O PLATAFORMISMO E A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO, RIO DE JANEIRO.

Publicado em 14/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0268-4

Título do Trabalho
O PLATAFORMISMO E A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO, RIO DE JANEIRO.
Autores
  • Kelly Barradas Moreno
Modalidade
Resumo/Trabalho completo - Apresentação oral
Área temática
Eixo 8: Geografia Política e Geopolítica Urbanas
Data de Publicação
14/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivcongeo/675041-o-plataformismo-e-a-precarizacao-do-trabalho-no-municipio-de-sao-goncalo-rio-de-janeiro
ISBN
978-65-272-0268-4
Palavras-Chave
Precarização, plataforma, Uber.
Resumo
A apresentação deste projeto tem como principal objetivo analisar e fazer uma reflexão crítica acerca das questões que envolvem as categorias de trabalho e circulação de capital. A investigação realizada enfatiza a ampliação dos serviços da Uber, no município de São Gonçalo, Rio de Janeiro, a partir da segunda metade do século XXI, tendo por referência analítica autores como Ricardo Antunes, Giovanni Alves, Ruy Braga, Fabio Tozi, Ludmila Abílio, David Harvey, entre outros, para debater como as plataformas digitais podem impactar diretamente na precarização do trabalho. Nos últimos anos, é notório que as diversas transformações nas relações de trabalho estão intrinsecamente ligadas às dinâmicas capitalistas, tendo em vista que o trabalho pode ser utilizado por um indivíduo como forma de potencializar a capacidade produtiva, impulsionando ainda mais lucro que será obtido por quem controla os meios de produção. Isso se deve, principalmente, ao fato de que grande parcela da população necessita vender sua força de trabalho para garantia de sua sobrevivência. Desse modo, cresce a importância em discutir de que maneira a ausência de vínculo formal pode ser entendido como mecanismo de superexploração/precarização do trabalho, e compreender melhor sobre como a tecnologia tem colaborado para novos formatos de trabalho e como o uso das plataformas pode impulsionar no processo de precarização do trabalho. Nesse sentido, vale observar como o avanço tecnológico tem contribuído para tais transformações acerca das relações de trabalho, promovendo o surgimento de novas formas de exploração, atrelado ao crescimento da flexibilização do trabalho, desencadeada pelas políticas neoliberais que auxiliam cada vez mais para a ampliação da terceirização e propagação do emprego informal, com um falso argumento de progresso econômico. Diante disso, empresas de plataformas, como a Uber, estão se apropriando dessa tecnologia para a exploração de mão de obra barata, além de promoverem um novo sistema de transportes e mobilidade urbana em que as pessoas podem pedir o transporte alternativo pelo próprio telefone. Dessa forma, é possível observar a precarização do trabalho através do uso do aplicativo, já que nesse caso, há a transferência dos riscos e custos com a manutenção de serviços pelo próprio “funcionário”, no qual o próprio trabalhador administra seu tempo, mas por outro lado, arca com seus gastos, com o veículo, combustíveis, impostos, taxas, além do pagamento em comissão à plataforma. Além disso, pode-se observar a ilusão do empreendedorismo se manifestando através do prolongamento da jornada de trabalho e da constante vigilância pelos clientes, de modo que forneça ainda mais credibilidade para a Uber. Com isso, a perspectiva que é imposta para o trabalhador é a de uma falsa liberdade, a ilusão do empreendedorismo. Destaca-se ainda a inexistência de uma relação contratual formal, visto que o salário mínimo não é garantido e o valor que será recebido é estabelecido de forma variável e nenhum outro direito é assegurado. A única coisa segura é que a empresa, mesmo não tendo um vínculo formal, recebe parte da comissão das atividades prestadas pelos motoristas. Para investigar de que maneira a falta de vínculo formal da plataforma da Uber pode influenciar na precarização do trabalho, realizamos uma investigação com base em dados obtidos em pesquisa junto ao sindicato da categoria no Rio de Janeiro, o Sindmobi, pois possui representatividade junto os motoristas de aplicativos e que foi um dos principais agentes nessa pesquisa. Nossa investigação também buscou por registros nos órgãos reguladores de administrações públicas, visando identificar que tipos de tributos são repassados para os órgãos públicos. Também utilizamos, como recurso metodológico, entrevistas com trabalhadores da Uber que atuam em São Gonçalo, através do encaminhamento de questões/entrevistas em grupos Whatsapp de motoristas da Uber.
Título do Evento
IV Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (CONGEO)
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MORENO, Kelly Barradas. O PLATAFORMISMO E A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO, RIO DE JANEIRO... In: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO. Anais...Sao Paulo(SP) USP, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVCONGEO/675041-O-PLATAFORMISMO-E-A-PRECARIZACAO-DO-TRABALHO-NO-MUNICIPIO-DE-SAO-GONCALO-RIO-DE-JANEIRO. Acesso em: 16/07/2025

Trabalho

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