POLÍTICA DE ÁGUAS: UMA LEITURA GEOGRÁFICA DA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA CIDADE DE BELÉM E MANAUS (2018 – 2023)

Publicado em 14/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0268-4

Título do Trabalho
POLÍTICA DE ÁGUAS: UMA LEITURA GEOGRÁFICA DA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA CIDADE DE BELÉM E MANAUS (2018 – 2023)
Autores
  • Michel Pacheco Guedes
  • Cláudio Virgílio Ferreira Da Silva
  • Marcos Vinicius Silva Cardoso
Modalidade
Resumo/Trabalho completo - Apresentação oral
Área temática
Eixo 2: (Geo)Políticas do Meio Ambiente, Gestão de Recursos e Sustentabilidades
Data de Publicação
14/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivcongeo/669542-politica-de-aguas--uma-leitura-geografica-da-gestao-dos-servicos-de-abastecimento-de-agua-na-cidade-de-belem-e-ma
ISBN
978-65-272-0268-4
Palavras-Chave
Geografia, Abastecimento de água, política de águas.
Resumo
O presente trabalho é fruto das ações do Grupo de Pesquisa Saberes Geográfico, Ensino, Pesquisa e Extensão sediado no IFPA, Campus Belém (PA), por meio do Projeto de Pesquisa denominado “O (des)abastecimento de água em Belém como estratégia para a compreensão da Geografia”. A problemática foi analisada sob uma perspectiva geográfica de percepção da política de água, escalas e espaço de gestão para a compreensão dos serviços de abastecimento de água de Belém e Manaus,: sendo essas capitais atendidas, respectivamente, uma por um serviço público e a outra privado, de que forma essa distribuição se espacializa por essas duas cidades para que se entenda quem tem acesso a água potável, e quem é o maior consumidor? O objetivo macro deste trabalho é realizar uma comparação entre as duas modalidades (pública e privada) de abastecimento de água afim de identificar qual garante mais acesso a água em quantidade e qualidade. A internacionalização da economia capitalista, pela imposição da tirania do dinheiro e pela força das firmas multinacionais e seu complexo sistema ideológico impôs para sociedade uma nova especialização dos lugares, para além do que os lugares o são e mais pelo que ele tem e/ou podem oferecer para a lógica planetária instalada especialmente a partir do século XX, por consequência, essa “globalização gera desigualdade, exclusões, resistências, o que significa negação de ordem, desordem”, portanto, (SOARES, 2009.p.74), re-ordenam espaços, nas cidades, pessoas e territórios. Ainda, a ONU por meio de seus relatórios, desde 2003 já anunciava uma “escassez crônica” de água. No qual apontava tendências de que seu uso e consumo desenfreado, sem gerenciamento de qualidade e quantidade dos recursos hídricos desencadeará para o ano de 2050 o equivalente a ¼ da população do mundo vivendo em países afetados por essa “escassez”. Vargas (2005) corroborado por Ribeiro (2008), argumentam se tratar da “ameaça dos próximos anos”, no qual a realidade, é que 1,1 bilhão de habitantes sofrem para conseguir água para suprir suas necessidades básicas, logo, quase 2,5 bilhões de pessoas no mundo não tem acesso aos serviços de saneamento básico (Ribeiro, p.53, 2008). Essa ideia também é defendida pelo cientista social italiano Ricardo Petrella (2008,). Portanto, não seria essa “crise” anunciada, apoiada no ideal neoliberal, uma forma de justificar a onda de privatizações das empresas públicas de abastecimento de água, ou seja, sua transferência para as mãos do setor privado? A participação do setor privado empresarial (formado por grandes corporações internacionais com fins lucrativos) nos serviços de abastecimento de água ganhou força a partir dos anos de 1990 no cenário internacional, especialmente junto a países em desenvolvimento, via organismos multilaterais de cooperação como bancos internacionais ou de desenvolvimento segundo Vargas (2005), por meio de uma política conjunta de água e saneamento entre o Banco Mundial o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e os governo locais. (VARGAS, 2005, P. 29). É preciso ponderar interpretações que visem minimizar a complexidade desse processo. A privatização dos serviços de abastecimento de água pode tornar um recurso natural finito e um direito universal a todo ser humano em um recurso hídrico que poderá ser limitado ao acesso daqueles que não puderem pagar pela água mercantilizada num país tão desigual como o Brasil. Os dados secundários são coletados de análise bibliográfica, com base em Bordalo (2006), Santos (2006), Ribeiro (2008), Pereira (2015), Vargas (2005) e de análise documental dos relatórios do Trata Brasil (2023 – SNIS 2021). Os dados preliminares para o Brasil apontam que 35 milhões de brasileiros não têm acesso ao serviço de abastecimento de água. No Estado do Pará, somente 47,53% estão ligados à rede de abastecimento de água, enquanto, no Amazonas, 82,31% estão ligados às redes de água; no caso de Belém, estão vinculados apenas 76,84%, e Manaus 97,50% das pessoas têm atendimento total de água, segundo o ranking do Saneamento do Instituto Trata Brasil de 2023 (SNIS 2021).
Título do Evento
IV Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (CONGEO)
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

GUEDES, Michel Pacheco; SILVA, Cláudio Virgílio Ferreira Da; CARDOSO, Marcos Vinicius Silva. POLÍTICA DE ÁGUAS: UMA LEITURA GEOGRÁFICA DA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA CIDADE DE BELÉM E MANAUS (2018 – 2023).. In: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO. Anais...Sao Paulo(SP) USP, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVCONGEO/669542-POLITICA-DE-AGUAS--UMA-LEITURA-GEOGRAFICA-DA-GESTAO-DOS-SERVICOS-DE-ABASTECIMENTO-DE-AGUA-NA-CIDADE-DE-BELEM-E-MA. Acesso em: 17/06/2025

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