MÉTODOS NATURAIS DE CONTROLE DE PULGÕES, MOSCA-BRANCA E COCHONILHAS NA AGRICULTURA

Publicado em 05/11/2024 - ISBN: 978-65-272-1075-7

Título do Trabalho
MÉTODOS NATURAIS DE CONTROLE DE PULGÕES, MOSCA-BRANCA E COCHONILHAS NA AGRICULTURA
Autores
  • Ana Beatriz Pereira de Castro
  • José Victor Ferreira Fernandes
  • Christiane Mendes Cassimiro Ramires
  • Lázaro Costa de Souza
  • Adna Cristina Barbosa de Sousa
Modalidade
Resumo expandido - PÔSTER ou ORAL.
Área temática
VERDE - ESTÁ RELACIONADA COMPLANTAS E SEUS PRODUTOS: À agricultura, abrange sementes e plantas geneticamente modificadas, bem como o desenvolvimento de fertilizantes e herbicidas.
Data de Publicação
05/11/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/iii-simbiotec-427979/882823-metodos-naturais-de-controle-de-pulgoes-mosca-branca-e-cochonilhas-na-agricultura
ISBN
978-65-272-1075-7
Palavras-Chave
bioinseticidas, controle de pragas, agricultura sustentável
Resumo
Introdução As moscas-brancas, pulgões e cochonilhas são pragas comuns em regiões agrícolas, causando sérios prejuízos econômicos ao transmitir agentes patogênicos virais e esgotar nutrientes das plantas (TAN et al., 2017). A falta de controle desses insetos pode comprometer as safras e resultar em grandes perdas (NERI et al., 2020). Os extratos vegetais e produtos naturais surgem como uma alternativa promissora para o manejo integrado de pragas (OGGUNNUPEBI, 2020). Esta proposta visa avaliar o potencial bioinseticida de defensivos naturais contra essas pragas, buscando alternativas eficazes e menos prejudiciais ao meio ambiente. Foram testados defensivos como: calda bordalesa, calda de cal hidratada, calda de cebola, alho e pimenta, calda biofertilizante, calda de manipueira, calda de nim, calda de detergente e óleo de cozinha, emulsão de querosene e calda de sabão de coco. O objetivo é identificar o potencial desses extratos naturais para substituir o controle químico, promovendo uma produção agrícola sustentável e livre de produtos químicos. Metodologia Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Genética Molecular e Biotecnologia Vegetal (LGMBIOTEC), CBIOTEC/UFPB, João Pessoa/PB e Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (EMPAER), João Pessoa/PB; Origem dos insetos: moscas-brancas, pulgões e cochonilhas foram cedidos pela EMPAER Tipos de caldas naturais: 1- calda bordalesa, 2- calda de cal hidratada, 3- calda de cebola, alho e pimenta vermelha, 4- calda de manipueira, 5- calda de nim, 6- calda detergente neutro e óleo de cozinha, 7- calda emulsão de querosene e sabão, 8- calda de sabão de coco e 9- calda biofertilizante. Bioensaio: a metodologia utilizada para o teste de patogenicidade foi adaptada a partir do trabalho de Santos et al. (2007). Foi realizado um experimento com 40 exemplares de insetos-praga, correspondendo a três repetições de 10 insetos para cada tratamento (TC Grupo controle = sem a calda; T1, T2 e T3. Os insetos foram pulverizados com as diferentes caldas). Os insetos foram transferidos em grupos de 10 insetos por pote de vidro contendo papel filtro no fundo para absorver a umidade e a dieta (folhas das culturas de onde foram coletados os insetos (Figura 11). As caldas foram aplicadas sobre os insetos a cada 5 dias. Após isso, os vidros foram mantidos à temperatura de 25 ± 2 °C e avaliadas a cada 24 horas durante 20 dias, para confirmação da morte do inseto na presença das diferentes caldas naturais. Análises estatísticas: os experimentos foram realizados segundo o delineamento experimental inteiramente casualizado, onde os dados foram analisados estatisticamente quanto à variância (teste F) e as médias comparadas entre si pelo Teste de Tukey ao nível de 5 % de probabilidade, utilizando-se o programa computacional Sisvar (FERREIRA, 2003). Os dados referentes à mortalidade confirmada foram submetidos à análise de Probit para obtenção dos valores de TL50 (templo letal), em dias (FINNEY, 1971). Resultados e discussão Após aplicações das caldas, os insetos foram monitorados por um período de 20 dias para comprovação da taxa de mortalidade média e do tempo letal médio da cochonilha, mosca-branca e pulgão. A taxa de mortalidade média para o controle da cochonilha, com as caldas bordalesa, cal hidratada, cebola, manipueira, nim, detergente, emulsão de sabão e querosene apresentaram um ótimo resultado: uma taxa de 100% de mortalidade, com exceção da calda de sabão de coco que obteve uma mortalidade média de 60% e da calda biofertilizante que apresentou uma mortalidade de apenas 1%. O tempo letal médio (TL50) variou de 5 a 15 dias. As caldas em que a variável Tempo letal médio correu de forma mais rápida foram a calda bordalesa, cal hidratada, calda de nim, calda de detergente e calda de sabão e querosene (5 dias) e a calda que apresentou o maior tempo letal médio foi a biofertilizante (15 dias). Dessa forma para a cochonilha, levando-se em consideração as variáveis avaliadas, as caldas mais promissoras para o controle dessa espécie são as caldas bordalesa, cal hidratada, nim, detergente e emulsão de sabão e querosene, respectivamente, que em um período de 5 dias atingiram 100% da população de insetos. Em relação aos bioensaios realizados para o controle da mosca branca, a taxa de mortalidade média não variou muito entre as caldas sendo que os valores foram de 80%-100%. A maioria das caldas (bordalesa, cebola, manipueira, nim, detergente, emulsão de sabão e querosene, sabão de coco e biofertilizante) apresentaram valores acima de 95% de mortalidade média, com exceção da cal hidratada que obteve uma taxa de 80% de mortalidade, considerada alta. No que concerne ao tempo letal médio, a variação de tempo foi de 1 a 10 dias, onde as caldas que apresentaram os melhores resultados foram a de manipueira e sabão de coco. Respectivamente, que em apenas 1 dia causaram a morte de 100% da população de insetos. Levando em consideração os resultados obtidos para cochonilha e mosca-branca, os pulgões foram os que mais tiveram sensibilidade às caldas naturais. As taxas de mortalidade média foram de 80% (calda manipueira), 99% (calda biofertilizante) e 100% (caldas bordalesa, cal hidratada, cebola, nim, detergente, emulsão sabão e querosene e sabão de coco) No que se refere ao Tempo letal médio, o pulgão alcançou a menor variação de tempo entre 1 a 3 dias para atingir uma mortalidade acima de 80%. Logo, as alternativas mais eficazes para essa espécie, são as caldas de cebola, nim e emulsão de sabão e querosene, pois causaram a morte de toda a população de insetos em um período de 1 dia. Dessa forma, os resultados revelaram o potencial dos produtos naturais no controle de pragas em plantas. Baldin et al. (2015) mostraram que o nim é eficaz contra a mosca-branca, reduzindo a oviposição e causando alta mortalidade de ninfas. Brito et al. (2008) verificaram que detergente e sabão controlam a cochonilha na palma-forrageira com mais de 80% de eficiência, sem prejudicar inimigos naturais, diferentemente dos inseticidas convencionais. Tendo assim, produtos naturais como alternativas sustentáveis e seguras, protegendo o meio ambiente, Considerações finais - As nove caldas naturais mostraram-se eficazes no controle de pulgões, cochonilhas e moscas-brancas. - Entre os insetos, os pulgões foram os mais suscetíveis, apresentando uma mortalidade até 100% da população observada em no máximo três dias após a aplicação dos tratamentos. - Este estudo propõe uma abordagem mais sustentável, segura e eficaz para o manejo de pragas em plantas cultivadas, beneficiando agricultores e meio ambiente.
Título do Evento
III Simbiotec
Cidade do Evento
João Pessoa
Título dos Anais do Evento
Anais do Simbiotec
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CASTRO, Ana Beatriz Pereira de et al.. MÉTODOS NATURAIS DE CONTROLE DE PULGÕES, MOSCA-BRANCA E COCHONILHAS NA AGRICULTURA.. In: Anais do Simbiotec. Anais...João Pessoa(PB) UFPB, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/iii-simbiotec-427979/882823-METODOS-NATURAIS-DE-CONTROLE-DE-PULGOES-MOSCA-BRANCA-E-COCHONILHAS-NA-AGRICULTURA. Acesso em: 01/05/2025

Trabalho

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