GÊNERO E CONDIÇÕES DE TRABALHO: ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO FEMININA NA COBERTURA ESPORTIVA DO ESTADO DE SERGIPE

Publicado em 14/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0268-4

Título do Trabalho
GÊNERO E CONDIÇÕES DE TRABALHO: ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO FEMININA NA COBERTURA ESPORTIVA DO ESTADO DE SERGIPE
Autores
  • ANDRÉIA REIS FONTES
  • WANUBYA MARIA MENEZES DA SILVA
  • Josefa de Lisboa Santos
Modalidade
Resumo/Trabalho completo - Apresentação oral
Área temática
Eixo 8: Geografia Política e Geopolítica Urbanas
Data de Publicação
14/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivcongeo/675348-genero-e-condicoes-de-trabalho--analise-da-participacao-feminina-na-cobertura-esportiva-do-estado-de-sergipe
ISBN
978-65-272-0268-4
Palavras-Chave
Mulher, Condições de Trabalho, Esporte.
Resumo
Ao longo da história a figura feminina batalhou por direitos e por espaço na sociedade, seja como espectadora de eventos esportivos ou na participação concreta em variados acontecimentos sociais, ainda que timidamente, evidenciando discrepâncias exorbitantes no que tange aos direitos entre homens e mulheres (COLLING, 2004; PFISTER, 2004). Ao pensar sobre o mundo do trabalho, paralelamente a outras realidades, no Brasil, a participação feminina na atividade laboral e no direito ao voto se deu apenas em meados do século XX. Entre os anos 1960 e 1970, a gênese de movimentos feministas no mundo propiciou maior visibilidade à mulher enquanto membro presente da sociedade (OLIVEIRA e PAIXÃO, 2010). Se em diversos aspectos as mulheres já enfrentavam desafios, no âmbito esportivo as dificuldades eram ainda maiores, pois a presença feminina na prática e na cobertura do desporto era um tabu a ser quebrado. Porém, no campo jornalístico, as últimas décadas do século passado, juntamente às iniciais do século XXI, apontam para melhores perspectivas, tendo em vista o crescimento da atuação feminina nos veículos de comunicação (ALEXANDRINO, 2011). Com base nisto, o presente estudo teve como objetivo analisar a participação feminina no jornalismo esportivo sergipano, enfatizando as condições de trabalho. A escolha da temática está atrelada à importância das mulheres na cobertura esportiva, fato que aponta para um avanço nos últimos anos. Embora a expansão seja visível, surge em meio a diversos empecilhos, visíveis nas questões que envolvem preconceito, remuneração, questionamentos e outros percalços em meio a um universo onde os homens reinam. Neste sentido, a pesquisa exploratória enquanto recurso metodológico pode ser definido como o estudo pioneiro realizado com o intuito de melhor adequar o instrumento de medida à realidade que se busca conhecer. Logo, visa avaliar a variável de estudo tal como se apresenta, seu significado e a realidade na qual está inserida, o que poderá levar o pesquisador a entender o contexto a partir de sua visão e compreensão de mundo. As técnicas usadas envolvem a realização de entrevistas estruturadas individuais às jornalistas esportivas de diferentes veículos de comunicação do estado de Sergipe. Em poucos municípios, dos 75 existentes, têm mulheres no jornalismo esportivo. Para se chegar até estas, foram consultadas a Federação Sergipana de Futebol (FSF), por meio da presidência e Assessoria de Comunicação (Ascom), Associação dos Cronistas Desportivos de Sergipe (ACDS), Associação de Árbitros Profissionais de Sergipe (AAPF-SE), diretores e cartolas de clubes, veículos de comunicação, jornalistas, radialistas e demais envolvidos na cobertura esportiva sergipana. Considerando as profissionais em atividade, o mapeamento permitiu evidenciar a existência de apenas dez mulheres trabalhando com esporte nos veículos locais. É bem verdade que os obstáculos encontrados ainda são grandes, especialmente o preconceito que persiste, refletido na luta por espaço que se configura nas diferenças salariais e na presença ainda minoritária na imprensa, pois ainda é pequeno o contingente de mulheres nas redações, em sua maioria fazendo a cobertura de esportes como basquete, vôlei e outras modalidades, visto que futebol é ainda mais masculinizado (COELHO, 2004). O estudo demonstra que, no mercado de trabalho, as mulheres convivem com notável desigualdade, tanto de espaço quanto de remuneração, tendo em vista que muitas delas não recebem sequer um salário mínimo. Além disso, o papel da mulher está mais atrelado à função de âncoras e repórteres e inexiste em funções como a de narração. Em suma, observa-se uma participação feminina ainda tímida no jornalismo esportivo sergipano, tendo em vista a hegemonia masculina na cobertura esportiva local. Além disso, o rádio é o veículo de comunicação com maior força no estado, comportando a maior parte destas profissionais, que precisam, a cada dia, provar sua competência e qualificação para atuar num meio ainda predominantemente masculino.
Título do Evento
IV Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (CONGEO)
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FONTES, ANDRÉIA REIS; SILVA, WANUBYA MARIA MENEZES DA; SANTOS, Josefa de Lisboa. GÊNERO E CONDIÇÕES DE TRABALHO: ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO FEMININA NA COBERTURA ESPORTIVA DO ESTADO DE SERGIPE.. In: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO. Anais...Sao Paulo(SP) USP, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVCONGEO/675348-GENERO-E-CONDICOES-DE-TRABALHO--ANALISE-DA-PARTICIPACAO-FEMININA-NA-COBERTURA-ESPORTIVA-DO-ESTADO-DE-SERGIPE. Acesso em: 08/06/2025

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