ÓBITOS MATERNOS DE MULHERES NEGRAS NO BRASIL

Matheus Campos Mendonça; Júlia Magalhães  Lopes Borges; Maryah Hillesheim da Silva; Ketlen Sena Rezende

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Trabalho

Título do Trabalho

ÓBITOS MATERNOS DE MULHERES NEGRAS NO BRASIL

Autores

Matheus Campos Mendonça
Júlia Magalhães Lopes Borges
Maryah Hillesheim da Silva
Ketlen Sena Rezende

Modalidade

Resumo Simples

Área temática

Saúde da mulher

Data de Publicação

08/11/2023

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/iconneais2023/709332-obitos-maternos-de-mulheres-negras-no-brasil

ISBN

978-65-272-0060-4

Palavras-Chave

mortalidade materna, desigualdade sociorracial, estudo transversal.

Resumo

Introdução: A mortalidade materna de mulheres negras no Brasil é um assunto de extrema relevância. Teixeira et al. (2012) apontou que as mulheres de cor preta tinham 5,13 vezes mais chances de morrer por “morte materna” quando comparadas às mulheres brancas no estado de Mato Grosso entre 2000 a 2006. A literatura revela que mulheres negras enfrentam desigualdades que contribuem para uma maior prevalência de mortalidade materna. Objetivos: Descrever quantitativamente os óbitos maternos de mulheres negras no Brasil. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e com abordagem quantitativa, realizado através de dados coletados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A variável analisada foi a quantidade óbitos maternos em mulheres negras por região do Brasil, no período de 2018 a 2021. Foram inclusos os óbitos durante a gravidez, parto ou aborto e durante o puerpério, até 42 dias. Foi utilizada análise estatística descritiva no estudo. Resultados: Observou-se um total de 825 óbitos maternos em mulheres negras no Brasil. Desses, foram contabilizados 154 em 2018, 154 em 2019, 196 em 2020 e 321 em 2021. Quanto às regiões do Brasil, 60 foram na região Norte, 60 no Centro-Oeste, 78 no Sul, 222 no Nordeste e 405 no Sudeste. Discussão: O estudo revela um aumento progressivo no número de óbitos maternos entre mulheres negras. Além disso, percebem-se desigualdades regionais. A literatura carece de estudos que analisem o país quantitativamente. Esse estudo corrobora com a literatura ao evidenciar uma problemática vivida pelas mulheres negras no serviço público de saúde. A região Sudeste lidera com o maior número de óbitos, representando 49% do total, seguida pelo Nordeste com 27%, no entanto, é possível que essa discrepância se relacione com a diferença populacional de cada região. Conclusão: A variação regional e o aumento dos casos destacam a importância de abordagens específicas para melhorar as condições de saúde materna nas diferentes regiões do Brasil, para diminuir os óbitos evitáveis. Ademais, é notória a necessidade de estudos mais recentes que investiguem essa disparidade, além de políticas públicas que venham assistir as mulheres que estão sujeitas a esse quadro de saúde .

Título do Evento: I CONGRESSO NORTE-NORDESTE DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE (ON-LINE)
Título dos Anais do Evento: Anais do I Congresso Norte-Nordeste de Atenção Integral à Saúde (On-line)
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

MENDONÇA, Matheus Campos et al.. ÓBITOS MATERNOS DE MULHERES NEGRAS NO BRASIL.. In: Anais do I Congresso Norte-Nordeste de Atenção Integral à Saúde (On-line). Anais...Serra Talhada(PE) On-line, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/iconneais2023/709332-OBITOS-MATERNOS-DE-MULHERES-NEGRAS-NO-BRASIL. Acesso em: 10/07/2025