A NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL ALIADAS AO TRATAMENTO ONCOLÓGICO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS

Isabela Melo de Queiroz; André Costa Teixeira

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Trabalho

Título do Trabalho

A NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL ALIADAS AO TRATAMENTO ONCOLÓGICO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS

Autores

Isabela Melo de Queiroz
André Costa Teixeira

Modalidade

Resumo

Área temática

NUTRIÇÃO ENTERAL E PARENTERAL

Data de Publicação

18/04/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/iconnupen/726878-a-nutricao-parenteral-e-enteral-aliadas-ao-tratamento-oncologico-de-pacientes-pediatricos

ISBN

978-65-272-0413-8

Palavras-Chave

nutrição infantil, oncologia pediátrica, nutrição parenteral, neoplasias

Resumo

Introdução: O câncer infantil tem se tornando um importante problema de saúde pública em países desenvolvidos e em desenvolvimento, correspondendo a grupo de doenças que possuem em comum a proliferação desordenada de células mutadas, em qualquer local do organismo e representam, aproximadamente, 12% de todas as causas de morte em pacientes pediátricos no mundo. Assim, pacientes oncológicos são mais propensos à desnutrição acarretada pela doença ou pelo tratamento quimioterápico, devido à falta de apetite e efeitos adversos no trato gastrointestinal. Sob esse viés, a devida atenção à terapia nutricional desses pacientes faz-se necessária para que haja a escolha correta de administração e o aporte nutritivo essencial para a recuperação da criança. Objetivos: Analisar os benefícios e riscos decorrentes da aplicação da nutrição parenteral e enteral em pacientes pediátricos acometidos por neoplasias. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura realizada por meio de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, baseada em estudos primários por meio da seleção de pesquisas relevantes acerca da realização de terapia nutricional parenteral e enteral no tratamento oncológico de pacientes pediátricos. Foram selecionados artigos encontrados nas bases de dados Pubmed, Scielo e Biblioteca Virutal em Saúde (BSV) do período de 2015 a 2022, utilizando-se os descritores: nutrição parenteral, terapia nutricional, nutrição infantil e oncologia pediátrica. Resultados e Discussão: Estudos revelam que o estado nutricional do indivíduo enfermo e hospitalizado possui interferência direta no estresse metabólico, de modo que pacientes pediátricos críticos são extremamente vulneráveis às consequências acometidas por essa situação. Sob essa perspectiva, devido ao processo de estresse, poderá haver a perda de tecido adiposo e muscular, agravando ainda mais a desnutrição e prejudicando a resposta imunológica à doença do indivíduo. Nesse contexto, as vias alternativas de administração nutricional tornam-se aliadas à terapêutica de pacientes oncológicos, os quais podem possuir intercorrências e impossibilidades de recebimento dos nutrientes adequados pela via oral. Sob esse viés, a nutrição enteral ou alimentação por sonda é considerada uma alternativa terapêutica para nutrir indivíduos que não podem e/ou não conseguem se alimentar pela boca em quantidade suficiente para uma determinada condição clínica, sendo administrada por meio de uma sonda fina que direciona a dieta líquida diretamente para o estômago, o intestino ou até mesmo através de abertura artificial criada entre órgãos internos e meio externo denominadas estomias (ou ostomias). Ademais, a nutrição parenteral ou alimentação intravenosa é utilizada quando o trato digestivo não consegue absorver adequadamente os nutrientes, bem como quando o trato digestivo e intestinal se apresentam disfuncionais. Ainda, é possível que as vias de alimentação enteral e parenteral se complementem, realizando a aplicação de nutrição parenteral somada à alimentação enteral mínima ou nutrição enteral junto à nutrição parenteral suplementar. Desse modo, em pacientes oncológicos o uso de vias nutricionais alternativas pode minimizar os impactos das reações adversas relacionadas à radioterapia e à quimioterapia, aumentar a expectativa de vida e até mesmo prolongar a sobrevida dos pacientes. Contudo a sua utilização não está isenta de riscos, demandando a adoção de estratégias que minimizem erros, garantindo a segurança do paciente. As complicações por uso de nutrição parenteral podem ser classificadas em infecciosas, gastrointestinais, mecânicas e metabólicas. Entre as complicações infecciosas, a contaminação do cateter de via central, a manipulação inapropriada das soluções e a falta de uso de técnicas assépticas são as principais causas. As complicações gastrointestinais estão relacionadas à atrofia da mucosa gastrointestinal, gastrites e úlceras, e disfunções hepáticas, como esteatose. As complicações mecânicas são decorrentes de falhas no procedimento de punção e cateterismo venoso, longo tempo de permanência do cateter, osmolaridade e pH inadequados da solução. Finalmente, as complicações metabólicas podem ser decorrentes de desordens no metabolismo da glicose, lipídios e eletrólitos. Conclusão: O suporte nutricional de pacientes pediátricos portadores de neoplasias requer um cuidado e uma atenção especial, devendo haver a prescrição adequada e balanceada por profissionais especializados junto ao respaldo técnico-científico de toda a equipe multidisciplinar no intuito de otimizar os efeitos benéficos, bem como minimizar os possíveis riscos e consequências advindos da terapia nutricional estabelecida.

Título do Evento: I Congresso Norte Nordeste de Nutrologia e Nutrição Parenteral e Enteral
Cidade do Evento: Sobral
Título dos Anais do Evento: Anais do Primeiro Congresso Norte Nordeste de Nutrologia e Nutrição Parenteral e Enteral
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

QUEIROZ, Isabela Melo de; TEIXEIRA, André Costa. A NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL ALIADAS AO TRATAMENTO ONCOLÓGICO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ICONNUPEN/726878-A-NUTRICAO-PARENTERAL-E-ENTERAL-ALIADAS-AO-TRATAMENTO-ONCOLOGICO-DE-PACIENTES-PEDIATRICOS. Acesso em: 08/05/2025