A RECONFIGURAÇÃO DA PARTILHA DO SENSÍVEL: A APARIÇÃO DA ARTE ENQUANTO FORMA DE EXPERIÊNCIA POLÍTICA

Publicado em 09/05/2022 - ISBN: 978-65-5941-656-1

Título do Trabalho
A RECONFIGURAÇÃO DA PARTILHA DO SENSÍVEL: A APARIÇÃO DA ARTE ENQUANTO FORMA DE EXPERIÊNCIA POLÍTICA
Autores
  • Michelly Alves Teixeira
Modalidade
Resumo Acadêmico
Área temática
Ética, Filosofia Política e Filosofia da Religião
Data de Publicação
09/05/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/iepgfilunb/455593-a-reconfiguracao-da-partilha-do-sensivel--a-aparicao-da-arte-enquanto-forma-de-experiencia-politica
ISBN
978-65-5941-656-1
Palavras-Chave
Arte, Política, Reconfiguração, Partilha, Sensível
Resumo
A fim de mapear a relação que há entre política e estética, Rancière define na obra Aisthesis: cenas do regime estético da arte as formas de inteligibilidade da arte. Para tanto, é relevante identificar as condições de emergência a que a arte está submetida, ou seja, identificar a transformação “das formas de experiência do sensível, das maneiras de perceber e de se deixar afetar”, ao desencadear modos de inteligibilidade dessas reconfigurações da experiência. Assim, quando pensa a arte e a política nessa relação de confluência, o autor, nos questionamentos levantados na entrevista intitulada Jacques Rancière Le tombeau de la fin de l’histoire, defende que prática política são manifestações e formas de enunciação na comunidade que estabelecem os liames de uma comunidade de iguais, assim como na arte em que as fronteiras entre a arte e a não arte todo o tempo estão sendo retraçadas de maneira a desencadear “múltiplas transgressões em relação aos modos de estetização da vida”. Ou seja, o entrelaçamento entre um e outro encontra essa confluência também no modo de retraçar a arte e a não arte. As fronteiras outrora impostas pela arte no mundo clássico, enquanto representação e modos de fazer, pelo modo de imitação, da mimésis, deslocam-se na modernidade como quando “o que chamamos de arte não se define mais a partir de práticas específicas, mas pela modalidade dos objetos sensíveis produzidos. Há uma mudança que vai caracterizar o regime estético, um enquadramento diferente, uma prática social deslocada que se encaixa na arte”. Logo, com base nas teses de Rancière acerca da arte enquanto forma de experiência sensível, a comunicação examina a arte como formas de experiências específicas e o lugar que a arte ocupa na partilha das condições sociais. Uma vez que, a partir do séc. XIX, já não dispunha mais da ocupação de servir somente a pequeno número de homens livres e privilegiados, as condições de emergência que compõem a arte passam a depender também, e isso Rancière reforça com acuidade em Aisthesis, de uma transformação das formas de experiência sensível, ao formular, com isso, “um modo de inteligibilidade dessas reconfigurações da experiência”. Posto isto, o objetivo da comunicação é guiar o ouvinte na compreensão das teses determinantes da reconfiguração da partilha do sensível, tendo por base o que seja a política da literatura em Rancière, em que medida é possível sua realização e quem são esses sujeitos políticos aptos a não só questioná-la, mas também a concretizá-la.
Título do Evento
I ENCONTRO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UNB
Título dos Anais do Evento
Anais do Encontro Nacional de Pós-graduação em Filosofia da UnB
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

TEIXEIRA, Michelly Alves. A RECONFIGURAÇÃO DA PARTILHA DO SENSÍVEL: A APARIÇÃO DA ARTE ENQUANTO FORMA DE EXPERIÊNCIA POLÍTICA.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IEPGFilUnB/455593-A-RECONFIGURACAO-DA-PARTILHA-DO-SENSIVEL--A-APARICAO-DA-ARTE-ENQUANTO-FORMA-DE-EXPERIENCIA-POLITICA. Acesso em: 06/05/2025

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