O USO TERAPÊUTICO DE PLANTAS MEDICINAIS POR POVOS TRADICIONAIS BRASILEIROS

Publicado em 19/09/2024 - ISBN: 978-65-272-0713-9

Título do Trabalho
O USO TERAPÊUTICO DE PLANTAS MEDICINAIS POR POVOS TRADICIONAIS BRASILEIROS
Autores
  • Cyanne Anastácia Seabra Quaresma
  • Marcelly Christine de Souza Diniz
  • Eliza Paixão Da Silva
  • Ivaneide Leal Ataíde Rodrigues
Modalidade
Resumo Simples
Área temática
Estudo das práticas culturais presentes nas comunidades tradicionais na perspectiva do saber local e do saber biomédico
Data de Publicação
19/09/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/iii-egeapa-368856/744984-o-uso-terapeutico-de-plantas-medicinais-por-povos-tradicionais-brasileiros
ISBN
978-65-272-0713-9
Palavras-Chave
População rural, Plantas medicinais, Usos terapêuticos
Resumo
Introdução: O uso de plantas medicinais, para fins terapêuticos, é tão antigo quanto a civilização humana. No decorrer da história, as plantas medicinais foram importantes como fitoterápicos e na descoberta de novos fármacos, sendo o reino vegetal o maior contribuinte para a descoberta de novos medicamentos. A utilização da fitoterapia tem sofrido um aumento como prática integrativa em diversos países, inclusive no Brasil[1]. As plantas medicinais são de fácil acesso devido a grande diversidade vegetal e o baixo custo que é associado a esta terapêutica, o que acaba despertando a atenção dos programas de assistência à saúde e profissionais. No Brasil, cerca de 82% da população faz a utilização de produtos à base de plantas medicinais nos seus cuidados com a saúde, tanto pelo conhecimento tradicional quilombola, indígena, entre outros povos e comunidades tradicionais, quanto pelos sistemas oficiais de saúde, como prática de cunho científico, sendo orientada pelos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS)[1,2]. Objetivo: O estudo teve como objetivo identificar as evidências científicas sobre o uso terapêutico de plantas medicinais pelos povos tradicionais brasileiros. Método: Foi realizada uma revisão integrativa de literatura, buscando-se artigos científicos nacionais e internacionais, sem filtro de tempo - devido às poucas evidências nos últimos 5 anos. O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Western Pacific Region Index Medicus (WPRIM), indexadas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), além da base de dados PubMed. Utilizou-se a estratégia PICo (P= População, I= Interesse, Co= Contexto)[3] para a definição da pergunta norteadora "Quais as evidências científicas dos usos terapêuticos de plantas medicinais por populações tradicionais brasileiras?", utilizando os descritores que são indexados na plataforma Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) para definir cada um desses pontos: Plantas medicinais; Usos terapêuticos; População rural e Amazônia, com suas combinações na língua inglesa, e junto aos Decs foram utilizados os operadores booleanos “OR” e “AND”. Foi utilizado o aplicativo Rayyan para a detecção de duplicados, a filtragem e a seleção de artigos. Como critério de exclusão, os artigos que não foram selecionados se tratavam de revisões bibliográficas, dissertações, teses, relatos de experiência, artigos que fugissem do tema proposto, àqueles que não realizaram estudos in vitro e in vivo e quando apareciam duplicados em bases de dados diferentes. Resultados: Foram encontrados um total de 156 artigos nas bases de dados utilizadas e após seguir os critérios de exclusão, foram incluídos 10 artigos para a elaboração da revisão integrativa. Nos artigos, foi possível observar que houve um estudo que gerou um resultado que não condizia com a farmacologia da planta usada como terapia, contudo, na maioria dos estudos houve um consenso entre o que é relatado pelas populações tradicionais que fazem uso de plantas como terapia para alguma enfermidade e o que é evidenciado farmacologicamente dessas plantas. Entre as plantas mais mencionadas estão a Carapanaúba amarela (Aspidosperma rigidum), Castanha do Pará (Bertholletia excelsa) e Manga de anta (Simaba cedron) para o tratamento de Malária e o látex, utilizado para tratamento contra helmintos intestinais. Conclusão: Com a realização do estudo, foi possível perceber que a sistematização dos conhecimentos advindos dos povos tradicionais pode fornecer relevantes contribuições para a população e comunidade científica, fazendo dos sistemas terapêuticos tradicionais uma área rica em informações, a qual deve ser preferencialmente explorada a partir de uma perspectiva multidimensional.
Título do Evento
III EGEAPA - Da Origem ao Futuro dos povos tradicionais: Implicações para a Pesquisa em Saúde Coletiva
Cidade do Evento
Belém
Título dos Anais do Evento
Anais do EGEAPA - da origem ao futuro dos Povos Tradicionais: implicações para a pesquisa em saúde coletiva
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

QUARESMA, Cyanne Anastácia Seabra et al.. O USO TERAPÊUTICO DE PLANTAS MEDICINAIS POR POVOS TRADICIONAIS BRASILEIROS.. In: Anais do EGEAPA - da origem ao futuro dos Povos Tradicionais: implicações para a pesquisa em saúde coletiva. Anais...Belém(PA) UEPA, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/iii-egeapa-368856/744984-O-USO-TERAPEUTICO-DE-PLANTAS-MEDICINAIS-POR-POVOS-TRADICIONAIS-BRASILEIROS. Acesso em: 18/05/2025

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