MOVIMENTO SALVE AS SERRAS: UM PANORAMA DOS PREJUÍZOS SOCIOAMBIENTAIS CAUSADOS POR EMPREENDIMENTOS EÓLICOS NAS SERRAS DO SERTÃO BAIANO.

Publicado em 14/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0268-4

Título do Trabalho
MOVIMENTO SALVE AS SERRAS: UM PANORAMA DOS PREJUÍZOS SOCIOAMBIENTAIS CAUSADOS POR EMPREENDIMENTOS EÓLICOS NAS SERRAS DO SERTÃO BAIANO.
Autores
  • ANDREZA BARRETO OLIVEIRA
  • Maria Rosa Almeida Alves
  • Juracy Marques dos Santos
Modalidade
Resumo/Trabalho completo - Apresentação oral
Área temática
Eixo 2: (Geo)Políticas do Meio Ambiente, Gestão de Recursos e Sustentabilidades
Data de Publicação
14/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivcongeo/676458-movimento-salve-as-serras--um-panorama-dos-prejuizos-socioambientais-causados-por-empreendimentos-eolicos-nas-ser
ISBN
978-65-272-0268-4
Palavras-Chave
Energia eólica; Conflitos territoriais; Movimento Social.
Resumo
Elaboramos um panorama sob a ótica da Ecologia Humana e da Justiça Ambiental, a respeito dos prejuízos socioambientais e conflitos territoriais causados por empreendimentos eólicos nas serras do sertão baiano, especialmente na formação geológica Serra da Jacobina, no norte da Chapada Diamantina, no estado da Bahia. Utilizamos a metodologia da revisão de literatura, através da análise descritiva de textos que versam sobre os empreendimentos eólicos instalados e previstos para instalação nas imediações da formação Serra da Jacobina. Os textos analisados foram publicados em dois dos relatórios elaborados por integrantes do Movimento Socioambiental Salve as Serras , que produziram uma coletânea de livros intitulados "Ecocídio das Serras do Sertão", "Amputação das Montanhas do Sertão: ecocídio e mineração na Bahia" e "O Cárcere dos Ventos: destruição das serras pelos complexos eólicos". O Movimento Salve as Serras (SAS) é um coletivo formado por pesquisadores, professores de Universidades Públicas, técnicos administrativos, lideranças comunitárias e moradores das comunidades tradicionais situadas nas serras do sertão baiano, que que buscam a proteção da sociobiodiversidade dessas serras que estão sendo degradadas pela ação de mineradoras e grandes empreendimentos de produção de energia a partir da fonte eólica (parques eólicos). As serras são consideradas como produtoras de água doce, pois abrigam nascentes e recargas de aquíferos de micro bacias hidrográficas, que alimentam as cachoeiras do sertão baiano e barragens responsáveis pelo abastecimento hídrico de mais de um milhão de pessoas, a exemplo das barragens que fazem parte da Bacia Hidrográfica do Rio Itapicuru. Neste contexto, o Movimento Salve as Serras (SAS) faz uma ponte entre a produção acadêmica e os moradores das comunidades tradicionais impactadas, presta consultoria gratuita e assessoria jurídico, formaliza denúncias a respeito das irregularidades cometidas por empresas minerárias e eólicas nos órgão de fiscalização e controle, tais como Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do estado da Bahia (Inema), o SAS utiliza também o site (salveasserras.org) e redes sociais no Instagram, Facebook e Youtube para ampliar a divulgação das irregularidades cometidas pelas empresas de mineração e produção de energia a partir de fonte eólica e para publicitar conteúdos relacionados à Educação Ambiental. Constatamos que os procedimentos de implantação desses grandes empreendimentos desrespeita o modo de vida das comunidades tradicionais situadas nas serras do sertão da Bahia, viola a legislação ambiental e tratados internacionais, a exemplo da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), pois as empresas e energia eólica não realizam a consulta livre prévia e informada com os moradores das comunidades de remanescentes de quilombos e comunidades de fundo e fecho de pasto, infringem o Código Florestal quando fazem intervenções em Áreas de Proteção Permanente (APP), incluindo áreas de nascentes e corpos hídricos, com a instalação dos aerogeradores gigantes essas empresas alteram paisagens notáveis, que possuem um alto potencial para a realização do ecoturismo e turismo de base de comunitária e afugentam espécimes de fauna de grande e pequeno porte, que utilizam as serras como refúgio ecológico montano. A Serra da Jacobina possui uma formação paisagística diversa, com extensas áreas de campo rupestre, dos biomas Mata Atlântica, Florestas Estacionais de encosta média, Caatinga e Cerrado, onde abriga também centenas de sítios arqueológicos, que estão sob o risco de extinção, em virtude das explosões que serão feitas durante o processo de terraplenagem para instalar os aerogeradores de energia eólica. Fica evidente na análise dos conflitos citados pelo Movimento Salve as Serras a respeito da mercantilização dos ventos, que estão vinculados à chegada desses empreendimentos de grande porte, não somente os de energia eólica, mas os de energia solar e os empreendimentos minerários, todos de alto impacto ambiental.
Título do Evento
IV Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (CONGEO)
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

OLIVEIRA, ANDREZA BARRETO; ALVES, Maria Rosa Almeida; SANTOS, Juracy Marques dos. MOVIMENTO SALVE AS SERRAS: UM PANORAMA DOS PREJUÍZOS SOCIOAMBIENTAIS CAUSADOS POR EMPREENDIMENTOS EÓLICOS NAS SERRAS DO SERTÃO BAIANO... In: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO. Anais...Sao Paulo(SP) USP, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVCONGEO/676458-MOVIMENTO-SALVE-AS-SERRAS--UM-PANORAMA-DOS-PREJUIZOS-SOCIOAMBIENTAIS-CAUSADOS-POR-EMPREENDIMENTOS-EOLICOS-NAS-SER. Acesso em: 17/08/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes