RELAÇÃO DO USO DE ANTIDEPRESSIVOS VERSUS O RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS

Publicado em 07/02/2024 - ISBN: 978-65-272-0256-1

Título do Trabalho
RELAÇÃO DO USO DE ANTIDEPRESSIVOS VERSUS O RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS
Autores
  • Lucas Nathan Rodrigues Silva
  • Matheus Pereira Martins
  • Lívia de Aguiar Valentim
  • SHEYLA MARA SILVA DE OLIVEIRA
  • FRANCIANE DE PAULA FERNANDES
  • TATIANE COSTA QUARESMA
Modalidade
Resumo expandido
Área temática
3. Gerontologia e Geriatria;
Data de Publicação
07/02/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/iicofs/780072-relacao-do-uso-de-antidepressivos-versus-o-risco-de-quedas-em-idosos
ISBN
978-65-272-0256-1
Palavras-Chave
Antidepressivos; Fraturas Ósseas; Idosos
Resumo
Contextualização: As quedas podem ter um impacto profundo na saúde e no bem-estar geral dos idosos, aumentando o risco de lesões significativas, hospitalização e mortalidade precoce. Entre os fatores considerado de risco intrínseco de quedas em idosos está o uso de medicamentos, podendo sua ação farmacológica comprometer o sistema sensorial, o discernimento, a regulação da pressão arterial, o tempo de reação reflexa, o equilíbrio e a deambulação. Nesse contexto, os medicamentos psicotrópicos se destacam uma vez que prejudicam os reflexos autonômicos cardiovasculares, levando à hipotensão ortostática e tornando-se uma importante causa de quedas entre idosos. Objetivo: Este trabalho visa verificar a possível relação do uso de medicamentos antidepressivos e o risco de quedas em idosos. Métodos: Esta revisão integrativa possui caráter qualitativo exploratório, baseada em estudos já divulgados, sobre a relação de quedas em idosos com o uso de antidepressivos. Realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados: Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), ScienceDirect e PubMed com uso dos seguintes descritores e suas combinações na língua portuguesa e inglesa, de acordo com a consulta aos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Antidepressive agents”; “Aged” e “Fractures bone” acrescidos usando o marcador Boleano (AND). As combinações foram determinadas na evidência dos trabalhos completos, originais e que estão disponíveis gratuitamente nas bases de dados estabelecidas. Os estudos foram separados de acordo com alguns critérios de inserção, pré-definidos pelos autores: como critérios de inclusão, foram definidos: artigos completos, disponíveis na íntegra, nos idiomas português e inglês, publicados nos últimos cinco anos e que correspondem à pesquisa em questão. Já os critérios de exclusão definidos foram: monografias, teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso que não estão no formato de artigos, estudos de revisão e artigos duplicados em mais de uma base de dados. A pesquisa nas bases de dados ocorreu no período de novembro de 2023. Resultados: A amostra desta revisão foi constituída por vinte e cinco (25) artigos científicos, dentre esses um (1) encontrado na plataforma LILACS, três (3) na ScienceDirect e vinte e um (21) na PubMed. Todos os artigos encontrados nas plataformas LILACS e ScienceDirect foram excluídos por se tratarem de estudos de revisão ou estarem duplicados. Dos artigos da plataforma PubMed, foram excluídos treze (13), por não terem relação com o tema ou não serem realizados com idosos, caracterizando assim a amostra final deste estudo com sete (6) artigos. Discussão: Em relação ao objetivo desta revisão, observou-se que em todos os estudos, os antidepressivos aumentaram o risco de queda ou fraturas por quedas em idosos. Predominantemente, a população estudada foi mulheres na faixa etária de 72 a 85 anos. Pode-se atribuir a subnotificação de casos de depressão em homens associado ao maior cuidado e procura por diagnóstico da população feminina, fenômeno que corrobora com estudos da literatura, onde afirmam que por questões culturais, sociais e ao estigma do transtorno estar relacionado às mulheres, os homens apresentam dificuldades para reconhecer os sintomas da depressão e admitir que precisam de ajuda. Outro ponto importante é que os medicamentos estudados possuíam diversas indicações, sendo evidentemente utilizado no tratamento da depressão e também na dor crônica, transtornos mentais e demência, dessa forma, verifica-se que a prescrição pode estar relacionadas com outras patologias além da depressão. Sabe-se que é comum o uso clínico destas moléculas para patologias diferentes da categoria terapêutica para a qual foram inicialmente desenvolvidas, contudo não amenizam o risco de queda. Além disso, em relação ao espaço geográfico em que foram realizados, notou-se que alguns autores estudaram somente um país, e somente um trabalho correlacionou diversos países, esta variável pode influenciar nos resultados quando considerado hábitos culturais diferentes, corroborando com a literatura em que Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) foram mais prescritos nos Estados Unidos e os antidepressivos tricíclicos (ADTs) mais utilizado na Europa. Em relação as classes farmacológicas utilizadas, os estudos não abordaram especificamente uma classe, sendo citadas antidepressivo tricíclicos, benzodiazepínicos, inibidores da recaptação de serotonina, inibidores da recaptação de norepinefrina e serotonina, antipsicóticos atípicos. Dessa forma, diversos medicamentos foram elencados nos trabalhos, sendo alguns deles, imipramina, bupropiona, trazodona, amitriptilina, citalopram, sertralina e paroxetina, portanto as classes, os medicamentos e as diversas indicações terapêuticas precisam serem levados em consideração nos estudos conforme o perfil clínico do paciente, pois, pesquisas demonstram que apesar do medicamento possuir a mesma classe farmacológica, a probabilidade de queda por ser aumentada ou diminuída dependendo do medicamento prescrito, o que pode ser observado no trabalho em que a paroxetina possui menor risco de queda em comparação ao uso de citalopram, quando se trata de inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina (IRSN) o uso da venlafaxina possui menor risco quando confrontado ao usado duloxetina, em relação ao uso dos ADTs amitriptilina mostrou ser preferencialmente utilizada para diminuir o risco de queda em idosos ao invés do uso de imipramina ou doxepina. Por outro lado, é importante ressaltar presença de fatores que limitam os estudos e diversas variáveis como, existência de doenças prévias, obesidade e diabetes, que devem ser analisados e trabalhados uniformemente para melhor direcionamento do uso dos antidepressivos em idosos, além do mais, todos os trabalhos utilizaram grande base de dados como fonte de dados, o que pode ocasionar subnotificação dos resultados, pois baseia-se somente na prescrição e não na informação concreta sobre a adesão medicamentosa do paciente ao tratamento. Conclusão: Através deste trabalho verificou-se relação intrínseca do uso de medicamentos antidepressivos com risco de quedas em idosos, uma vez que os trabalhos selecionados dentro dos critérios acenaram para essa assertiva. Dessa forma, é importante que toda equipe multidisciplinar esteja atenta aos fatores de risco de queda e seja capacitada para manejá-los a fim de evitar que ocorra piora no estado clínico do paciente e possível internação hospitalar, consequentemente retirando o paciente de sua rotina e impactando sua qualidade de vida. Além disso, observou-se a necessidade ações de educação em saúde para conscientizar os homens a cerca da prevenção e a busca por tratamento adequado no surgimento de sinais e sintomas de depressão ou outras doenças relacionadas ao sistema nervoso central.
Título do Evento
II CONGRESSO DE FORMAÇÃO EM SAÚDE DA REGIÃO NORTE: DA GRADUAÇÃO A PÓS-GRADUAÇÃO
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso de Formação em Saúde da Região Norte: da graduação a pós-graduação
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SILVA, Lucas Nathan Rodrigues et al.. RELAÇÃO DO USO DE ANTIDEPRESSIVOS VERSUS O RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS.. In: Anais do Congresso de Formação em Saúde da Região Norte: da graduação a pós-graduação. Anais...Santarém(PA) UEPA, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IICOFS/780072-RELACAO-DO-USO-DE-ANTIDEPRESSIVOS-VERSUS-O-RISCO-DE-QUEDAS-EM-IDOSOS. Acesso em: 03/06/2025

Trabalho

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