AS TENTATIVAS ESTATAIS DE INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA: UMA ANÁLISE DA AGENDA 21 CATARINENSE

Publicado em 14/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0268-4

Título do Trabalho
AS TENTATIVAS ESTATAIS DE INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA: UMA ANÁLISE DA AGENDA 21 CATARINENSE
Autores
  • Clóvis Alceu Cassaro
  • Marlon Brandt
Modalidade
Resumo/Trabalho completo - Apresentação oral
Área temática
Eixo 4: Cidadania, Políticas Públicas territoriais e suas escalas de Gestão
Data de Publicação
14/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivcongeo/675294-as-tentativas-estatais-de-integracao-e-desenvolvimento-territorial-do-estado-de-santa-catarina--uma-analise-da-ag
ISBN
978-65-272-0268-4
Palavras-Chave
Formação econômica, Desenvolvimento Regional, Secretaria de Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Sustentável, Economia catarinense.
Resumo
O estado de Santa Catarina tem como uma das características de sua formação socioespacial o caráter difuso e fundamentalmente atrelado aos processos colonizatórios perpetrados sobre este. Alcides Goularti Filho, um dos mais proeminentes economistas que volta suas pesquisas à formação econômica do estado que ora discutimos, sugere que as diferentes franjas de ocupação de populações europeias em diferentes regiões do estado, levou cada uma dessas regiões a uma formação industrial diversa, com uma cronologia que segue, a grosso modo, o sentido leste-oeste. Apesar de diversas interpretações econômicas poderem ser utilizadas para esta análise, se partirmos de uma concepção schumpeteriana, podemos facilmente compreender como as diferenças culturais de cada onda de colonização, que inclui descendentes de italianos, alemães, portugueses, russos, poloneses e vários outros, dotados de suas próprias inclinações e métodos produtivos, gerou núcleos industriais feitos sob próprios moldes, e, em igual medida, compreender porque as vias de comunicação e comércio entre núcleos distintos sempre foram um gargalo à integração territorial do estado de difícil superação. A última das regiões a passar por processos de colonização foi a oestina, há pouco mais de um século, processo já inserido em um escopo de tentativas estatais de impetrar uma integração total dos territórios catarinenses, que se prolongaram por todo o século XX e adentraram também no século XXI. O Oeste, desde sua colonização, representou uma fronteira ainda mais severa para a integração territorial, uma vez que seus traços culturais o fazem estar mais ligado ao noroeste rio-grandense que ao restante do estado. Uma das tratativas estatais que buscava desatar os nós integrativos foi a criação da Secretaria de Negócios do Oeste em 1963, criada para estender um braço estatal à região que estava mais fisicamente distante do centro de tomadas de decisão, no outro extremo do oeste, também voltada a atender os anseios da elite industrial local, colocando sob o comando da secretaria o mais destacado desses industriais. As tentativas de impetrar a integração não se restringiram ao campo político-econômico, mas estenderam-se para o campo identitário-cultural. O exemplo mais nítido pode ser percebido no governo vigente durante os anos que coincidem com os últimos da ditadura civil-militar brasileira, encabeçado por Esperidião Amin Helou Filho. Naquele momento, tentou-se reconstruir uma memória idealizada do maior conflito bélico ocorrido no estado, a Guerra do Contestado, exaltando as qualidades do Homem do Contestado a fim de tê-lo como o verdadeiro homem catarinense, não elencando a cultura corresponde à determinada região como primeva, mas elegendo um terceiro ator, histórico, religioso, defensor da natureza e do território catarinense, para tal. No início do século XXI, novamente a extensão da presença estatal se fez uma estratégia presente, desta vez não restringindo-se à região oestina, mas com braços em todos as regiões do estado por meio das Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDR), posteriormente transformadas em Agências de Desenvolvimento Regional (ADR), após perderem o status administrativo de secretarias. A atuação das secretarias já foi discutida por pesquisadores de diferentes matizes, todavia, existe uma lacuna presente na discussão da inserção desta estratégia estatal em face às tendências desenvolvimentistas de sua época. Fato é que a criação das SDR’ foi um dos métodos elencados para tentar vencer a fragmentação das regiões catarinenses, ao mesmo tempo que voltava suas atenções às necessidades in loco, a fim de promover o desenvolvimento territorial das mesmas. Isso está embarcado na aderência do estado de Santa Catarina à Agenda 21, conjunto de práticas voltadas ao desenvolvimento sustentável criada a partir da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento, trazendo à luz a Agenda 21 Catarinense, de 2004, tendo em vista as particularidades do estado. Diante disso, no presente trabalho trazemos uma análise da Agenda 21 Catarinense sob a égide do desenvolvimento regional, analisando os feitos e as intencionalidades estatais para com a agenda proposta.
Título do Evento
IV Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (CONGEO)
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CASSARO, Clóvis Alceu; BRANDT, Marlon. AS TENTATIVAS ESTATAIS DE INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA: UMA ANÁLISE DA AGENDA 21 CATARINENSE.. In: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO. Anais...Sao Paulo(SP) USP, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVCONGEO/675294-AS-TENTATIVAS-ESTATAIS-DE-INTEGRACAO-E-DESENVOLVIMENTO-TERRITORIAL-DO-ESTADO-DE-SANTA-CATARINA--UMA-ANALISE-DA-AG. Acesso em: 15/06/2025

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