VIGOREXIA ASSOCIADA AO USO EXACERBADO DE ESTEROIDES ANDROGÊNICOS E ANABOLIZANTES

Liana Amora Leite Frota; Maria Eduarda Mota de Alencar; Maria Iolanda Liberato Carneiro; Francisco Wilton Freitas Queiroz Filho

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Trabalho

Título do Trabalho

VIGOREXIA ASSOCIADA AO USO EXACERBADO DE ESTEROIDES ANDROGÊNICOS E ANABOLIZANTES

Autores

Liana Amora Leite Frota
Maria Eduarda Mota de Alencar
Maria Iolanda Liberato Carneiro
Francisco Wilton Freitas Queiroz Filho

Modalidade

Resumo

Área temática

NUTROLOGIA

Data de Publicação

18/04/2024

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/iconnupen/707838-vigorexia-associada-ao-uso-exacerbado-de-esteroides-androgenicos-e-anabolizantes

ISBN

978-65-272-0413-8

Palavras-Chave

Anabolizantes, Transtorno obsessivo-compulsivo, Distorção da percepção

Resumo

Introdução: A vigorexia, também chamada de “anorexia nervosa reversa”, é classificada como um transtorno psicológico e alimentar de variação dismórfica muscular que compreende um comportamento obsessivo-compulsivo por um corpo musculoso. A preocupação exacerbada dos indivíduos pelo corpo definido é devido a uma distorção da imagem corporal, que geram pensamentos recorrentes do tipo “sou fraco, pequeno e pouco atraente”, quando na realidade, os mesmos possuem musculatura altamente desenvolvida. Sob esse viés, na busca pelo “corpo perfeito”, tem se tornado constante a busca por esteroides androgênicos e anabolizantes (EAA) para potencializar o ganho muscular em níveis suprafisiológicos. Os EAAs são drogas que tem como finalidade a reposição hormonal de testosterona em pacientes que possuem demanda para suprir déficits, contudo, estes estão tornando-se de uso indiscriminado para fins estéticos, visto que não possuem indicação médica. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica por meio do qual foram selecionados artigos científicos nas bases de dados da BVS e Scielo, a partir da utilização das palavras-chave “anabolizantes”, “transtorno obsessivo compulsivo” e “distorção da percepção”. O critério de escolha dos artigos selecionados considerou a adequação das pesquisas ao objeto de estudo assim como considerou os trabalhos científicos escritos em língua portuguesa, completos e publicados nos últimos 5 anos. Resultados e discussão: Os vigorexicos apresentam características como insatisfação corporal, dieta baseada em consumo exacerbado de proteínas e carboidratos, e buscam pela utilização dos EAAs. O uso dos anabolizantes e esteroides associados a exercícios físicos, em doses adequadas, contribui para o aumento da força e massa, contudo, os riscos potenciais de doses inadequadas de hormônios, podem desencadear efeitos colaterais danosos, principalmente nos casos em que não há deficiência hormonal. A utilização crônica dessas substâncias pode ocasionar diversas comorbidades nos usuários, como a mudança súbita de comportamento, alteração na voz, diminuição na produção de espermatozoides, hipertrofia cardíaca e insuficiência cardíaca- que são irreversíveis. Essa realidade de uso crônico é cada vez mais difundida entre os praticantes do fisiculturismo, e muitos destes se enquadram no quadro clínico da vigorexia, principalmente devido às competições que incitam o uso dos mesmos. É criado um círculo vicioso, em que são feitos ciclos ininterruptos do uso de oxandrolona e durateston -citadas como as drogas mais comuns-, gerando uma dependência psíquica, e tonando o paciente adicto. Conclusão: A prescrição de esteroides androgênicos e anabolizantes segue justificada para o tratamento de doenças ou condição em que os benefícios superam os riscos do uso, porém o Conselho Federal de Medicina veda a prescrição dessas substâncias com finalidade estética e de melhoria de desempenho esportivo por serem destituídos de comprovação científica suficiente quanto ao seu benefício e segurança para o ser humano. Ainda não há tratamento definitivo para a vigorexia, todavia, é recomendado uma abordagem multidisciplinar para reduzir os danos à saúde, através de psicoterapia, ou uso de inibidores seletivos de recaptação de serotonina em casos mais graves. Além disso, é importante o acompanhamento com nutrólogos e nutricionistas, que reconhecerão o transtorno, farão o acolhimento e estabelecerão mudanças no estilo de vida, além da intervenção de educadores físicos no padrão de atividade física. Ainda, é importante a disseminação de informaçãoacerca do quadro sindrômico da vigorexia, para que os profissionais de saúde estejam capacitados para diagnosticar e tratar de forma adequada. É relevante que sejam feitos mais estudos sobre esse transtorno e sua associação com os EAAs, a fim de minimizar ou evitar a ocorrência dessa doença.

Título do Evento: I Congresso Norte Nordeste de Nutrologia e Nutrição Parenteral e Enteral
Cidade do Evento: Sobral
Título dos Anais do Evento: Anais do Primeiro Congresso Norte Nordeste de Nutrologia e Nutrição Parenteral e Enteral
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

FROTA, Liana Amora Leite et al.. VIGOREXIA ASSOCIADA AO USO EXACERBADO DE ESTEROIDES ANDROGÊNICOS E ANABOLIZANTES.. In: . Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ICONNUPEN/707838-VIGOREXIA-ASSOCIADA-AO-USO-EXACERBADO-DE-ESTEROIDES-ANDROGENICOS-E-ANABOLIZANTES. Acesso em: 19/05/2025