A DISTINÇÃO DE ESSÊNCIA E EXISTÊNCIA: SUA GÊNESE E SUA DISCUSSÃO EM TOMÁS DE AQUINO E DUNS SCOTUS

Publicado em 09/05/2022 - ISBN: 978-65-5941-656-1

DOI
10.29327/162322.1-6  
Título do Trabalho
A DISTINÇÃO DE ESSÊNCIA E EXISTÊNCIA: SUA GÊNESE E SUA DISCUSSÃO EM TOMÁS DE AQUINO E DUNS SCOTUS
Autores
  • Carlos Vinicius Sarmento Silva
Modalidade
Resumo Acadêmico
Área temática
História da Filosofia
Data de Publicação
09/05/2022
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/iepgfilunb/455283-a-distincao-de-essencia-e-existencia--sua-genese-e-sua-discussao-em-tomas-de-aquino-e-duns-scotus
ISBN
978-65-5941-656-1
Palavras-Chave
Essência, existência, ser, Tomás de Aquino, Duns Scotus
Resumo
Durante a alta escolástica, o debate acerca da distinção de essência e existência atraiu o interesse da Filosofia e da Teologia. A essência diz respeito ao “quê” (quid) de uma coisa – aquilo que a determina como “tal coisa”. No entanto, conhecer o quid de algo não nos diz “se” tal ente existe (an sit), exceto se o ente em questão é Aquele cuja essência é o próprio ser. Essa distinção remete ao contraste fundamental entre o Criador (ser necessário), que está acima de qualquer composição ontológica e o ente criado (ser contingente), cuja existência não é de sua essência. Nosso trabalho investiga a discussão desse problema em Tomás de Aquino e Duns Scotus. Para isso, buscamos delinear inicialmente a gênese do problema: o seu pano de fundo e os principais assuntos que orbitam o debate nas contribuições de Aristóteles, Boécio, dos filósofos árabes e da teologia latina. Em seguida, buscamos compreender como se dá a doutrina da distinctio realis de Tomás de Aquino. Partindo da noção de ente, o Aquinate encontra uma estrutura metafísica na criatura que se dá como uma composição real de potência e ato, participante e participado, essentia e actus essendi. Esta estrutura diz o ens per participationem, que revela a sua dependência para com o Criador, ens per essentiam, que é o próprio ser subsistente (Ipsum Esse). E por fim, investigamos de que forma o problema é tratado por Duns Scotus. A noção unívoca de ens na metafísica de Scotus reorienta toda a abordagem da contingência do ente criado levando a uma rejeição da tese de uma distinção real de essência e existência. Para Scotus, a composição inerente ao ente finito não é a de duas res, mas sim de res positiva e privatio. É da carência de alguma perfeição do ente (que só são plenas no Ens Infinitum), que se segue a composição de potência objetiva e ato, justificando assim sua contingência. Analisamos duas teses que parecem emergir da doutrina do Doutor Sutil, como propostas alternativas à sua rejeição explícita da distinção real: as teses da distinctio formalis e da distinctio modalis. Em ambas as teses, a essência e existência são uma mesma res. Na primeira, a essência e existência são formalidades distintas; na segunda, a essência e existência se relacionam como quididade e seu modo intrínseco.
Título do Evento
I ENCONTRO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UNB
Título dos Anais do Evento
Anais do Encontro Nacional de Pós-graduação em Filosofia da UnB
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

SILVA, Carlos Vinicius Sarmento. A DISTINÇÃO DE ESSÊNCIA E EXISTÊNCIA: SUA GÊNESE E SUA DISCUSSÃO EM TOMÁS DE AQUINO E DUNS SCOTUS.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IEPGFilUnB/455283-A-DISTINCAO-DE-ESSENCIA-E-EXISTENCIA--SUA-GENESE-E-SUA-DISCUSSAO-EM-TOMAS-DE-AQUINO-E-DUNS-SCOTUS. Acesso em: 03/05/2025

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