RELAÇÕES BRASIL-RÚSSIA:  GEOPOLÍTICA E GEOECONOMIA NO SÉCULO XXI

Isaac Pericles de Melo Almada; Deurivan Natal Arruda Lima

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Trabalho

Título do Trabalho

RELAÇÕES BRASIL-RÚSSIA: GEOPOLÍTICA E GEOECONOMIA NO SÉCULO XXI

Autores

Isaac Pericles de Melo Almada
Deurivan Natal Arruda Lima

Modalidade

Resumo/Trabalho completo - Apresentação oral

Área temática

Eixo 5: Integração Regional, Regionalismo e Novos Espaços de Cooperação e Conflito Internacional

Data de Publicação

14/02/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/ivcongeo/675621-relacoes-brasil-russia---geopolitica-e-geoeconomia-no-seculo-xxi

ISBN

978-65-272-0268-4

Palavras-Chave

Rússia. Brasil. Geoeconomia, Geopolítica. BRICS

Resumo

Na segunda década do século XXI, Brasil e Rússia, membros do BRICS (Acrônimo do grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), começaram a ter um papel mais relevante no sistema internacional (JACKSON; SØRENSEN, 2018). Contudo, suas relações passaram a ser impactadas por conta de uma guerra híbrida protagonizada pelos Estados Unidos, que fazem uso da OTAN e da Ucrânia para defender interesses de seus grandes bancos, empresas de armas e petrolíferas. Uma estratégia já antiga, que envolve a disputa pelo mercado mundial de energia e tem se desenvolvido por meio de golpes de Estado, ciberespionagem, campanhas de propaganda na mídia, uso político do judiciário e Fake news (BANDEIRA, 2022). Não obstante, em meio ao contexto geopolítico turbulento, Moscou e Brasília têm mantido relações comerciais importantes, e o agronegócio brasileiro é significativamente dependente das importações de fertilizantes da Rússia (origem de 25,7% dos fertilizantes usados no Brasil em 2022). Em relação à percepção negativa da opinião pública brasileira sobre alguns países do BRICS, como a Rússia e a China, Esperidião (2011) explica que a mídia corporativa ocidental, formada por apenas quatro gigantes das comunicações - Associated Press (EUA), Agence France-Presse (França), Reuters (Reino Unido) e EFE (Espanha) -, praticamente as únicas que possuem correspondentes em todos os países do planeta, são responsáveis por cerca de 70% à 90% das notícias internacionais difundidas pelos veículos de comunicação dos demais 191 países do planeta, disseminando por toda a parte uma narrativa favorável às elites dos EUA e da Europa Ocidental. Segundo Souza (2022), a razão pela qual a imprensa brasileira apoia uma narrativa alinhada a dos EUA (completamente fantasiosa e voltada aos interesses estadunidenses) é que a elite brasileira, o 1% mais rico da população tem a propriedade dos jornais, redes sociais, das editoras e das TVs do país, sendo que sua única função é cobrar um pedágio do saque do próprio povo realizado pelas elites mundiais, capitaneadas pela elite dos EUA, sendo que seus privilégios e interesses dependem do sucesso da distorção e do falseamento da realidade. Por sua vez, Mielniczuk (2021) afirma que o desconhecimento sobre a Rússia no Brasil, se deve ao fato de que historicamente o Brasil e a Rússia optaram (durante a maior parte do século XX), por modelos econômicos e políticos distintos. Após o colapso da URSS e o desmonte do socialismo em 1991, a Rússia adotou um paradigma neoliberal semelhante ao brasileiro. Isso possibilitou que a experiência brasileira fosse mais profundamente analisada e, por vezes, tida como exemplo positivo ou negativo para a Rússia. Atualmente, países membros do BRICS estão entre os principais parceiros comerciais do Brasil (em 2022, em relação às importações brasileiras, a China figurou em primeiro no ranking, a Índia em quinto e a Rússia em sexto). Contudo, a opinião pública brasileira nutre, em grande parte, uma percepção negativa desses países. Dessa forma, face à complexidade do tema e em virtude da incapacidade da mídia brasileira em explicar a relação entre Brasil e Rússia, a visão deturpada dos fatos, alinhada à narrativa fictícia e maniqueísta, reproduzida da “mídia ocidental”, o presente artigo busca analisar as relações geopolíticas e geoeconômicas entre os dois países a partir de a perspectiva da Geografia Política e das Relações Internacionais. Inicialmente são analisadas as relações diplomáticas entre Brasil e Rússia ao longo do tempo. Na sequência, o texto destaca as relações comerciais entre os dois países na atualidade. Por fim, o artigo aborda o cenário geopolítico mundial e o papel dos BRICS, ressaltando a relação entre Brasil e Rússia. No tocante à metodologia, este trabalho configura uma pesquisa qualitativa, básica, pautada em análise bibliográfica e documental.

Título do Evento: IV Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (CONGEO)
Cidade do Evento: São Paulo
Título dos Anais do Evento: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

ALMADA, Isaac Pericles de Melo; LIMA, Deurivan Natal Arruda. RELAÇÕES BRASIL-RÚSSIA: GEOPOLÍTICA E GEOECONOMIA NO SÉCULO XXI.. In: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO. Anais...Sao Paulo(SP) USP, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVCONGEO/675621-RELACOES-BRASIL-RUSSIA---GEOPOLITICA-E-GEOECONOMIA-NO-SECULO-XXI. Acesso em: 19/05/2025