“MULATA TIPO EXPORTAÇÃO”: A DISCURSIVIZAÇÃO DO CORPO NEGRO FEMININO NA CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA

Ana Beatriz Brasileiro de Almeida Melo; Giovanna Flores

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Trabalho

Título do Trabalho

“MULATA TIPO EXPORTAÇÃO”: A DISCURSIVIZAÇÃO DO CORPO NEGRO FEMININO NA CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA

Autores

Ana Beatriz Brasileiro de Almeida Melo
Giovanna Flores

Modalidade

Resumo

Área temática

Discurso, relações de gênero e étnico raciais

Data de Publicação

13/10/2022

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/isiiad2022/480749-mulata-tipo-exportacao--a-discursivizacao-do-corpo-negro-feminino-na-contemporaneidade-brasileira

ISBN

978-65-5941-851-0

Palavras-Chave

discurso, mulher negra, publicidade, imagem, ideologia.

Resumo

A partir da Análise de Discurso pecheutiana em diálogo com as teorias da publicidade e propaganda, nossa pesquisa analisa o funcionamento do discurso publicitário a partir da constituição da posição-sujeito “mulata tipo exportação”. No artigo, analisamos as construções discursivas desse estereótipo, trazendo debates sobre o mito da democracia racial, seus desdobramentos racistas e seus apagamentos. Formulamos como o corpo negro feminino é discursivizado na contemporaneidade a partir da historicidade do racismo no Brasil e, em específico, em Santa Catarina, e os apagamentos dos corpos inscritos nesse discurso racista, estabelecendo essa relação entre o corpo e a linguagem. Buscamos compreender como foi feita a construção desse estereótipo não apenas na publicidade, mas na mídia como um todo. Portanto, nossa análise é feita a partir de duas peças publicitárias que compõem a campanha “Santa Catarina, você ainda não descobriu tudo”, realizada para a Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina (SANTUR). Mobilizamos noções discursivas de historicidade, memória e interdiscurso para compreender como a mulher negra é discursivizada na propaganda catarinense, buscando entender como os resquícios da época da escravidão afetam a posição-sujeito da mulher negra contemporânea e suas formações ideológicas, discursivas e sociais. Também pretendemos compreender como a publicidade movimenta imagens e estereótipos que constituem o imaginário social, quais sentidos estão sendo (re)produzidos através dela, qual o seu papel na perpetuação e naturalização de sentidos de imagens de controle que assujeitam esses corpos a determinadas posições-sujeito, e a relação de constitutividade e equivocidade desses funcionamentos discursivos. Refletimos a partir dos trabalhos de autores como Lélia Gonzalez, Mariana J. Cestari, Fernando Henrique Cardoso, Glória França e Rogério Modesto, tendo por objetivos compreender quais os efeitos de sentidos que essas peças publicitárias produzem, como o discurso da propaganda catarinense se relaciona com outros discursos, e quais memórias discursivas são trazidas à tona quando observamos a relação entre corpo e discurso nas peças publicitárias que compõem nosso corpus de análise.

Título do Evento: I SEMINÁRIO INTERINSTITUCIONAL E INTERNACIONAL EM ANÁLISE DE DISCURSO (SIIAD)
Título dos Anais do Evento: Anais do Seminário Interinstitucional e Internacional em Análise de Discurso (SIIAD)
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

MELO, Ana Beatriz Brasileiro de Almeida; FLORES, Giovanna. “MULATA TIPO EXPORTAÇÃO”: A DISCURSIVIZAÇÃO DO CORPO NEGRO FEMININO NA CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA.. In: Anais do Seminário Interinstitucional e Internacional em Análise de Discurso (SIIAD). Anais...Dourados(MS) UFGD/UFMA, 2022. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ISIIAD2022/480749-MULATA-TIPO-EXPORTACAO--A-DISCURSIVIZACAO-DO-CORPO-NEGRO-FEMININO-NA-CONTEMPORANEIDADE-BRASILEIRA. Acesso em: 22/07/2025