OCIDENTALISMO EM UM HABITUS MILITAR BRASILEIRO.

Allan Pereira Julião

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Trabalho

Título do Trabalho

OCIDENTALISMO EM UM HABITUS MILITAR BRASILEIRO.

Autores

Allan Pereira Julião

Modalidade

Resumo/Trabalho completo - Apresentação oral

Área temática

Eixo 1: Geografia Política e Geopolítica: dos Enfoques Clássicos às Renovações Contemporâneas

Data de Publicação

14/02/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/ivcongeo/675635-ocidentalismo-em-um-habitus-militar-brasileiro

ISBN

978-65-272-0268-4

Palavras-Chave

Ocidentalismo, habitus, Forças Armadas

Resumo

Ao decorrer do desenvolvimento da pesquisa para dissertação de mestrado do autor, a formulação enquanto a um habitus diplomático de um homo diplomaticus – construída na tese de doutorado de Batista (2010), na UFPE, e com forte influência do pensamento do filósofo Pierre Bordieu, que apresentou a associação entre estrutura, campo e habitus. Por Estrutura, entendemos a uma organização de entes dada por uma via complexa de interações de interdependência entre agentes, entre si e entre estes e essa organização. Esta independe da intenção, vontade e consciência destes agentes, mas orienta práticas específicas, a ela exclusivamente restrita, orientada a perpetuação de um grupo de vontades e valores particulares. Nessa perspectiva, podemos pensar em Estrutura sendo uma espécie de totalidade que se refere ao Estado nacional brasileiro. Seguindo esta lógica, o Campo poderia então representar particularidades, “regido por uma lógica própria, passível de integrar um espaço ampliado (estrutura)” (BATISTA, 2010, p. 8). Assim, podemos pensar no Ministério das Relações Exteriores (MRE) ou mesmo nas Forças Armadas (FFAA) como dois campos da estrutura do Estado brasileiro. O elo essencial no desenho entre este campo em sua particularidade e a individualidade do agente está na conformação do que é desenvolvido como habitus, como uma espécie de segunda natureza, ou saber social incorporado. Este pensamento conteve um atributo operacional importante no processo de associar uma particularidade da estrutura de estado e um campo como é o Ministério das Relações Exteriores com projetos geopolíticos nacionais – como pensado por Martin (2020) em obra intitulada “Brasil, Geopolítica e Poder Mundial: o anti-Golbery”, especialmente ao abordar o pensamento “Ocidentalista”, especialmente assentado na produção intelectual e ação política do gal. Golbery do Couto e Silva. A principal produção deste foi observada principalmente com o trabalho de Moreira et al, (2020), associando o trabalho de Bordieu com o ethos militar como pensado por Castro (1990), para então apontar um segundo habitus entre aqueles das instituições castrenses que fosse formado durante a socialização no campo militar em período de formação de quadros, especialmente durante as academias e escolas militares. Uma das soluções dadas durante a dissertação foi associar a teoria corporativista de Manoilesco, economista romeno influente nas décadas de 1920 e 1930, com o desenvolvimento das Forças Armadas (FFAA), notando o período de racha institucional durante o tenentismo e sua vitória com a Revolução Varguista de 1930 como forma de institucionalizar o pensamento do romeno, como trabalhado por D’Áraujo em sua obra Militares, Democracia e Desenvolvimento: Brasil e América do Sul (2010), procurando associar esses vieses estruturais com projetos geopolíticos como pensados por Martin (2018). O atual trabalho procura contribuir com a discussão de um habitus militar que observe as FFAA da perspectiva interna sociológica e também as associe à ação e projetos políticos nacionais e geopolíticos que sejam atrelados ao interno nacional e às relações internacionais. A partir de uma contribuição que permita associar os autores apontados, é possível desenvolver uma discussão que aponte uma operacionalidade para uma compreensão acadêmica do campo militar e um potencial viés ocidentalista em sua formação de quadros, residual até hoje através das academias e escolas militares, talvez mais notadamente a Escola Superior de Guerra. Para tanto, este trabalho tem como caminho de método o desenvolvimento do pensamento de Bordieu sobre habitus, estrutura e campo, sob a luz de como fora desenvolvido em Batista (2010). Posteriormente, iremos explorar como a literatura desenvolveu o pensamento, especialmente focando em Moreira et. al (2020), e suas bases teóricas, e o pensamento de D'Araujo (2010) sobre as instituições castrenses. A próxima etapa será o desenvolvimento do pensamento geopolítico Ocidentalista, como pensado por Martin (2018), para em etapa final fazer uma discussão entre potenciais vieses estruturais das FFAA a favor deste projeto geopolítico.

Título do Evento: IV Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (CONGEO)
Cidade do Evento: São Paulo
Título dos Anais do Evento: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

JULIÃO, Allan Pereira. OCIDENTALISMO EM UM HABITUS MILITAR BRASILEIRO... In: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO. Anais...Sao Paulo(SP) USP, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVCONGEO/675635-OCIDENTALISMO-EM-UM-HABITUS-MILITAR-BRASILEIRO. Acesso em: 15/05/2025