O USO DA TÉCNICA DE MASQUELET EM PSEUDOARTROSE: UM RELATO DE CASO

NATALIA MOREIRA ANDRADE; Larissa Paes Toledo; Cícero Eugênio Alves Júnior; Rafael Benedito Rodrigues Ferreira; André Dellacqua Araujo; Anny Caroline Santos De Faria; Ivone Pires Avelar; Caio César Amaral Sant' Anna; Natália Mourão de Pinho Tavares; João Emanuel Ferreira Ruas Souto; Germano Martins Coelho

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Trabalho

Título do Trabalho

O USO DA TÉCNICA DE MASQUELET EM PSEUDOARTROSE: UM RELATO DE CASO

Autores

NATALIA MOREIRA ANDRADE
Larissa Paes Toledo
Cícero Eugênio Alves Júnior
Rafael Benedito Rodrigues Ferreira
André Dellacqua Araujo
Anny Caroline Santos De Faria
Ivone Pires Avelar
Caio César Amaral Sant' Anna
Natália Mourão de Pinho Tavares
João Emanuel Ferreira Ruas Souto
Germano Martins Coelho

Modalidade

Fórum de Projetos

Área temática

Medicina

Data de Publicação

22/11/2023

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/iiconcis/720618-o-uso-da-tecnica-de-masquelet-em-pseudoartrose--um-relato-de-caso

ISBN

978-65-272-0013-0

Palavras-Chave

Técnica de Masquelet; Pseudoartrose infectada; Falha óssea.

Resumo

A pseudoartrose (PS) é a ausência de consolidação de fraturas após 6 a 8 meses do trauma e tem como fator de risco a instabilidade óssea, fluxo sanguíneo insuficiente e infecções. Sua prevalência em ossos longos é de 5%. A coexistência de fratura e infecção inviabiliza a formação de tecido ósseo e pode levar à reabsorção óssea, criando falhas. Nesses casos, a técnica de Masquelet é uma alternativa à tradicional Ilizarov, com menos complicações e menor morbidade. Em Diamantina, utilizou-se tal técnica pela primeira vez em paciente do sexo feminino, 59 anos, com história de queda em dezembro de 2020 e consequente fratura diafisária distal de úmero esquerdo. Optou-se inicialmente pelo tratamento conservador com imobilização gessada e tipóia. Evoluiu com PS, realizando osteossíntese em outubro de 2021 com placa e parafusos. No pós-operatório a paciente manteve quadro de dor crônica, diminuição de mobilidade, perda da síntese e manutenção da PS. Em agosto de 2023, optou-se pela segunda abordagem cirúrgica. Durante o procedimento, foi identificada infecção no foco da PS, sendo realizado debridamento e retirada de material de síntese. Diante da necessidade de reconstrução óssea e tratamento da infecção, optou-se por utilizar a técnica de Masquelet. A primeira etapa da técnica foi realizada em setembro de 2023, com ressecção da área óssea comprometida - gerando falha de 6 centímetros - debridamento e limpeza do sítio, fixação com placa bloqueada 10 furos e inserção de cimento ósseo com Gentamicina como espaçador. Paciente evoluiu bem no pós-operatório, até o momento sem intercorrências. A segunda etapa está programada para 6 a 8 semanas após a primeira. Casos de PS infectada possuem alto risco de complicações e não tem recomendação de auto enxerto, devido ao potencial de reabsorção e manutenção da PS. Nesse contexto, a técnica de Masquelet é uma opção viável, com melhor resultado e menor morbidade. Consiste em uma primeira etapa, em que se resseca a parte óssea comprometida e se utiliza cimento de polimetilmetacrilato - associado a antibiótico para tratamento infeccioso - como espaçador, permitindo a formação de uma membrana altamente vascularizada. Na segunda etapa, o cimento é retirado, o enxerto colocado no local e envolto por essa membrana, prevenindo a reabsorção do enxerto e promovendo a consolidação óssea. Apesar de ser a primeira vez que é utilizada em Diamantina e região, a técnica é bem consolidada e apresenta resultados satisfatórios. Dois casos foram descritos em 2022 utilizando a mesma técnica descrita, em duas etapas e com cimento associado à Gentamicina, preenchendo falhas de 5 e 9 centímetros, enquanto outro trabalho mostrou consolidação óssea em 15 fraturas de fêmur, reparando falhas entre 2 a 11 centímetros. Apesar de ser descrita desde 1980 e ter diversas vantagens, a técnica de Masquelet ainda não é amplamente utilizada e ter sido adotada no Vale do Jequitinhonha é um grande avanço médico.

Título do Evento: II Congresso de Ciências da Saúde da UFVJM
Cidade do Evento: Diamantina
Título dos Anais do Evento: Anais do Congresso de Ciências da Saúde da UFVJM
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

ANDRADE, NATALIA MOREIRA et al.. O USO DA TÉCNICA DE MASQUELET EM PSEUDOARTROSE: UM RELATO DE CASO.. In: Anais do Congresso de Ciências da Saúde da UFVJM. Anais...Diamantina(MG) UFVJM, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IIConCiS/720618-O-USO-DA-TECNICA-DE-MASQUELET-EM-PSEUDOARTROSE--UM-RELATO-DE-CASO. Acesso em: 10/05/2025