ADESÃO TERAPÊUTICA, INTERVENÇÕES EDUCATIVAS E PERFIL HEMODINÂMICO: PILARES PARA MELHORIA DE DESFECHOS NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Publicado em 21/05/2025 - ISBN: 978-65-272-1350-5

Título do Trabalho
ADESÃO TERAPÊUTICA, INTERVENÇÕES EDUCATIVAS E PERFIL HEMODINÂMICO: PILARES PARA MELHORIA DE DESFECHOS NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Autores
  • Murillo Nunes Serafim
  • Manuella Alves Souza
  • Daniella Xavier Batista
  • Rhuan Fernandes Carneiro
  • Emmanuel Barros Duarte
  • Leandro de Deus Moreira
  • Geovanna Vitória Souza Rodrigues
  • Raul Ryudi Harada
  • Arthur Simão Vilela
  • Lenita Vieira Braga
Modalidade
Resumo simples
Área temática
Insuficiência Cardíaca
Data de Publicação
21/05/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ii-congresso-nacional-de-cardiologia-multidisciplinar-519735/1118640-adesao-terapeutica-intervencoes-educativas-e-perfil-hemodinamico--pilares-para-melhoria-de-desfechos-na-insufic
ISBN
978-65-272-1350-5
Palavras-Chave
Insuficiência Cardíaca; Adesão terapêutica; Intervenções Educativas; Perfil Hemodinâmico.
Resumo
INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, caracterizada por disfunção cardíaca progressiva, elevada morbimortalidade e altos custos em saúde. No contexto brasileiro, os artigos estudados destacam desafios críticos no manejo dessa condição, como a não adesão ao tratamento farmacológico, associada a fatores socioeconômicos e comportamentais, e a alta taxa de reinternações, influenciada pela falta de autocuidado e descompensações hemodinâmicas. Também, eles demonstram que intervenções educativas estruturadas, melhoram significativamente a adesão terapêutica, a qualidade de vida e reduzem reinternações. Além disso, a classificação hemodinâmica à admissão hospitalar emerge como um poderoso marcador prognóstico. OBJETIVO: Analisar a relação entre fatores socioeconômicos, comportamentais e clínicos com a adesão terapêutica, reinternações e mortalidade em pacientes com IC, além de avaliar o impacto de intervenções educativas e programas de transição na melhoria do autocuidado, qualidade de vida e redução de complicações. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada a partir das bases de dados PubMed, SciELO e Google Acadêmico. Foram selecionados artigos originais, em língua portuguesa ou inglesa, publicados entre 2020 e 2025 e que atendiam a questão norteadora, utilizando o DeCS/MeSH para encontrar os descritores. RESULTADOS: A não adesão ao tratamento farmacológico mostrou-se um obstáculo significativo, com 9,4% dos pacientes abandonando ou negligenciando terapias prescritas, o que está fortemente associado a condições socioeconômicas precárias –renda familiar menor que três salários-mínimos–, a comorbidades psiquiátricas – depressão – e hábitos como o consumo de álcool, ocasionando o abandono terapêutico. Por outro lado, intervenções educativas estruturadas demonstraram impacto positivo, em que pacientes incluídos em programas de transição — orientações à beira do leito e acompanhamento telefônico — apresentaram melhora no autocuidado. A pontuação de manutenção de hábitos saudáveis saltou para 74,3 (contra 44,2), enquanto o conhecimento sobre a doença atingiu 41,3 pontos, superando os 27,5 do grupo que recebeu apenas atendimento usual. Esses resultados reforçam que a educação em saúde, aliada ao suporte contínuo, é fundamental para reduzir complicações da IC. A avaliação hemodinâmica à admissão hospitalar emergiu como um pilar prognóstico, na qual pacientes classificados como frio-úmido enfrentaram os piores desfechos onde a mortalidade hospitalar dobrou em relação a observada em perfis quente-úmido, e o risco de óbito em seis meses foi quase duas vezes maior. Além disso, a congestão à admissão (perfis úmidos) elevou em 2,3 vezes a chance de reinternação em seis meses, comparada a pacientes sem congestão. CONCLUSÃO: Em suma, os achados dos estudos consolidam a IC como um desafio multifatorial, em que desigualdades socioeconômicas, comorbidades comportamentais e avaliação clínica inadequada ampliam riscos de mortalidade e reinternações. Paralelamente, intervenções educativas estruturadas demonstraram ser ferramentas eficazes para fortalecer o autocuidado, reduzir descompensações e melhorar a qualidade de vida, com ganhos mensuráveis em conhecimento e adesão. A classificação hemodinâmica à admissão consolida-se como um pilar prognóstico indispensável, especialmente para pacientes em perfis frio-úmido, que demandam manejo intensivo e monitorização rigorosa. Assim, emerge um caminho viável para reduzir a carga da IC no sistema de saúde brasileiro.
Título do Evento
II Congresso Nacional de Cardiologia Multidisciplinar
Título dos Anais do Evento
Anais do II Congresso Nacional de Cardiologia Multidisciplinar
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

SERAFIM, Murillo Nunes et al.. ADESÃO TERAPÊUTICA, INTERVENÇÕES EDUCATIVAS E PERFIL HEMODINÂMICO: PILARES PARA MELHORIA DE DESFECHOS NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA.. In: Anais do II Congresso Nacional de Cardiologia Multidisciplinar. Anais...Sete Lagoas(MG) online, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ii-congresso-nacional-de-cardiologia-multidisciplinar-519735/1118640-ADESAO-TERAPEUTICA-INTERVENCOES-EDUCATIVAS-E-PERFIL-HEMODINAMICO--PILARES-PARA-MELHORIA-DE-DESFECHOS-NA-INSUFIC. Acesso em: 16/07/2025

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