ENTRE RAÍZES E FLORES: A JORNADA DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO ÀS MEDICINAS TRADICIONAIS E PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE (PICS) COMO SEMENTEIRA DE UMA MEDICINA PLURAL NA UFRJ

Publicado em 17/07/2025 - ISBN: 978-65-272-1576-9

Título do Trabalho
ENTRE RAÍZES E FLORES: A JORNADA DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO ÀS MEDICINAS TRADICIONAIS E PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE (PICS) COMO SEMENTEIRA DE UMA MEDICINA PLURAL NA UFRJ
Autores
  • Carolina Corbeceiri dos Reis
  • Érika Fernandes Tritany
  • KARLA SANTA CRUZ COELHO
  • Michele Ribeiro Sgambato
  • Miguel Soares de Brito Júnior
  • Marcia Augusta Pereira dos Santos
  • JULIO CESAR QUARESMA MAGALHÃES
  • Cláudia Lima Campos Alzuguir
  • Myrian Marino Martins Soares
  • Carolina Pereira
  • André Meyer Alves de Lima
  • Beatriz Salles
  • Isabella Kingston
Modalidade
Projeto de Pesquisa ou Extensão
Área temática
Ensino médico
Data de Publicação
17/07/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ii-congresso-integrado-humanidades-pesquisa-ensino-medico/1099146-entre-raizes-e-flores--a-jornada-da-disciplina-de-introducao-as-medicinas-tradicionais-e-praticas-integrativas-e
ISBN
978-65-272-1576-9
Palavras-Chave
Educação Médica; Práticas Integrativas em Saúde; Atenção Primária à Saúde; Integralidade; SUS
Resumo
Introdução: A integração das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) e medicinas tradicionais no ensino médico desafia paradigmas reducionistas, alinhando-se à Política Nacional de Práticas Integrativas (2006) e à Atenção Primária à Saúde (APS) no SUS, que preconizam cuidado centrado no indivíduo e em suas vulnerabilidades. Como ex-aluna e atual monitora da disciplina de Introdução a Medicinas Tradicionais e PICS na UFRJ, a autora vivenciou a transição de uma perspectiva biomédica para um olhar integral, conforme defendido por Tesser e Sousa (2018), que relacionam as PICS à humanização da APS. Objetivos: Relatar a experiência dual (discente e docente) na disciplina, destacando sua contribuição para uma formação médica alinhada à integralidade do SUS; analisar como o enfoque multidisciplinar das PICS dialoga com as demandas da APS; e discutir estratégias pedagógicas para consolidação desses saberes na graduação. Métodos: Foi desenvolvido um relato de experiência a partir de análises e debates realizados nos encontros semanais da disciplina de PICS, realizados por docentes e discentes de diferentes graduações na Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob a modalidade remota. Durante os encontros virtuais, o grupo realizou apresentação das práticas integrativas baseadas em artigos científicos, debates sobre políticas públicas e a inserção das PICS no Brasil, permitindo a formatação de uma abordagem multidisciplinar sobre a perspectiva de cuidado da população, por meio da compreensão de suas vulnerabilidades e, portanto, do entendimento de suas demandas e necessidades. Resultados/Discussão: A experiência revelou três eixos centrais: PICS como ferramenta de descolonização: A disciplina permitiu confrontar a hierarquia de saberes, valorizando práticas como a fitoterapia e aromaterapia como tecnologias de cuidado legítimas. Debates sobre a Política de Plantas Medicinais (Brasil, 2016) evidenciaram como o SUS pode ser um espaço de resgate de saberes ancestrais, em diálogo com Santos (2018), que defende a ecologia de conhecimentos contra a colonialidade do saber. Integração com a Atenção Primária à Saúde (APS): As discussões destacaram que as PICS não são “alternativas”, mas complementares ao modelo biomédico, fortalecendo a APS ao oferecer respostas a demandas culturais e sociais, como o uso de plantas medicinais em comunidades periféricas. Essa perspectiva ecoa Tesser e Sousa (2018), que vinculam as PICS à humanização do SUS. Desafios na formação médica: A resistência de alguns discentes em reconhecer a legitimidade das PICS refletiu a dificuldade em transcender o paradigma biomédico, reforçando a necessidade de espaços curriculares que problematizem a medicalização, conforme criticado por Luz (2015). Conclusões: A disciplina emerge como um território pedagógico de descolonização, onde saberes ancestrais e políticas públicas se entrelaçam para formar médicos críticos e socialmente comprometidos. A experiência da autora, como ex-aluna e monitora, reforçou que a valorização das PICS no ensino é um ato político: amplia a noção de cuidado, fortalece a APS e desafia a lógica colonial na medicina. Recomenda-se que iniciativas similares sejam expandidas, integrando vozes de comunidades tradicionais ao currículo, para consolidar uma formação alinhada aos princípios do SUS.
Título do Evento
II Congresso Integrado Humanidades, Pesquisa e Ensino Médico
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do II Congresso Integrado Humanidades, Pesquisa e Ensino Médico
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

REIS, Carolina Corbeceiri dos et al.. ENTRE RAÍZES E FLORES: A JORNADA DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO ÀS MEDICINAS TRADICIONAIS E PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE (PICS) COMO SEMENTEIRA DE UMA MEDICINA PLURAL NA UFRJ.. In: Anais do II Congresso Integrado Humanidades, Pesquisa e Ensino Médico. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Idomed Vista Carioca, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ii-congresso-integrado-humanidades-pesquisa-ensino-medico/1099146-ENTRE-RAIZES-E-FLORES--A-JORNADA-DA-DISCIPLINA-DE-INTRODUCAO-AS-MEDICINAS-TRADICIONAIS-E-PRATICAS-INTEGRATIVAS-E. Acesso em: 02/08/2025

Trabalho

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