“A DOR NÃO TEM COR - RACISMO OBSTÉTRICO”

Publicado em 17/07/2025 - ISBN: 978-65-272-1576-9

Título do Trabalho
“A DOR NÃO TEM COR - RACISMO OBSTÉTRICO”
Autores
  • Beatriz Medina Pena
  • Catarina Sieberer
  • Sofia Diniz Borges Alencar
  • Fátima Geovanini
  • Eduarda Martino Moreira Araujo e Silva
Modalidade
Projeto de Pesquisa ou Extensão
Área temática
Humanidades
Data de Publicação
17/07/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ii-congresso-integrado-humanidades-pesquisa-ensino-medico/1111168-a-dor-nao-tem-cor---racismo-obstetrico
ISBN
978-65-272-1576-9
Palavras-Chave
Racismo, violência obstétrica, mulheres pretas, preconceito, discriminação.
Resumo
Introdução: Racismo é uma forma sistemática de discriminação que tem a raça como fundamento e se manifesta por meio de práticas que culminam em desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual pertençam. No Brasil, o racismo obstétrico se manifesta como uma barreira importante para o pleno gozo do direito à saúde das mulheres pretas. Segundo o Ministério da Saúde, o viés racial na saúde reflete principalmente na mulher preta, que é alvo de estereótipos relacionados à maior resistência à dor, resultando em casos de violência obstétrica e altos índices de mortalidade materna. Diante desse cenário, o grupo elaborou um projeto de extensão em formato de curta metragem que aborda o racismo obstétrico e tem como público alvo profissionais e acadêmicos da área da saúde. Objetivos: Sensibilizar médicos, acadêmicos e profissionais da saúde sobre a ocorrência do racismo obstétrico nos hospitais e maternidades brasileiras, promovendo conscientização sobre essa realidade, visando melhorias no cenário. Métodos: Foi feito um estudo acerca do racismo obstétrico no Brasil utilizando bibliografias nacionais e internacionais. Os materiais foram extraídos do Pubmed, SciELO e Google Acadêmico. Foram incluídos artigos dos últimos 20 anos, em inglês e em português. Os descritores foram: “tratamento da dor”, “racismo”, “preconceito”, “violência obstétrica”, “mulheres pretas”. Os critérios de inclusão foram a relevância no contexto, o conteúdo do artigo, e textos gratuitos e completos. Dos 14 artigos encontrados, 9 foram selecionados como base para elaboração do projeto. O curta foi produzido através da seleção de artigos, entrevistas, imagens e música de domínio público. Foi feita a elaboração de um roteiro e edição do vídeo. A transmissão é feita em canais de exibição como televisões do campus, salas de aula e televisões de hospitais e clínicas. O material tem sido exposto em congressos (COCCEN) e em aulas de humanidades ao longo do último ano. Discussão: Crenças de que pretos e brancos são biologicamente diferentes têm sido propagadas por séculos. Atributos fenotípicos são usados para subjugar tal grupo racial. No âmbito da saúde, essa discriminação diz respeito as maiores taxas de adoecimento, mortes por causas evitáveis e ao menor acesso na atenção à saúde. O prejuízo tanto no acesso, quanto na qualidade do atendimento, potencializa as desvantagens e faz com que 60% de todas as complicações obstétricas afetem mulheres pretas. O racismo obstétrico está presente desde a negligência e omissão ao atendimento, até na forma de violência psicológica, física e sexual, com ameaças, humilhações e negação ao alívio da dor. Conclusão: Estudos genéticos não constatam diferenças na resistência à dor entre indivíduos de distintos grupos raciais, não justificando, portanto, a divergência de tratamento. A ideia de “suportar” a dor circula pelos centros médicos, deixando mulheres pretas ainda reféns de um período histórico triste e conturbado para tal grupo étnico. Percebe-se que o racismo está tão enraizado na sociedade que muitas mulheres pretas nem percebem a discriminação sofrida e, por isso, faz-se necessário destacar esse tema como algo a ser mais debatido, estudado e enfatizado como um crime. Como dito por Angela Davis, numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista. Por isso, com nosso projeto, buscamos trazer como pauta este tema que deve ser debatido para, assim, ser extinto.
Título do Evento
II Congresso Integrado Humanidades, Pesquisa e Ensino Médico
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do II Congresso Integrado Humanidades, Pesquisa e Ensino Médico
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

PENA, Beatriz Medina et al.. “A DOR NÃO TEM COR - RACISMO OBSTÉTRICO”.. In: Anais do II Congresso Integrado Humanidades, Pesquisa e Ensino Médico. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Idomed Vista Carioca, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ii-congresso-integrado-humanidades-pesquisa-ensino-medico/1111168-A-DOR-NAO-TEM-COR---RACISMO-OBSTETRICO. Acesso em: 02/08/2025

Trabalho

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