SOBREVIDA EM ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL

Publicado em 23/12/2021 - ISBN: 978-65-5941-490-1

Título do Trabalho
SOBREVIDA EM ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL
Autores
  • Tiago Vieira Fernandes
  • Rodrigo Parente Medeiros
  • Raissa Freitas se Paula Oliveira
Modalidade
E-pôster
Área temática
Foco: Assistência em Saúde
Data de Publicação
23/12/2021
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/inovacaoetecnologias/399134-sobrevida-em-atrofia-muscular-espinhal
ISBN
978-65-5941-490-1
Palavras-Chave
ame, SURVIVAL ANALYSIS, ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL
Resumo
A atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença neuromuscular caracterizada por fraqueza e atrofia muscular progressiva, resultante do acometimento de células no corno anterior da medula espinhal e nos núcleos motores do tronco cerebral(1). É uma patologia autossômica recessiva do neurônio motor, provocada por uma deleção homozigótica do gene do neurônio motor de sobrevivência (SMN1) no cromossomo 5q13 (2). Sabe-se que nas últimas décadas, com os avanços na assistência médica, com antibióticos eficazes para pneumonias recorrentes, suporte ventilatório, da alimentação enteral e com os novos tratamentos a sobrevida está melhorando e a história natural da doença está mudando (2) O objetivo dessa pesquisa é analisar a taxa de sobrevida dos pacientes com diferentes tipos de AME METODOLOGIA Tipo de Pesquisa Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo da análise de prontuários de pacientes acometidos por AME. O projeto foi aprovado pelo Conselho de Ética em Pesquisa do CRER e pela Plataforma Brasil, sob o parecer número 4.419.297 e CAAE 36813220.8.0000.0023. Todos os pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Critérios de inclusão e exclusão Dos 416 atendimentos realizados no período com os códigos citados, foram retiradas as repetições e revisados todos os 118 prontuários selecionados. Dentre eles, 70 foram incluídos por apresentar em seus relatórios médicos a descrição do diagnóstico de AME, feito a partir da história clínica e eletromiografia e/ou estudos genéticos moleculares. Devido alguns prontuários não apresentarem todas as informações necessárias para a pesquisa, foram realizadas ligações telefônicas para aplicar um questionário clínico previamente estruturado, sendo que para isso foi solicitada a autorização do paciente ou seu responsável. Nenhum dos contatados se recusou a participar, porém 12 indivíduos, cujos prontuários estavam incompletos, não atenderam o contato telefônico, e foram, portanto, excluídos da pesquisa. A amostra final foi de 58 pacientes. Coleta de dados Os relatórios médicos e o questionário clínico aplicado forneceram informações detalhadas sobre cada paciente. Classificação Neste estudo, adotamos os critérios de Zerres e Rudnik-Schõneborn, 1995 e Zerres et al., 1997 para classificação dos pacientes, sendo: tipo I) Incapazes de sentar; tipo II) Capazes de sentar, mas não andar; tipo III) Capaz de andar – subtipo a) Início antes de 3 anos e subtipo b) Início 3-30 anos; tipo IV) Início após 30 anos. Análise de dados Os dados foram analisados com o auxílio do pacote estatístico SPSS, (26,0). A normalidade dos dados foi testada por meio do Teste de Shapiro-Wilk. A caracterização do perfil da amostra foi feita por meio de frequência absoluta (n), frequência relativa (%) para as variáveis categóricas; média e desvio padrão para as variáveis contínuas. Nossa amostra de 58 pacientes contempla o perfil de AME atendidos no CRER. As probabilidades de sobrevivência encontradas em nosso trabalho com 1, 2, 4, 10, 20 e 40 anos foram de 91%, 83%, 83%, 0%, 0% e 0% respectivamente, em pacientes com AME tipo I, 100%, 100%, 95% e 75%, 75% e 0% respectivamente, para pacientes do tipo II. Melhor sobrevida é observada em nossos pacientes com AME tipo I e II nas idades de 1, 2 e 4 anos, o que não se mantém à medida que o tempo de sobrevida é estendido (3) As probabilidades de sobrevivência dos tipos IIIa com as idades citadas são 100%, 100%, 100% e 93%, 93% e 93% respectivamente, e 100%, 100%, 100% e 100%, 100% e 100% respectivamente, para pacientes com tipo IIIb. De 26 pacientes com tipo III, apenas 1 (3,8%) evoluiu para óbito aos 11 anos de idade, tendo como causa relatada do óbito insuficiência respiratória em vigência de infecção pulmonar. No estudo de Zerres e colegas, de 329 pacientes com essa classificação, 10 (3%) morreram (4) apresentando melhor sobrevida em nossos pacientes. A frente do que discutimos, exaltamos a importância do estudo para avaliar o padrão de sobrevivência dos nossos pacientes com AME a fim de oferecer informações atualizadas de prognóstico durante a assistência e cobrar mais agilidade do início das terapias modificadoras que estão sendo oferecidas tardiamente. Ressaltamos ainda que as crianças estão sobrevivendo mais do que antes e devemos ficar atentos para o quadro respiratório que é a principal causa de óbito dessas pessoas. REFERÊNCIAS (1) PRIOR, T. W.; LEACH, M. E.; FINANGER, E. Spinal Muscular Atrophy. GeneReviews, p. 1–30, 2020. (2) MERCURI, E. et al. Diagnosis and management of spinal muscular atrophy: Part 1: Recommendations for diagnosis, rehabilitation, orthopedic and nutritional care. Neuromuscular Disorders, v. 28, n. 2, p. 103–115, 2018a. (3) CHUNG, B. H. Y.; WONG, V. C. N.; IP, P. Spinal muscular atrophy: Survival pattern and functional status. Pediatrics, v. 114, n. 5, 2004. (4) ZERRES, K.; RUDNIK-SCHÕNEBORN, S. Natural History in Proximal Spinal Muscular Atrophy. Neurology, v. 52, p. 318–523, 1995.
Título do Evento
II Jornada Científica Integrativa da Agir
Título dos Anais do Evento
Anais da II Jornada Científica Integrativa da Agir: Inovação e Tecnologias em Saúde
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

FERNANDES, Tiago Vieira; MEDEIROS, Rodrigo Parente; OLIVEIRA, Raissa Freitas se Paula. SOBREVIDA EM ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL.. In: Anais da II Jornada Científica Integrativa da Agir: Inovação e Tecnologias em Saúde. Anais...Goiânia(GO) Ensino Agir, 2021. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/inovacaoetecnologias/399134-SOBREVIDA-EM-ATROFIA-MUSCULAR-ESPINHAL. Acesso em: 07/08/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes