MECANISMO DE CERCEAMENTO OU SALVADOR DA FLORESTA: O MERCADO DE CARBONO NO ESTADO DO ACRE UMA ANÁLISE DOS PROJETOS PURUS, VALPARAISO E RUSSAS

Publicado em 14/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0268-4

DOI
10.29327/1363315.4-6  
Título do Trabalho
MECANISMO DE CERCEAMENTO OU SALVADOR DA FLORESTA: O MERCADO DE CARBONO NO ESTADO DO ACRE UMA ANÁLISE DOS PROJETOS PURUS, VALPARAISO E RUSSAS
Autores
  • Jéssica Karoliny Gomes Ribeiro
  • Carlos Estevão Ferreira Castelo
Modalidade
Resumo/Trabalho completo - Apresentação oral
Área temática
Eixo 2: (Geo)Políticas do Meio Ambiente, Gestão de Recursos e Sustentabilidades
Data de Publicação
14/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ivcongeo/664282-mecanismo-de-cerceamento-ou-salvador-da-floresta--o-mercado-de--carbono-no-estado-do-acre-uma-analise-dos-projeto
ISBN
978-65-272-0268-4
Palavras-Chave
Mercado de Carbono, Acre, Mercantilização da Natureza.
Resumo
O mercado de carbono, ou o mercado do ar, possui como princípio a ‘Responsabilidade comum porém diferenciada’ onde a responsabilidade maior atribui-se à países industrializados, que historicamente são grandes poluidores, enquanto que os países de industrialização tardia devem reduzir suas emissões. Este mercado possui o sistema de leilões de crédito de carbono, onde cada tonelada de dióxido de carbono (CO2) que deixou de ser emitida para a atmosfera equivale a um crédito de carbono, a venda e a troca destes créditos devem ser por unidades regulamentas e reconhecidas, por entidades públicas ou privadas, podendo ser comercializado por empresas que atingiram ou não a meta de redução das emissões de carbono. Esta mercantilização da natureza possui este produto imaterial que atende aos interesses político-econômicos, no contexto neoliberal, atuando sob o disfarce de cunho ambientalista. Com isso, o presente trabalho tem como objetivo, discutir as incoerências do mercado de carborno, e evidenciar que este mercado é um mecanismo de cerceamento que atua sob uma falsa bandeira ideológica que não soluciona ou reduz os problemas ambientais entretanto, aprofunda mazelas sociais regionais, esse “esverdeamento” favorece nações imperialistas que voltam suas politicas e ações para o controle de territórios que possuem recursos naturais estratégicos. O Brasil emite porcentagens consideráveis de carbono por meio do desmatamento e das queimadas, especialmente na Amazônia, palco e centro das atenções sobre a ótica internacional pela sua rica fauna e flora da maior floresta tropical do planeta, com isso a preocupação em preservar-la, a destruição deste domínio morfoclimático pode acarretar drásticas transformações no clima global, como forma de inibir isto há a introdução e o desenvolvimento de projetos voltados a sua conservação. O estado do Acre possui cerca de 86% da sua cobertura florestal, sendo em sua totalidade o bioma amazônico, o estado é pioneiro no que tange a programas ambientais como a criação do Programa de Incentivos por Serviços Ambientais (ISA) a outros programas ambientais, por meio da lei nº 2.208/2010 que tem como mecanismo de financiamento público e privado, tal política é vista como mecanismo de compensações por serviços ambientais, em relação ao carbono, o seu estoque, por meio do REDD+ (Redução das Emissões e Degradação Florestal). Os projetos integrantes do mercado de carbono: Purus, Valparaiso e Russas iniciaram na última década (2010-2020), por pagamentos ambientais por meio da conservação da floresta, na qual abrigam em média de 20 a 30 famílias de seringueiros, agroextrativistas e agricultures familiares, estes utilizam da floresta para atividades como a caça, pesca, coleta de frutas e insumos para óleos e medicamentos, além de estarem utilizando a floresta para a construção de casas e canoas. Porém na prática, de acordo com o levantamento bibliográfico, análise documental e noticias vinculadas em sites, estas comunidades foram saqueadas, a partir da implementação destes projetos com a assinatura à terem suas ações limitadas ou proibidas como a pesca, caça, roçados, e a retirada de madeira para construir casas, canoas etc, evidenciando a incoerência do mercado de carbono ao inibir atividades de subexistência e insunar que estas ações contribuem de forma igualitária com os grandes agentes do desmatamento. O mercado de carbono é rotulado como uma solução ambiental e lucrativa porém é um agente ‘limitador’ de econômias emergentes, uma forma de monetizar com a natureza, mantém as florestas improdutivas e não atinge a gênese da desvatação da natureza. O mercado de carbono é rotulado como uma solução ambiental e lucrativa, porém este mecanismo regulatório mantém as florestas improdutivas, e não existe uma clara definição quanto a ‘quem’ recebe o financiamento, e não atinge a gênese do desmatamento.
Título do Evento
IV Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território (CONGEO)
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

RIBEIRO, Jéssica Karoliny Gomes; CASTELO, Carlos Estevão Ferreira. MECANISMO DE CERCEAMENTO OU SALVADOR DA FLORESTA: O MERCADO DE CARBONO NO ESTADO DO ACRE UMA ANÁLISE DOS PROJETOS PURUS, VALPARAISO E RUSSAS.. In: Anais do Congresso Brasileiro de Geografia Política, Geopolítica e Gestão do Território - CONGEO. Anais...Sao Paulo(SP) USP, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IVCONGEO/664282-MECANISMO-DE-CERCEAMENTO-OU-SALVADOR-DA-FLORESTA--O-MERCADO-DE--CARBONO-NO-ESTADO-DO-ACRE-UMA-ANALISE-DOS-PROJETO. Acesso em: 02/08/2025

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