A "ESTÉTICA DA EXISTÊNCIA" NO PENSAMENTO DE MICHEL FOUCAULT

Marina Barbosa Sá

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Título do Trabalho

A "ESTÉTICA DA EXISTÊNCIA" NO PENSAMENTO DE MICHEL FOUCAULT

Autores

Marina Barbosa Sá

Modalidade

Resumo Acadêmico

Área temática

Ética, Filosofia Política e Filosofia da Religião

Data de Publicação

09/05/2022

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/iepgfilunb/454989-a-estetica-da-existencia-no-pensamento-de-michel-foucault

ISBN

978-65-5941-656-1

Palavras-Chave

Estética da existência; sujeito; vida como obra de arte; modo de vida; subjetivação; relação consigo.

Resumo

Michel Foucault realiza um retorno à Antiguidade Clássica nos dois últimos volumes da História da Sexualidade. O filósofo levanta a hipótese de que os gregos e romanos teriam formulado uma “estética da existência”, no sentido de uma arte de viver, que tinha como base o preceito de “cuidado de si” e que tinha como finalidade produzir uma vida como obra de arte. O filósofo identifica nesse retorno, realizado na sua última fase, toda uma “cultura de si” na qual se observa uma valorização da relação consigo, baseada no princípio do cuidado de si. Nesta fase Foucault se volta para uma nova dimensão: a relação consigo. Foucault ficou interessado em pensar a moral tal como ela havia sido pensada na antiguidade, isto é, na forma de uma arte da existência. Nessa perspectiva, a moral não se prende a um código, mas se orienta para uma ética que se dirige à forma que se dá à própria vida e à própria conduta – uma ética enquanto arte de viver. O filósofo não acreditava na alternativa de ressuscitar a moral grega. No entanto, a ideia de um trabalho sobre si, pareceu passível de receber um significado atual. Essa ideia de um trabalho sobre si, de uma estetização da existência, foi tomada por Foucault como relevante para a atualidade. Pode se dizer que a partir desse retorno à Antiguidade, Foucault nos apresenta uma outra figura de sujeito. Se em suas pesquisas anteriores, o sujeito era pensando como produto do poder e do saber, limitado à dimensão da sujeição; nessa fase tardia de sua obra, nos deparamos com um sujeito capaz de criar a si próprio a partir de sua relação consigo. Nessa perspectiva, o sujeito não é apenas constituído, mas constitui a si mesmo através de práticas que visam uma estetização de sua própria vida. Essa dimensão da relação consigo identificada por Foucault escapa, em parte, aos poderes e códigos. Pode-se dizer que essa nova dimensão apontada por Foucault abre outros contornos para o sujeito, modos distintos de subjetivação. O movimento de Foucault vai de encontro à necessidade da criação de maneiras de resistência às formas de sujeição nos dias de hoje. Segundo o filósofo, essa resistência vai em direção ao cultivo de novas formas de subjetivação; isto é, da invenção de outros modos de viver. A investigação de Foucault acerca da Antiguidade Clássica aponta para possibilidades éticas na atualidade. Foucault realiza esse retorno tendo em vista a urgência de pensar o próprio presente. Ao filósofo interessa mostrar o quanto nossos modos atuais de relação consigo e relação com os outros podem ser problematizadas, questionadas. Levantar questionamentos acerca dos nossos modos de vida, dos nossos modos de relação e de constituição enquanto sujeitos modernos. Diante disso, levantamos a seguinte questão: De que forma a problematização ética realizada por Michel Foucault acerca das práticas de si da Antiguidade greco-romana contribui para pensarmos a questão dos modos de subjetivação da atualidade?

Título do Evento: I ENCONTRO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA DA UNB
Título dos Anais do Evento: Anais do Encontro Nacional de Pós-graduação em Filosofia da UnB
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SÁ, Marina Barbosa. A "ESTÉTICA DA EXISTÊNCIA" NO PENSAMENTO DE MICHEL FOUCAULT.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/IEPGFilUnB/454989-A-ESTETICA-DA-EXISTENCIA-NO-PENSAMENTO-DE-MICHEL-FOUCAULT. Acesso em: 14/05/2025