EVIDÊNCIAS ATUAIS DOS RISCOS CARDIOVASCULARES ASSOCIADO AO USO DE ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS COMBINADOS POR MULHERES

Publicado em 21/05/2025 - ISBN: 978-65-272-1350-5

Título do Trabalho
EVIDÊNCIAS ATUAIS DOS RISCOS CARDIOVASCULARES ASSOCIADO AO USO DE ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS COMBINADOS POR MULHERES
Autores
  • Helena De Sousa Coelho Zullo
  • Maria Fernanda Rosa chaib
  • Júlio César Furlan
  • Samile Cristina
  • Isabela Goulart Peçanha Vieira
  • Letícia Castro Almeida Silva
  • Maria Victoria Spido
Modalidade
Resumo simples
Área temática
Prevenção Cardiovascular
Data de Publicação
21/05/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ii-congresso-nacional-de-cardiologia-multidisciplinar-519735/1079417-evidencias-atuais-dos-riscos-cardiovasculares-associado-ao-uso-de-anticoncepcionais-hormonais-combinados-por-mul
ISBN
978-65-272-1350-5
Palavras-Chave
Risco cardiovascular, Contraceptivo oral combinado, Contraceptivo hormonal
Resumo
Introdução: A contracepção hormonal transformou o planejamento familiar, permitindo às mulheres controle eficaz e reversível da fertilidade. Entre os métodos disponíveis, os contraceptivos orais combinados (COCs) são amplamente utilizados, no entanto, seu uso tem sido associado a alterações metabólicas e cardiovasculares. Os COCs afetam o metabolismo lipídico, elevando o LDL-C e o Índice Aterogênico de Plasma (AIP), aumentando o risco aterogênico. Além disso, há evidências crescentes de que os COCs elevam o risco de trombose venosa e arterial, incluindo complicações graves como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), mesmo em mulheres jovens. Apesar das reformulações ao longo dos anos – com redução da dose de estrogênio e introdução de novas progestinas - o risco persiste. Objetivos: analisar a relação entre os COCs e o risco cardiovascular, bem como as diferentes composições hormonais e vias de administração influenciam esse risco. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando-se as bases de dados Google Acadêmico, LILACS, Medline, SciELO e Latindex. Como descritores foram utilizados "risco cardiovascular", "contraceptivo oral combinado" e "contraceptivo hormonal", combinados por operadores booleanos "OR e “AND” . Como critérios de inclusão foram utilizados: artigos completos publicados nos últimos 15 anos, disponíveis em português, inglês ou espanhol, excluindo-se dissertações e monografias. Ao todo foram selecionados 7 artigos. Resultados: Os achados indicam que os COCs aumentam o risco cardiovascular por meio de alterações lipídicas, hemostáticas e pressóricas. Observou-se aumento significativo da pressão arterial diastólica, do LDL-C e do AIP, favorecendo a aterosclerose. Os COCs contendo etinilestradiol em doses de 30–40 µg elevam o risco de AVC trombótico e infarto do miocárdio, com variações conforme a progestina utilizada. Doses menores de etinilestragiol (20 µg) apresentaram riscos reduzidos, mas ainda superiores ao de pacientes não usuárias do método. O etinilestradiol influencia a coagulação ao aumentar fatores trombogênicos (fatores II, VII, VIII e fibrinogênio) e reduzir anticoagulantes naturais (proteína S e antitrombina). Isso resulta em um risco três vezes maior de trombose venosa e 1,6 vezes maior de trombose arterial entre usuárias de COCs. Além disso, formulações com menor dose de estrogênio e progestinas menos androgênicas, apresentam menor risco trombogênico. Essas evidências ressaltam a necessidade de avaliação criteriosa antes da prescrição de COCs, considerando riscos individuais e explorando alternativas, como contraceptivos apenas com progestogênio ou métodos não hormonais, para mulheres com risco cardiovascular elevado. Conclusão: O uso de COCs está associado a maior risco cardiovascular, devido a alterações no perfil lipídico, aumento da pressão arterial e indução de um estado pró-coagulante. O risco varia conforme a dose de estrogênio e o tipo de progestina, sendo mais acentuado em COCs com doses mais elevadas de etinilestragiol e progestágenos mais androgênicos. Diante disso, reforça-se a necessidade de uma avaliação individualizada na prescrição desses métodos, considerando fatores de risco preexistentes. Alternativas como contraceptivos apenas com progesterona ou métodos não hormonais podem ser mais seguros. Por fim, este estudo evidencia a importância de novas pesquisas para aprofundar o entendimento dos impactos cardiovasculares dos COCs, auxiliando na formulação de estratégias contraceptivas mais seguras.
Título do Evento
II Congresso Nacional de Cardiologia Multidisciplinar
Título dos Anais do Evento
Anais do II Congresso Nacional de Cardiologia Multidisciplinar
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

ZULLO, Helena De Sousa Coelho et al.. EVIDÊNCIAS ATUAIS DOS RISCOS CARDIOVASCULARES ASSOCIADO AO USO DE ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS COMBINADOS POR MULHERES.. In: Anais do II Congresso Nacional de Cardiologia Multidisciplinar. Anais...Sete Lagoas(MG) online, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ii-congresso-nacional-de-cardiologia-multidisciplinar-519735/1079417-EVIDENCIAS-ATUAIS-DOS-RISCOS-CARDIOVASCULARES-ASSOCIADO-AO-USO-DE-ANTICONCEPCIONAIS-HORMONAIS-COMBINADOS-POR-MUL. Acesso em: 16/07/2025

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