção deve ser submetido a uma avaliação sistêmica completa e detalhada. Estas, têm o intuito de garantir a inspeção e detecção de possíveis malformações ósseas que futuramente possam inviabilizar ou dificultar a movimentação destes animais
Título do Evento
II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária – COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET)
Título dos Anais do Evento
Anais do II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária: COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET)
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

RABELO, Amanda Lorene; RAAD, Izabella Vitória Baêta; LOPES, Tamara Cristina Moreira. ESPINHA BÍFIDA EM CÃO SEM RAÇA DEFINIDA – RELATO DE CASO.. In: Anais do II Web Congresso Mineiro de Medicina Veterinária: COMVET e IV Jornada Acadêmica de Medicina Veterinária (JAVET). Anais...Conselheiro Lafaiete(MG) UNIPAC, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVJAVETUNIPACLAFAIETE/414513-ESPINHA-BIFIDA-EM-CAO-SEM-RACA-DEFINIDA--RELATO-DE-CASO. Acesso em: 08/05/2025

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