A PRODUÇÃO DO ESPAÇO NO MORRO DA PROVIDÊNCIA NO CENTRO DO RIO DE JANEIRO: REFLETINDO O ESPAÇO SOB A PERSPECTIVA DE ORDEM PRÓXIMA E DISTANTE DE HENRI LEFEBVRE

Publicado em 14/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0268-4

Título do Trabalho
A PRODUÇÃO DO ESPAÇO NO MORRO DA PROVIDÊNCIA NO CENTRO DO RIO DE JANEIRO: REFLETINDO O ESPAÇO SOB A PERSPECTIVA DE ORDEM PRÓXIMA E DISTANTE DE HENRI LEFEBVRE
Autores
  • EDUARDO SOARES JANGUTTA
  • João Paulo Pereira Leonardo
  • Taís Azevedo de Lima
Modalidade
Resumo/Trabalho completo - Apresentação oral
Área temática
Eixo 8: Geografia Política e Geopolítica Urbanas
Data de Publicação
14/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivcongeo/667923-a-producao-do-espaco-no-morro-da-providencia-no-centro-do-rio-de-janeiro--refletindo-o-espaco-sob-a-perspectiva-d
ISBN
978-65-272-0268-4
Palavras-Chave
Rio de Janeiro, Produção do Espaço, Morro da Providência, Ordem Próxima, Ordem Distante.
Resumo
O Morro da Providência, localizado no Centro da cidade do Rio de Janeiro, é considerado a primeira favela do Brasil. A história da sua ocupação remete à época da Guerra de Canudos (1896-1897), quando soldados que sobreviveram a esse episódio da história foram trazidos para cidade e sem a ajuda do governo monárquico, começaram a improvisar habitações na encosta do morro (GIANNELLA e MONTEIRO, 2022). Logo, o presente trabalho tem como objetivo discutir a produção do espaço no Morro da Providência tendo em vista o debate sobre cidade, território e produção do espaço tendo como categorias principais ordem próxima e distante presentes no livro “O Direito à Cidade” de Henri Lefebvre (2001). Sendo a primeira associada ao espaço cotidiano, à vida diária das pessoas e à sua experiência imediata no espaço. Por outro lado, a segunda está associada ao espaço abstrato, às formas dominantes de organização espacial e às relações de poder que moldam essas formas. Ainda sobre o referencial teórico utilizado, argumenta-se que a cidade é um espaço político e social importante e que todos os cidadãos têm o direito de participar da vida urbana e de moldar a cidade de acordo com suas necessidades e desejos. Critica-se a urbanização capitalista, argumentando-se que leva à alienação dos cidadãos da cidade e à perda de suas identidades. Também se defende a necessidade de uma abordagem mais humanística e crítica para o planejamento urbano, que permita aos cidadãos participar na tomada de decisões sobre o uso da terra e o desenvolvimento urbano. Acerca do percurso metodológico, tendo em vista o caráter qualitativo e interpretativo dos fenômenos estudados, optou-se por uma Análise Crítica de Discurso (ACD) desenvolvida por Fairclough (2001) e fundamentada em uma visão de semiose como a parte irredutível dos processos sociais materiais. A semiose inclui todas as formas de construção de sentidos – imagens, linguagem corporal e a própria língua. Considerando-se que o corpus de análise são fotografias registros de uma visita técnica guiada no Morro da Providência, será utilizada a abordagem multimodalidade de Kress (2010). Por fim, os principais resultados verificam-se que há distintas formas de produção do espaço na cidade do Rio de Janeiro, sendo a produção hierarquizada do espaço um fator determinante para a organização do espaço social na cidade. Percebe-se que as reformas urbanas no local não promovem melhorias sociais no ponto de vista da população mais pobre, menos ainda uma diminuição das desigualdades, agravando progressivamente os contrastes sociais (RODRIGUES, 2014). Desta forma, é possível refletir acerca dos processos da urbanização capitalista. Em especial no Estudo de Caso do Morro da Providência, as desigualdades são bem expressivas pois há um processo de produção de invisibilização por meio de uma estratégia de poder. Assim, a população que ocupa essas áreas marginalizadas possui direitos incompletos, e não são vistos como indivíduos pertencentes e ativos quanto à produção da cidade e suas transformações. Para mudar este panorama, é urgente que não somente neste território, mas também todos as demais favelas e subúrbios do estado e do país tenham seus direitos respeitados, com acesso à infraestrutura, além do mais importante, que é o direito de ir e vir e da apropriação dos espaços públicos por todos. Contudo, há espaço para resistência como o projeto Providência Agroecológica. Desta forma, a longo prazo abrem-se caminhos para reforma urbana revolucionária. Na qual a partir da ação popular orientada sob uma estratégia que se opõe à estratégia da classe dominante.
Título do Evento
IV Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (CONGEO)
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

JANGUTTA, EDUARDO SOARES; LEONARDO, João Paulo Pereira; LIMA, Taís Azevedo de. A PRODUÇÃO DO ESPAÇO NO MORRO DA PROVIDÊNCIA NO CENTRO DO RIO DE JANEIRO: REFLETINDO O ESPAÇO SOB A PERSPECTIVA DE ORDEM PRÓXIMA E DISTANTE DE HENRI LEFEBVRE.. In: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO. Anais...Sao Paulo(SP) USP, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVCONGEO/667923-A-PRODUCAO-DO-ESPACO-NO-MORRO-DA-PROVIDENCIA-NO-CENTRO-DO-RIO-DE-JANEIRO--REFLETINDO-O-ESPACO-SOB-A-PERSPECTIVA-D. Acesso em: 17/05/2025

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