CONSIDERAÇÕES SOBRE A OPOSIÇÃO ENTRE EGOÍSMO E NÃO-EGOÍSMO À LUZ DO HERACLITISMO DE NIETZSCHE

Publicado em 09/05/2022 - ISBN: 978-65-5941-656-1

Título do Trabalho
CONSIDERAÇÕES SOBRE A OPOSIÇÃO ENTRE EGOÍSMO E NÃO-EGOÍSMO À LUZ DO HERACLITISMO DE NIETZSCHE
Autores
  • Igor Alves de Melo
Modalidade
Resumo Acadêmico
Área temática
História da Filosofia
Data de Publicação
09/05/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/iepgfilunb/455354-consideracoes-sobre-a-oposicao-entre-egoismo-e-nao-egoismo-a-luz-do-heraclitismo-de-nietzsche
ISBN
978-65-5941-656-1
Palavras-Chave
egoísmo, não-egoísmo, interesse, devir, agonística
Resumo
O objetivo da comunicação é interpretar um dos pares de opostos citados na primeira seção de Humano, demasiado humano (1878), a saber: egoísmo e não-egoísmo. Mais precisamente, propõe-se apresentar uma interpretação que responda à formulação genética do problema: como pode a vida para o próximo se originar do egoísmo? Primeiramente, demonstra-se que Nietzsche vincula o programa filosófico de Humano a debates fundamentais do pensamento pré-socrático. Nessa ocasião, apresenta-se a proveniência das teses de Humano no ensaio não publicado A filosofia na era trágica dos gregos (1873). Enquanto Anaximandro introduz o problema dos opostos e do devir, e especialmente a maneira de formular os problemas filosóficos - como pode algo se originar do seu oposto? -, Nietzsche apresenta Parmênides e Heráclito como duas alternativas concorrentes para esse problema. A maneira de formular o problema e as alternativas apresentadas para o mesmo se repetiriam por meio de variações ao longo da história da filosofia ocidental. Por um lado, Parmênides representaria a alternativa metafísica, pela qual se busca superar essa dificuldade negando a gênese de um polo da oposição a partir do outro, e supondo para as coisas de mais alto valor uma origem miraculosa, diretamente da essência do ser absoluto. Em contrapartida, a complementaridade heraclitiana entre as doutrinas do devir universal e da unidade agonística entre opostos representaria a alternativa antimetafísica sobre a qual Nietzsche edifica sua “filosofia histórica” em Humano. Associando-se a Heráclito e aos últimos resultados das ciências empíricas, Nietzsche defende a tese de que não existem opostos absolutos. Diante das conclusões da filosofia histórica, argumenta-se, por fim, que o heraclitismo de Nietzsche pode encontrar, numa interpretação relacional das noções de afeto e de interesse, uma contribuição promissora tanto para justificar a crítica da oposição absoluta entre egoísmo e não-egoísmo quanto para, a título de complemento, levantar a discussão sobre uma teoria das relações dinâmicas entre diversos e portanto antagônicos tipos de “egoísmo”, muitos invisíveis a olho nu, dentre os quais as chamadas ações não-egoístas ou desinteressadas.
Título do Evento
I ENCONTRO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UNB
Título dos Anais do Evento
Anais do Encontro Nacional de Pós-graduação em Filosofia da UnB
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MELO, Igor Alves de. CONSIDERAÇÕES SOBRE A OPOSIÇÃO ENTRE EGOÍSMO E NÃO-EGOÍSMO À LUZ DO HERACLITISMO DE NIETZSCHE.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IEPGFilUnB/455354-CONSIDERACOES-SOBRE-A-OPOSICAO-ENTRE-EGOISMO-E-NAO-EGOISMO-A-LUZ-DO-HERACLITISMO-DE-NIETZSCHE. Acesso em: 11/05/2025

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