A GUERRILHA DO ARAGUAIA E AS VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS

Publicado em 23/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0307-0

Título do Trabalho
A GUERRILHA DO ARAGUAIA E AS VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS
Autores
  • Clara Beatriz Laurindo Oliveira Silva
  • Igor Gomes Santos
Modalidade
SICTI
Área temática
Ciências Humanas
Data de Publicação
23/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/iv-congresso-de-pesquisa-pos-graduacao-e-inovacao-351904/715529-a-guerrilha-do-araguaia-e-as-violacoes-dos-direitos-humanos
ISBN
978-65-272-0307-0
Palavras-Chave
Ditadura; Guerrilheiros; Arroyo;
Resumo
Esse trabalho trata de uma breve comunicação a respeito do capítulo 14 da Comissão Nacional da Verdade que trata sobre a violação dos Direitos Humanos no Araguaia. A Guerrilha do Araguaia ficou conhecida como o movimento mais trágico e sombrio da Ditadura Civil Militar (1964-1985), a qual possui diversas discordâncias entre as informações de acontecimentos e operações descritas nos relatórios Arroyo e nos relatórios disponibilizados pelas Forças Armadas. Assim, ocasionando no desmantelamento e dificuldade na localização e identificação de diversos guerrilheiros desaparecidos. O conflito desenvolveu-se entre os anos de 1972 a 1974, nas cidades de Araguatins e Xambioá, atual Tocantins. Os guerrilheiros deslocados para o conflito no Araguaia eram membros do Partido Comunista do Brasil, sendo em sua maioria jovens universitários e profissionais liberais, que lutavam pela implementação de um governo sociopolítico no Brasil, ou seja, o socialismo. Sendo assim, por conta de diversos fatores que indicavam uma possível vitória, os militantes escolheram as regiões banhadas pelo rio Tocantins-Araguaia como o local de execução da guerrilha. Para isso, em 1966 foram deslocados cerca de 69 guerrilheiros para iniciar o trabalho de massas. Devido ao cenário mundial visto naquele contexto, a descoberta do movimento revolucionário no Araguaia em 1972 gerou uma grande mobilização militar, onde dezenas de tropas, totalizando aproximadamente dez mil militares, foram enviados para a região a fim de neutralizar o movimento. Realizaram 6 operações a fim de adquirir informações, para que posteriormente fosse possível realizar a neutralização dos militantes. O levantamento de documentos militares referentes às operações realizadas aponta toda a organização sistemática e organizada das forças opressoras provindas do alto escalão. Por isso, para romper o silêncio imposto pelas Forças Armadas, a Comissão Nacional da Verdade realizou 3 audiências públicas entre 2012 e 2014, colhendo depoimentos daqueles que sofreram durante a guerrilha. Até os dias atuais, os moradores da região de Araguatins e Xambioá ainda possuem resistência em falar sobre a Guerrilha, por medo da presença de membros das Forças Armadas que pudessem puni-los por falarem sobre a mobilização. Ao todo foram realizadas três campanhas militares totalizando 70 pessoas desaparecidas, dentre elas camponeses, indígenas e militantes. O corpo de muitos deles ainda não foram localizados devido à resistência das Forças Armadas em disponibilizar os relatórios feitos durante a guerrilha, e também devido à “Operação Limpeza”, destinada à ocultação de cadáveres. Dito isso, o projeto Produção de Material Didático para a Democracia: Comissão Nacional da Verdade em Perspectiva de Ensino de História (1946-2022), tem como principal objetivo resumir os relatórios da Comissão Nacional da Verdade para transformá-lo em um material educacional, apresentando a conexão direta entre o desenvolvimento da Ditatura Civil Militar de 1964 e as violações dos Direitos Humanos, destacando as repressões, torturas e desaparecimentos dos militantes durante a atuação dos militares. Temos como alvo a implementação de um novo material educativo a fim de que movimentos ocultados como a Guerrilha do Araguaia venham a ser considerados temas essenciais para uma abordagem nos ambientes didáticos, para que tais acontecimentos sejam de conhecimento nacional e que não tornem a acontecer.
Título do Evento
IVCPPGI-XXSICTI-IIIJE-IIPIBIEX
Cidade do Evento
Salvador
Título dos Anais do Evento
Anais do IV Congresso de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação e III Jornada de Extensão do IFBA
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Clara Beatriz Laurindo Oliveira; SANTOS, Igor Gomes. A GUERRILHA DO ARAGUAIA E AS VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/iv-congresso-de-pesquisa-pos-graduacao-e-inovacao-351904/715529-A-GUERRILHA-DO-ARAGUAIA-E-AS-VIOLACOES-DOS-DIREITOS-HUMANOS. Acesso em: 02/08/2025

Trabalho

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