MOVIMENTOS INDÍGENAS E CORPO-TERRITÓRIO NO BRASIL

Publicado em 26/12/2024 - ISSN: 2446-547X

Título do Trabalho
MOVIMENTOS INDÍGENAS E CORPO-TERRITÓRIO NO BRASIL
Autores
  • Caroline Machado Costa
Modalidade
GT 14-Pensamento decolonial e interculturalidade crítica: experiências de ensino e pesquisa em educação no contexto da crise climática
Área temática
Ciências humanas
Data de Publicação
26/12/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/ibero/872390-movimentos-indigenas-e-corpo-territorio-no-brasil
ISSN
2446-547X
Palavras-Chave
Movimentos indígenas,Mulheres indígenas, Narrativa indígena
Resumo
Este artigo, parte de uma tese de doutorado, contextualiza os movimentos indígenas e o surgimento da articulação das mulheres indígenas no Brasil, destacando o conceito de corpo-território entre essas mulheres.O estudo começa com Eliane Potiguara (2018) e Daniel Munduruku (2012), que discutem a diferença entre a narrativa ocidental e a indígena, bem como a luta pela legitimação do conhecimento indígena a partir de seus corpos-territórios. Walderes Priprá (2021), uma mulher indígena Xokleng/Laklãnõ, explora a transição do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) para a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) em 1967, que, apesar das intenções, não garantiu os direitos dos povos indígenas. Priprá também analisa a política de integração dos indígenas antes da Constituição de 1988, que buscava assimilar os indígenas à sociedade "branca".A mobilização internacional dos povos indígenas entre as décadas de 1960 e 1980 culminou no reconhecimento dos direitos indígenas na Constituição de 1988, consolidando o indígena como sujeito de direitos. O ativismo indígena no Brasil, iniciado nos anos 1970, ganhou força com a criação da União das Nações Indígenas (UNI) em 1980, impulsionada por líderes como Marcos Terena e Marçal Tupã. As mulheres indígenas começaram a se organizar com a criação de associações específicas no final dos anos 1980, como a Associação de Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (AMARN) e a Organização das Mulheres Indígenas de Roraima (OMIR). A primeira Marcha das Mulheres Indígenas em 2019 e a segunda em 2021, com a criação da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), destacaram a relação corpo-território e fortaleceram a presença das mulheres indígenas em diversas esferas. A relação inseparável entre corpo e Território é central para a reprodução da vida e a luta pelos direitos indígenas. Essa conexão é evidenciada na obra "Mulheres: corpos-territórios indígenas em resistência" (2023), que enfatiza a importância das mulheres indígenas como agentes de saúde e resistência, enfrentando o racismo e promovendo a valorização de suas vidas e ancestralidades. O conceito de corpo-território é fundamental para entender como as mulheres indígenas percebem e vivem suas identidades e lutas, tanto em suas comunidades tradicionais quanto em espaços urbanos.
Título do Evento
Ibero-Americano: Vidas em Risco e Crise Climática
Cidade do Evento
Criciúma
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

COSTA, Caroline Machado. MOVIMENTOS INDÍGENAS E CORPO-TERRITÓRIO NO BRASIL.. In: Anais do Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação. Anais...Criciúma(SC) UNESC, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/ibero/872390-MOVIMENTOS-INDIGENAS-E-CORPO-TERRITORIO-NO-BRASIL. Acesso em: 30/06/2025

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