DESAFIOS PARA O TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL NO IDOSO EM RIBEIRINHOS

Publicado em 07/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0256-1

Título do Trabalho
DESAFIOS PARA O TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL NO IDOSO EM RIBEIRINHOS
Autores
  • Brenda Stéfane da Silva Cardoso
  • Nezilma Ferreira Torres
  • Lívia de Aguiar Valentim
  • TATIANE COSTA QUARESMA
  • Franciane de Paula Fernandes
  • SHEYLA MARA SILVA DE OLIVEIRA
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
4. Assistência a populações tradicionais no contexto amazônico
Data de Publicação
07/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/iicofs/781084-desafios-para-o-tratamento-de-hipertensao-arterial-no-idoso-em-ribeirinhos
ISBN
978-65-272-0256-1
Palavras-Chave
Hipertensão arterial, Idoso; Ribeirinho, Desafios do tratamento, Adesão ao tratamento.
Resumo
DESAFIOS PARA O TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL NO IDOSO EM RIBEIRINHOS Brenda Stefane da Silva Cardoso¹, Nezilma Ferreira Torres², Lívia de Aguiar Valentim³, Tatiane Costa Quaresma3, Franciane de Paula Fernandes³, Sheyla Mara Silva de Oliveira³ ¹ Acadêmico do curso de Enfermagem na Universidade Estadual do Pará, ² Acadêmico do curso de Enfermagem na Universidade Estadual do Pará, ³ Docente do curso de Enfermagem na Universidade Estadual do Pará, 3 Docente do curso de enfermagem na Universidade Estadual do Pará, ³ Docente do curso de enfermagem na Universidade Estadual do Pará, ³ Docente do curso de enfermagem na Universidade Estadual do Pará Contextualização: O processo de envelhecimento emerge como uma das tendências mais marcantes do século XXI, com implicações substanciais na vida das pessoas e desafios significativos para a sociedade, impactando diretamente as famílias, a economia e a cultura de um país. Nesse contexto, o aumento da longevidade humana coloca um desafio premente para as autoridades públicas, exigindo uma revisão e discussão de medidas voltadas para a promoção e atenção aos idosos. No âmbito da hipertensão arterial, caracterizada por uma pressão sistólica igual ou superior a 140mmHg e uma pressão arterial diastólica igual ou superior a 90mmHg, a doença se revela como uma condição crônica prevalente em idosos, manifestando-se muitas vezes de forma silenciosa. Em grande parte dos casos, os sintomas tornam-se perceptíveis apenas quando a condição atinge níveis elevados. Conforme indicado pelo estudo de Framingham, após os 55 anos, cerca de 90% das pessoas inicialmente normotensas desenvolverão hipertensão arterial. Os fatores de risco associados à hipertensão variam entre diferentes pessoas e faixas etárias, com um aumento linear em sua incidência a partir dos 40 anos. Observa-se uma ligeira elevação entre homens até os 50 anos, invertendo a proporção em favor das mulheres acima dessa faixa etária. Entre os não brancos, a prevalência é duas vezes maior, enquanto o excesso de peso e a obesidade, mesmo em indivíduos ativos, ampliam o risco de desenvolver hipertensão. Hábitos alimentares, como a ingestão excessiva de sal, e o consumo prolongado de álcool também estão associados à ocorrência da condição no Brasil, independentemente das condições demográficas. Quanto ao sedentarismo, aos fatores socioeconômicos e aos fatores genéticos, embora sua influência seja perceptível em certos contextos, ainda não existem estudos conclusivos o suficiente para o Brasil. Esse panorama destaca a complexidade e a importância de abordagens preventivas e de pesquisa contínua para compreender a relação entre o envelhecimento, a hipertensão arterial e os diversos fatores de risco envolvidos. Não tem cura mas tem controle através do tratamento que é a junção de hábitos saudáveis com medicamentos. Sabe-se hoje que idosos com pressão arterial sistólica e pressão de pulso elevados não só têm alto risco cardiovascular como maior prevalência de diversas doenças relacionadas à idade, perda de autonomia e redução da expectativa de vida. Os impactos socioambientais oriundos nos ribeirinhos sobre o estilo de vida podem ser suficientemente importantes a ponto de alterar a qualidade de vida e o perfil de morbimortalidade da população ribeirinha implicando em alguns desafios que dificultam a eficácia do tratamento. Objetivo: Identificar os desafios para o tratamento de hipertensão arterial no idoso que residem em ribeirinhos. Métodos: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com o foco qualitativo que explora a temática da hipertensão arterial nos idosos ribeirinhos. Para encontra os artigos foi realizada uma busca nas bases de dados da SciElo, PubMed. Onde foram utilizados os descritores “Hipertensão Arterial’’ e “Fatores Associados a Hipertensão”. Como critérios de inclusão, consideramos artigos completos entre os anos de 2019 a 2022. Na busca foram encontrados 29 artigos relacionados a temática, onde feita uma avaliação de títulos e resumos por meio de uma revisão. Selecionamos 10 artigos para leitura completa. Dentre os 1º artigos lidos na íntegra, somente 6 artigos compõem o estudo. Estes artigos fornecem assunto essenciais para a discussão sobre os desafios para o tratamento da hipertensão arterial no idoso ribeirinho. Resultados: Segundo Dados divulgados recentemente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 30% da população mundial adulta têm hipertensão arterial. Os idosos enfrentam desafios únicos no tratamento da hipertensão arterial, como a polifarmácia, idosos frequentemente tem múltiplas condições médicas, o que pode resultar na prescrição de vários medicamentos, levando a polifarmácia. Isso aumenta o risco de interações medicamentosas e efeitos colaterais adversos, afetando a adesão ao tratamento da hipertensão. Comorbidades, a presença de outras condições médicas, como diabetes, doenças cardíacas, problemas renais, entre outras, pode complicar o tratamento da hipertensão arterial. Discussão: Os idosos que residem em áreas ribeirinhas enfrentam uma série de desafios no tratamento da hipertensão arterial, principalmente devido às condições específicas do ambiente em que vivem. O acesso limitado aos serviços médicos e hospitais, apesar de sua existência, pode ser difícil e distante para os moradores, especialmente para os idosos. Isso dificulta a obtenção de acompanhamento médico regular para controlar a hipertensão, uma vez que o transporte em áreas ribeirinhas remotas pode ser complicado, tornando desafiador viajar para centros urbanos onde os serviços de saúde são mais acessíveis. A falta de conscientização em algumas comunidades é outra barreira significativa. A ausência de educação sobre condições de saúde, como a hipertensão, resulta em uma menor compreensão da importância do tratamento adequado. Além disso, as limitações de recursos, incluindo o acesso restrito a medicamentos essenciais e uma dieta equilibrada, podem dificultar o controle da pressão arterial. Muitos idosos ribeirinhos enfrentam dificuldades para obter medicamentos regularmente ou seguir uma dieta saudável. As condições ambientais adversas, como as variações climáticas e a exposição a elementos ambientais, também afetam a saúde dos idosos, tornando o controle da pressão arterial mais desafiador. O manejo dessas condições em conjunto com a hipertensão requer considerações específicas e pode exigir terapias múltiplas. A adesão irregular ao tratamento é outra preocupação, pois os idosos podem enfrentar dificuldades devido a problemas de memória, complexidade do esquema de medicação, limitações financeiras, entre outros fatores. Mudanças fisiológicas relacionadas à idade, como alterações na função renal, redução da sensibilidade a certos medicamentos e mudanças na composição corporal, podem impactar a eficácia e a segurança dos medicamentos anti-hipertensivos. A falta de conscientização e educação contribui para um menor entendimento da necessidade de tratamento contínuo e mudanças no estilo de vida. Barreiras financeiras ao acesso aos cuidados de saúde, especialmente para aqueles com recursos financeiros limitados ou sem acesso fácil aos serviços de saúde, também representam um desafio significativo. Conclusão: Ao analisar os desafios enfrentados pelos idosos que vivem em áreas ribeirinhas no tratamento da hipertensão arterial, torna-se evidente que várias barreiras comprometem a eficácia do cuidado médico. O acesso restrito aos serviços de saúde, a falta de conscientização sobre a condição, as limitações financeiras e as condições ambientais desfavoráveis representam obstáculos significativos. Adicionalmente, a presença de múltiplas condições médicas, a polifarmácia e as alterações fisiológicas relacionadas à idade complicam ainda mais o manejo da hipertensão nessa população. Esses desafios ressaltam a urgência de implementar estratégias abrangentes e adaptadas às condições específicas dos idosos ribeirinhos. Isso inclui garantir o acesso contínuo a serviços de saúde, promover a conscientização sobre a importância do controle da pressão arterial e assegurar o fornecimento regular de medicamentos essenciais. Superar tais barreiras não apenas aprimoraria a qualidade de vida desses idosos, mas também mitigaria o impacto adverso da hipertensão arterial nas comunidades ribeirinhas, contribuindo para um envelhecimento mais saudável e um maior bem-estar para essa população vulnerável. Os desafios enfrentados pelos idosos no tratamento da hipertensão arterial demandam uma abordagem individualizada e multifacetada. Considerar as mudanças fisiológicas, a adesão ao tratamento, as barreiras sociais e econômicas, assim como a fragilidade física, são essenciais para garantir um controle eficaz da pressão arterial e melhorar a qualidade de vida nessa população. Palavras-chave: Hipertensão arterial; Idoso; Ribeirinho; Desafios do tratamento; Adesão ao tratamento; Referências Hipertensão Atinge 30% da população adulta brasileira . Disponível: https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/hipertensao-atinge-30-da-populacao-adulta-brasileira/
Título do Evento
II CONGRESSO DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DA REGIÃO NORTE: DA GRADUAÇÃO A PÓS-GRADUAÇÃO
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso de Formação em Saúde da Região Norte: da graduação a pós-graduação
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CARDOSO, Brenda Stéfane da Silva et al.. DESAFIOS PARA O TRATAMENTO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL NO IDOSO EM RIBEIRINHOS.. In: Anais do Congresso de Formação em Saúde da Região Norte: da graduação a pós-graduação. Anais...Santarém(PA) UEPA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IICOFS/781084-DESAFIOS-PARA-O-TRATAMENTO-DE-HIPERTENSAO-ARTERIAL-NO-IDOSO-EM-RIBEIRINHOS. Acesso em: 02/05/2025

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