USO DE INIBIDORES DE SGLT-2 EM MODELO ANIMAL DE INJÚRIA RENAL AGUDA CAUSADA POR SEPSE

Publicado em 06/12/2023 - ISBN: 978-65-272-0034-5

DOI
10.29327/1335560.1-2  
Título do Trabalho
USO DE INIBIDORES DE SGLT-2 EM MODELO ANIMAL DE INJÚRIA RENAL AGUDA CAUSADA POR SEPSE
Autores
  • Pedro De Oliveira Lima Ferraz
  • Michael Natsubori Sato
  • Bruna Tiemi
  • Lucia da Conceição Andrade
Modalidade
Resumo
Área temática
Clínica médica
Data de Publicação
06/12/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/iv-congresso-medico-academico-albert-einstein-352829/718785-uso-de-inibidores-de-sglt-2-em-modelo-animal-de-injuria-renal-aguda-causada-por-sepse
ISBN
978-65-272-0034-5
Palavras-Chave
sepse, injúria renal aguda, dapagliflozina, empagliflozina, inibidores de SGLT2, UTI
Resumo
Instituição: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) - Laboratório de Investigações Médicas 12 (Pesquisa Básica em Doenças Renais) Introdução: A sepse é a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva. Trata-se de uma condição grave e frequentemente fatal desencadeada por uma resposta desregulada à infecção, causando disfunção orgânica. A injúria renal aguda (IRA) é uma complicação comum e grave da sepse, caracterizada por inflamação e alterações microvasculares no rim, que resultam em disfunção mitocondrial e afetam a sobrevivência celular e vias de apoptose e necrose. Neste contexto, inibidores de SGLT2, amplamente usados no tratamento de diabetes e insuficiência cardíaca, demonstraram capacidade de redução do estresse oxidativo e da hiperfiltração renal. Logo, este estudo investigou o possível fator protetor do uso da dapagliflozina e da empagliflozina no desenvolvimento de IRA induzida por sepse em ratos não diabéticos submetidos a modelo de ligadura e perfuração de ceco (CLP). Metodologia: Foram utilizados 50 ratos Wistar machos com peso entre 200 e 300g divididos aleatoriamente em oito grupos: controle com água (n=5), controle com dapagliflozina: 10mg/dia (n=5) e 5mg/dia (n=5), água + CLP (n=9), dapagliflozina + CLP: 10mg/dia (n=9) e 5mg/dia (n=3) e empagliflozina + CLP: 5mg/dia (n=9) e 15mg/dia (n=5). Os animais receberam os fármacos ou água por gavagem durante 7 dias e foram subsequentemente submetidos ao modelo de sepse através de CLP sob anestesia com cetamina e xilazina. Após 24h de observação em gaiola metabólica, analgesia e tratamento para sepse com expansão volêmica e imipenem, foram eutanasiados e amostras de urina, sangue e rins foram coletadas para análise de ureia, creatinina, sódio e potássio. Realizou-se a análise histológica renal em secções fixadas em formalina a 10% e coradas com reagentes específicos. Resultados: A análise dos grupos iniciais revelou que o grupo que recebeu dapagliflozina 10mg/dia + CLP teve uma taxa de mortalidade de 44,4%, em contraste com 0,0% no grupo que recebeu apenas água + CLP. Os grupos controle (água e dapagliflozina 5mg/dia e 10mg/dia) que não passaram pelo modelo de sepse tiveram uma taxa de mortalidade de 0,0%. Devido ao aumento na mortalidade, foram realizados novos experimentos com diferentes dosagens de dapagliflozina e empagliflozina. Destes, os que receberam tratamento apresentaram taxas de mortalidade elevadas: 100% no grupo dapagliflozina 5mg/dia + CLP, 11,1% e 40,0% nos grupos empagliflozina + CLP (5mg/dia e 15mg/dia, respectivamente). A análise de biomarcadores revelou aumento significativo na creatinina sérica nos animais tratados com empagliflozina + CLP em comparação com o grupo água + CLP. A histologia mostrou congestão capilar, glomerular e vascular nos grupos tratamento + CLP. Conclusão: Os resultados sugerem um efeito negativo significante do uso da classe de inibidores do SGLT-2 durante episódios de sepse, resultando em um aumento considerável na mortalidade. Isto pode ser justificada por vários fatores, alguns dos quais foram explorados nas análises, como o aumento nos níveis de creatinina sérica e urinária. Outros fatores, como a redução da pressão arterial, o aumento do estresse oxidativo nos rins de não diabéticos e a elevação das concentrações de cetonas, podem indicar possíveis causas da mortalidade elevada e merecem investigações adicionais, dado o amplo uso dos inibidores de SGLT2. Referências: (1) Singer M, Deutschman CS, Seymour CW, Shankar-Hari M, Annane D, Bauer M, et al. The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3). JAMA. 2016;315(8):801-810. doi:10.1001/jama.2016.0287. (2) Tsertsvadze A, Royle P, McCarthy N. 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Título do Evento
IV Congresso Médico Acadêmico Albert Einstein
Cidade do Evento
São Paulo
Título dos Anais do Evento
Anais do Quarto Congresso Médico Acadêmico Albert Einstein
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
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Como citar

FERRAZ, Pedro De Oliveira Lima et al.. USO DE INIBIDORES DE SGLT-2 EM MODELO ANIMAL DE INJÚRIA RENAL AGUDA CAUSADA POR SEPSE.. In: Anais do Quarto Congresso Médico Acadêmico Albert Einstein. Anais...Sao Paulo(SP) FICSAE - Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/iv-congresso-medico-academico-albert-einstein-352829/718785-USO-DE-INIBIDORES-DE-SGLT-2-EM-MODELO-ANIMAL-DE-INJURIA-RENAL-AGUDA-CAUSADA-POR-SEPSE. Acesso em: 24/06/2025

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