AS MÚLTIPLAS GEOGRAFIAS DO PODER: UM ESTUDO ACERCA DO CONCEITO DE SOBERANIA

Publicado em 14/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0268-4

Título do Trabalho
AS MÚLTIPLAS GEOGRAFIAS DO PODER: UM ESTUDO ACERCA DO CONCEITO DE SOBERANIA
Autores
  • Thiago Moreira de Jesus
  • Elvio Rodrigues Martins
Modalidade
Resumo/Trabalho completo - Apresentação oral
Área temática
Eixo 1: Geografia Política e Geopolítica: dos Enfoques Clássicos às Renovações Contemporâneas
Data de Publicação
14/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivcongeo/665637-as-multiplas-geografias-do-poder--um-estudo-acerca-do-conceito-de-soberania
ISBN
978-65-272-0268-4
Palavras-Chave
Geografia Política, Território, Soberania, Poder, Crime Organizado
Resumo
RESUMO I. PROBLEMA DE PESQUISA A Geografia aqui chamada de “tradicional” (aquela construída pelos autores clássicos da disciplina como Ratzel e LaBlache) produziram, estruturaram e consolidaram fortemente um pensamento geográfico, inegavelmente importante para a história da ciência. Contudo, esta linha de raciocínio no que se refere à análise do poder no espaço concebe esta relação como singular: a territorialidade do poder soberano estatal. É possível conceber que o espaço geográfico, mais especificamente o território (parcela do espaço que representa as relações de poder), possa ser marcado por outras formas de poder que não exclusivamente a do Estado? Como explicar o fenômeno do “Crime Organizado” partindo-se da problematização da soberania estatal. II. OBJETIVO GERAL Resgatar a noção clássica de soberania para a Geografia Política Tradicional, confrontando esta conceitualização com as novas territorialidades emergentes no espaço geográfico, que são muitas vezes antagônicas à do Estado Nacional Soberano. Evidenciar como o espaço geográfico, e mais especificamente o território, é palco para a manifestação de outras formas de poder, que não somente a do Estado. Demonstrar através de um estudo de caso como a geografia é fato importante para a formação, existência e crescimento do Crime Organizado Carioca. III. JUSTIFICATIVA Contrapor a visão da Geografia Política Clássica com as produções mais recentes e proporcionar uma análise de como atualmente a disciplina está enxergando e lidando com o conceito de soberania, dá as condições para que a sociedade civil, organizações políticas partidárias e apartidárias, agentes do Estado, Forças Armadas, ONGs, Organizações Supranacionais etc. orientem suas reflexões e ações de forma mais afinada com os fundamentos da realidade atual. O trabalho dos geógrafos e historiadores é fundamental nesta proposta, sendo essencial que estes dêem a capacidade, o poder e até mesmo o privilégio de observação e entendimento das diversas geografias em suas mais profundas complexidades e totalidades. Suas contribuições científicas, dessa forma, inevitavelmente intervirão na realidade do mundo. Cabe, inclusive, a classe dos geógrafos “chamar a atenção dos historiadores para a importância que o teatro dos acontecimentos assume perante a história”. (RATZEL, 1990, p. 41). Conforme trouxe Raffestin (1993), as escolas da Geografia que foram influenciadas por Ratzel tratam a Geografia Política como a “Geografia dos Estados”, ou seja, tratam a esfera do Estado como a detentora do monopólio do poder no espaço. Como, entretanto, fica a discussão acerca dos outros espaços de poder que não sejam do Estado? A “Territorialidade da Violência”, estudada neste trabalho, está consolidada na realidade brasileira e de outros países latino-americanos de maneira marcante. A análise da Geografia Urbana do Rio de Janeiro faz com que o pesquisador se depare frente a um cenário de embate político e bélico entre grupos representando o narcotráfico, milícias organizadas e o Estado; ou seja, polos de poder coexistindo com o Estado central, exercendo e controlando suas territorialidades dentro dos limites deste mesmo Estado. Portanto, o debate acerca do conceito de soberania com o decorrer dos anos foi carecendo cada vez mais de contribuições, subsídios e comparações em estudos de caso. IV. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Inicialmente, optou-se pela revisão bibliográfica da Geografia Política Tradicional. A proposta no início da pesquisa é expor o pensamento clássico da Geografia Política, para isso é indispensável passar repetidamente pelas reflexões de Friedrich Ratzel, e também, conforme achamos oportuno, citar fontes secundárias de um grupo de autores que se propôs a comentar as obras do geógrafo alemão. Acredita-se que além da exposição do pensamento de Ratzel, o diálogo, a crítica e a superação proposta por outros autores, também expoentes da disciplina, seriam benéficas para se cumprir a proposta que se projetou para o início do trabalho. Sendo assim, retratar como o pensamento geográfico mais ortodoxo concebe conceitos tradicionais da disciplina, pressupõe a consulta de bibliografias clássicas como ocorreu em Ratzel (1990; 2011), Dix (1943), Maull (1960), Claval (1979) e Moodie (1965). Mas também é uma estratégia cabível, e foi aqui tomada, recorrer às riquíssimas análises de uma geração de geógrafos que se propôs a analisá-los.
Título do Evento
IV Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (CONGEO)
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

JESUS, Thiago Moreira de; MARTINS, Elvio Rodrigues. AS MÚLTIPLAS GEOGRAFIAS DO PODER: UM ESTUDO ACERCA DO CONCEITO DE SOBERANIA.. In: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO. Anais...Sao Paulo(SP) USP, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVCONGEO/665637-AS-MULTIPLAS-GEOGRAFIAS-DO-PODER--UM-ESTUDO-ACERCA-DO-CONCEITO-DE-SOBERANIA. Acesso em: 17/06/2025

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