O ARTESANATO NA COMUNIDADE QUILOMBOLA JACAREQUARA

Publicado em 03/05/2023 - ISBN: 978-85-5722-738-5

Título do Trabalho
O ARTESANATO NA COMUNIDADE QUILOMBOLA JACAREQUARA
Autores
  • JOSE JOCY BARROS ARAUJO
Modalidade
Comunicações Orais - Resumo Expandido
Área temática
GT 5 - Saberes, ambiente, relações e práticas produtivas na Amazônia
Data de Publicação
03/05/2023
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/iii-silssa/616942-o-artesanato-na-comunidade-quilombola-jacarequara
ISBN
978-85-5722-738-5
Palavras-Chave
Palavras-chaves: Quilombos. Escravos fugitivos. Historiografia.
Resumo
O ARTESATO NA COMUNIDADE QUILOMBOLA JACAREQUARA José Jocy Barros Araujo¹ Liliane Ferreira da Silva² Lulian de Farias Nogueira³ RESUMO: O estudo trata do Artesanato na Comunidade Quilombola do Jacarequara uma das cincos comunidades que existem no Município de Santa Luzia do Pará.Do final do século XIX até quase o final da segunda metade do século XX, os quilombos foram tratados na historiografia e na educação brasileiras como se restringindo a “redutos de escravos fugitivos” e a experiências do período escravista. No entanto, por todo país agrupamentos negros rurais, suburbanos e urbanos, se constituíram não somente como fuga ou resistência direta ao sistema vigente, mas como uma “busca espacial” (NASCIMENTO, 1989), em uma perspectiva dinâmica, na construção de um território que é social e histórico, através da manutenção e reprodução de um modo de vida culturalmente próprio. O quilombo representa um instrumento vigoroso no processo de reconhecimento da identidade negra brasileira para uma maior auto-afirmação étnica e nacional. O fato de ter existido como brecha no sistema em que negros estavam moralmente submetidos projeta uma esperança de que instituições semelhantes possam atuar no presente ao lado de várias outras manifestações de reforço á identidade cultural. Na comunidade do Jacarequara ao longo dos anos vem se trabalhando o artesanato com argila com produtos de várias formas e qualidades. As pessoas que trabalham são de diferente faixa etária, sendo que elas não tiveram uma qualificação para a melhoria de seus produtos que passam a ser uma renda extra para o seu sustento e de sua família a comunidade citada é uma das cincos comunidade quilombolas que existem no município de Santa Luzia do Pará, que traz consigo seus costumes e tradições dos Quilombos dos Palmares durante a várias décadas em sua historiografia. O dia da " Consciência Negra " no ano de 2021 na comunidade Quilombola de Jacarequara contou com várias apresentações culturas do povo afro onde compareceu grupos infantil de carimbó, apresentação de artesanato voltado a comunidade, teve a presença dos moradores mais antigos e fundadores Raimundo Nogueira, Maria Erculana, Ivete onde o dia serviu para homenageá-los pelo esforço de militância. Seu Raimundo Nogueira é um dos Quilombos do Jacarequara que travou uma luta de resistência diante das perseguições que ele sofreu durante o período da escravidão o mesmo procurou refugio as margens do rio Guamá pois ali ele se sentia mais seguro se houvesse alguma invasão. Aos 89 anos ele é um exemplo de resistência e sobrevivência diante de vários obstáculos que a vida lhe ofereceu na vida. A história da formação da comunidade quilombola do Jacarequara está precisamente relacionada a um momento em que na Amazônia o processo de ocupação era marcado pela presença de povoamentos nas margens dos rios, como via privilegiada de acesso às terras e a todos os demais recursos que a região oferecia. Segundo Acevedo e Castro (1993), diversas comunidades quilombolas se constituíram as margens dos rios na Amazônia, no Rio Guamá e seus afluentes não foram diferentes, dentre elas está a comunidade quilombola do Jacarequara, que desde sua origem encontra-se às margens do rio Guamá. Em meados da década de 1990, o território da comunidade pertencia ao do município de Ourém e após a emancipação do município de Santa Luzia do Pará homologado pela Lei nº 5688 do dia 13 de dezembro de 1991, passou a pertencer a este município. Tal alteração ocorreu na gestão do prefeito de Ourém, Raul Mota Costa, sancionado pelo governo do Estado, Jader Barbalho, ambos desejosos de manter e ampliar os seus respectivos interesses materializados a partir do controle político do novo território. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estática – IBGE, a população urbana de Santa Luzia do Pará é de 8.691, já na área rural do município o número de habitantes é de 10.731, com o total da população no censo de 2010 de 19.422 habitantes. O território da comunidade do Jacarequara, após a emancipação do município de Santa Luzia do Pará, ficou dentro dos limites deste município sendo o Rio Guamá o principal marcador da divisão dos territórios entre os municípios de Ourém e Santa Luzia. O artesanato na comunidade do Jacarequara é um meio de sobrevivência onde as famílias quilombolas encontraram para garantir seus sustentos através da mãe natureza que lhes oferecem a Argila para a confecção de vários artesanatos durante suas sobrevivências naquela comunidade que foram reconhecidos como Quilombolas. O artesanato torna-se se assim uma forma de resistência para a comunidade do Jacarequara que encontrou em sua comunidade sua identidade dos Quilombos dos Palmares. A pesquisa foi realizada na comunidade do Jacarequara através de visitas nas famílias que sobrevivem do artesanato e que encontraram nele uma forma de mostrar que existem na historiografia do município de Santa Luzia do Pará. Portanto concluímos que o artesanato se tornou um meio de sobrevivência para os Quilombolas que residem na Comunidade do Jacarequara que fica as margens do rio Guamá próximo os municípios de Capitão Poço, Ourém, São Miguel, sendo assim muitos deles procuram esses municípios para realizar a venda de alguns artesanatos que produzem para a compra de seus alimentos e de suas famílias que ficam na comunidade a espera de alimentos para sua sobrevivência. Os resultados que trazemos da pesquisa é que o artesanato não é valorizado como devia ser, pois existe alguns entraves devidos ser de uma comunidade quilombola e por não ser reconhecido por algumas pessoas que não fazem parte do dia a dia da Comunidade quilombola do Jacarequara. Palavras-chaves: Quilombos. Escravos fugitivos. Historiografia. _______________________ 1 Graduando do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia (UFPA) 2 Graduanda do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia (UFPA) 3 Graduanda do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia (UFPA) REFERÊNCIAS NASCIMENTO, Beatriz Texto e narração do filme Ori. São Paulo: Angra Filmes, 1989. ACEVEDO, R.; CASTRO, E. Negros dos Trombetas: guardiães de matas e rios. Belém: UFPA/NAEA, 1993
Título do Evento
III SILSSA - Seminário Internacional Linguagens Saberes e Sociobiodiversidade na Amazônia
Cidade do Evento
Bragança
Título dos Anais do Evento
Anais do III Silssa - Seminário Internacional de Linguagens, Saberes e Sociobiodiversidade na Amazônia
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ARAUJO, JOSE JOCY BARROS. O ARTESANATO NA COMUNIDADE QUILOMBOLA JACAREQUARA.. In: Anais do III Silssa - Seminário Internacional de Linguagens, Saberes e Sociobiodiversidade na Amazônia. Anais...Bragança(PA) UFPA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/iii-silssa/616942-O-ARTESANATO-NA-COMUNIDADE-QUILOMBOLA-JACAREQUARA. Acesso em: 19/06/2025

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