A Arqueologia Histórica No Contexto Da Arqueologia Preventiva: Vamos Encarr De Frente Nosso Passado Recente?: Desafios Para A Disciplina No Campo Do Licenciamento Ambiental

Título do Trabalho

A ARQUEOLOGIA HISTÓRICA NO CONTEXTO DA ARQUEOLOGIA PREVENTIVA: VAMOS ENCARR DE FRENTE NOSSO PASSADO RECENTE?: DESAFIOS PARA A DISCIPLINA NO CAMPO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Autores

Paulo Zanettini

Modalidade

Palestrante

Área temática

Arqueologia histórica no âmbito das pesquisas de arqueologia preventiva

Data de Publicação

07/02/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/ivenca/787206-a-arqueologia-historica-no-contexto-da-arqueologia-preventiva--vamos-encarr-de-frente-nosso--passado-recente--de

ISBN

Palavras-Chave

ARQUEOLOGIA HISTÓRICA, ARQUEOLOGIA PREVENTIVA, LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Resumo

A fim de delinear um quadro geral a respeito da evolução da Arqueologia Histórica no contexto da Arqueologia Preventiva nas últimas três décadas, nos valemos, como ponto de partida, de um breve diagnóstico elaborado entre 2007 e 2009 a respeito, trazendo à tona alguns aspectos decorrentes da aceleração substancial do crescimento desse campo no contexto brasileiro à época. Desejávamos conhecer com um pouco mais de detalhes onde e quando estavam ocorrendo os programas de pesquisa, qual o número de profissionais atuantes, esboçando um modelo simplificado de cadeia produtiva para a arqueologia como um todo, partindo da premissa de que o aprimoramento dos processos e qualidade, bem como a construção de um futuro desejado (algo que se constrói), exigiria necessariamente o aprimoramento do fluxo de informação entre os diversos elos e instâncias que integram essa cadeia (pesquisadores, Fiscalização, instituições de pesquisa e de guarda, empreendedores e a sociedade como a principal beneficiária). (ver ZANETTNI 2009; 2011. 2012,2017) Em síntese, no final de 2009, compatibilizamos cerca de 348 arqueólogos, 25 empresas congregando cerca de 3 mil profissionais de áreas diversas envolvidos nos processos. Transcorrida pouco mais de uma década, mediante atualização de dados foi possível estabelecer comparações entre as duas décadas, observando-se cerca de 120 empresas de arqueologia e afins em operação; o incremento da ordem de 50% de profissionais “associados” (6 mil pessoas ligadas a pesquisa, administração, gestão, segurança do trabalho, dentre outros). Como computo da atividade de pesquisa em território nacional tem-se para o peiodo de 1991 a 2023 um total de 23.500 permissões expedidas, um patrimônio arqueológico envolvendo 27 mil sítios arqueológicos cadastrados (praticamente o dobro em relação ao período anterior). Dentre esse total, os cadastros oficiais apontam 3600 sítios relacionados à ocupações remetendo ao período dito histórico. O gráfico 1, a seguir ilustra a velocidade e crescimento acumulado da atividade devido a diversos motivos (aprimoramento da gestão e fiscalização com a informatização de processos e protocolos; o boom de empreendimentos de geração e distribuição de energia, a criação de novos cursos de graduação e pós pós-graduação, e assim por diante). Nota-se, inclusive, o crescimento contínuo do número de projetos autorizados no período da pandemia Covid, observando-se o decréscimo do crescimento apenas em 2016, muito provavelmente devido aos impactos advindos da implantação da nova normatização (IN01/2015). Gráfio 1 – Total de portarias emitidas pelo Iphan entre os anos de 1991 e 2023 A partir desse cenário, buscou-se num segundo momento articular marcos teóricos referenciais no campo das “ideias” (evolução da reflexão teórica e metodológica em âmbito acadêmico, congressos, publicações e articulações interinstitucionais), à práticas adotadas pela Zanettini Arqueologia, de modo a evidenciar os gols e desafios/dilemas enfrentados e a serem suplantados para o aprimoramento da práxis arqueológica no âmbito do licenciamento diante de contextos históricos, sobretudo para atender a novos players que adentram o processo de forma cada vez mais enfática na busca por seus direitos culturais como comunidades ribeirinhas, de fundo de pasto, quilombolas, indígenas) ante a ampla transformação vivenciada nos “sertões” (num amplo senso), com o efetivo do capital. Por fim, foram apresentados exemplos de pesquisas e ações levadas a cabo pela Zanettini no período abordado e estratégias adotadas para driblar as limitações então existentes diante de visões persistentes, por vezes anacrônicas, com ênfase ao Programa Renova Energia realizado no Alto Sertão da Bahia, que culminou na elaboração e implantação de um museu de território para atender a demanda de setores da população amplamente interessados na manutenção dos acervos gerados no território. Referencias citadas ZANETTINI, Paulo Eduardo. “Projetar o futuro para a Arqueologia Brasileira: desafio de todos”. Revista de Arqueologia Americana. Número 27, 2009. (pp 71- 87). ZANETTINI, P. E. . Projetar o futuro para a Arqueologia Brasileira: desafio de todos. Revista Magister de Direito Ambiental e Urbanístico , v. VI, p. 92-101, 2011. ZANETTINI, P. E. . Qual futuro desejamos para a arqueologia no Brasil?. Arqueologia em Debate - Jornal da Sociedade de Arqueologia Brasileira, p. 19 - 22 ...2012 ZANETTINI, PE. Comunicação apresentada ao Cyted/CSIC, INCIPT, organizado pelo Ministério da Economia e Competividade da Espanha, Santiago de Comostelo, 2017

Título do Evento: IV Encontro Capixaba de Arqueologia
Cidade do Evento: Vitória
Título dos Anais do Evento: Anais do encontro capixaba de arqueologia
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

ZANETTINI, Paulo. A ARQUEOLOGIA HISTÓRICA NO CONTEXTO DA ARQUEOLOGIA PREVENTIVA: VAMOS ENCARR DE FRENTE NOSSO PASSADO RECENTE?: DESAFIOS PARA A DISCIPLINA NO CAMPO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL.. In: Anais do encontro capixaba de arqueologia. Anais...Vitória(ES) UFES, 2017. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVENCA/787206-A-ARQUEOLOGIA-HISTORICA-NO-CONTEXTO-DA-ARQUEOLOGIA-PREVENTIVA--VAMOS-ENCARR-DE-FRENTE-NOSSO--PASSADO-RECENTE--DE. Acesso em: 04/07/2025