DÁ LICENÇA... TRANSCONFLUÊNCIA, SABERES ORGÂNICOS, MULHERIDADES, COMUNIDADES TRADICIONAIS E POVOS ORIGINÁRIOS (PAINEL)

Publicado em 22/04/2025 - ISBN: 978-65-272-1302-4

Título do Trabalho
DÁ LICENÇA... TRANSCONFLUÊNCIA, SABERES ORGÂNICOS, MULHERIDADES, COMUNIDADES TRADICIONAIS E POVOS ORIGINÁRIOS (PAINEL)
Autores
  • ELLEN HILDA SOUZA DE ALCANTARA OLIVEIRA
  • Dina Maria Rosário Dos Santos
  • Irenilza Oliveira e Oliveira
  • Luciana alves da Silva
  • George Guilherme Garcia da Silva
  • Alécia Gomes Dos Santos
  • Lílian Cristina Oliveira dos Santos
  • Laynara de Jesus Gama
  • Silvana Gomes Nunes
  • Sandra Maria Cerqueira Da Silva
Modalidade
Painéis de Redes e Núcleos de Pesquisa
Área temática
Ciências, gênero e sexualidade
Data de Publicação
22/04/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/i-seminario-internacional-do-inct-caleidoscopio/937917-da-licenca-transconfluencia-saberes-organicos-mulheridades-comunidades-tradicionais-e-povos-originarios-(pa
ISBN
978-65-272-1302-4
Palavras-Chave
Gêneros; comunidades tradicionais; escrevivência; transconfluência; saberes orgânicos, mulheres.
Resumo
I Lideranças, poderes e mulheridades (Irenilza Oliveira) A noção hegemônica de poder, como concebido na perspectiva do conhecimento sintético, é masculino, branco e heterossexual. As interações comunais do cuidar, do nutrir, do prosperar, do germinar, concebidas pelo saber orgânico, podem ser entendidas como exercício partilhado de poder. O poder aqui é relacional. A ocupação de espaços de poder orgânico em comunidades tradicionais por vezes ocorre presentificado pela alternância de performances de gênero e por vezes não. No entanto, se pode afirmar que aqui esse poder não expressa masculinidades branca-cisgênera-eurocêntrica. Uma abordagem contracolonial da noção de pode pode dar conta de apoiar o encontro com as práticas e experiências, guiando afetos e afetações. Existem outras formas de Ser e Estar que não estão baseadas nas colonialidades. Existem formas de se relacionar que não estão assentadas na opressão, na expropriação, na destruição da natureza, na aniquilação do diferente. Este ensaio se propõe a compartilhar experiências e extensionistas unebiana e de afetação e reflexões a respeito de exercícios de poder transconfluente que curam, alimentam e fazem nascer e florescer gentes, pedras, bichos, águas, peixes, ar, plantas. O poder orgânico e o seu exercício apontam para a revolução epistemológica que pode enraizar, ainda mais, a UNEB nos povos originários e comunidades tradicionais da Bahia. A UNEB, humildemente pede licença aos que vieram antes, aos que resistiram às colonialidades, ao capitalismo. A UNEB, humildemente, pede a benção aos transconfluentes saberes orgânicos das mulheridades das comunidades tradicionais e povos originários. II Universidade e comunidades tradicionais: escrevivências unebianas (Dina Maria Rosário) Com quase 41 anos de existência, a Universidade do Estado da Bahia cumpre a responsabilidade social de constituir-se espaço para a produção, visibilização e criação de conhecimentos enraizados nas idiossincrasias dos povos e comunidades da Bahia. Seus 32 departamentos e 27 campi distribuídos em toda a Bahia constituem oportunidades para que povos das águas, das florestas, do campo construam conhecimentos e saberes profundamente articulados a modos de SER, Estar, Ver,Existir dos povos indígenas e comunidades tradicionais da Bahia. A UNEB, ao longo dos anos, por meio dos seus discentes, técnicos universitários e docentes em parceria com os movimentos sociais tem envidado esforços para constituir relações de respeito, cooperação, aprendizado, reconhecimento e valorização com as comunidades e povos que a constituem. Entende-se que o papel de uma universidade pública e gratuita vai além da titulação em nível da graduação e da pós-graduação. O ensino ofertado precisa ser transformador de realidades por corroborar a superação dos historicídios, linguicídios e genocídios; a pesquisa, a extensão e a inovação reparadora dos epistemicídios; as ações afirmativas restituidoras das desigualdades sócio-educacionais e, sobretudo, promotora da ocupação dos espaços de poder por quem deles foi alijado. Sabe-se que os conhecimentos seculares brancocênctricos e ocidentalizados não são capazes de fazer cumprir tal propósito. O saberes orgânicos são os que nos trouxeram até o presente. Os saberes orgânicos nos fizerem resistir e existir em luta, luto e confluência com a natureza. São saberes orgânicos dos povos originários e comunidades tradicionais que se apresentam no horizonte da futuridade unebiana. Este ensaio se propõe a compartilhar experiências extensionistas unebiana escrevividas. Aqui a universidade assume a si enquanto comuna e transconflue dores, cores, conflitos, ignorâncias, alegrias, aprendizagens e sabenças no desafio diuturno de fazer sentido para os povos originários e comunidades tradicionais da Bahia. III PRÁTICAS DE CUIDADO E ACESSO A SERVIÇOS DE SAÚDE A MULHERES DE COMUNIDADES TRADICIONAIS Nossa comunicação tem como objetivo relatar o Projeto de extensão que temos desenvolvido na Universidade do Estado da Bahia, no campus VII na cidade de Senhor do Bonfim (BA), o mesmo tem como objeto ações de promoção á saúde com equidade a mulheres de comunidades tradicionais, a fim de buscar reduzir injustiças nas práticas de cuidado, no acesso e no atendimento destas na rede de saúde local, reconhecendo especificidades e vulnerabilidades das mulheres de comunidades tradicionais. Tem como objetivo geral: Impactar sobre a qualidade de vida de mulheres de comunidades tradicionais, promover saúde, através da prestação do cuidado as mulheres e qualificação permanente dos trabalhadores da saúde para o atendimento de mulheres Quilombolas, Campesinas, Ciganas, Indígenas e Comunidades religiosas de matrizes africanas) com enfoque no autocuidado e qualidade de vida. A justificativa de realizarmos este Projeto de extensão, se deu a partir do objetivo da equidade na assistência à saúde como princípio do SUS, assim como, rege o Decreto que institui a Política Nacional de desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais. ( nº 6.040 de 07/02/2007). Como resultados esperados almejamos: Reconhecer as práticas de cuidados utilizadas pelas comunidades como práticas de cuidado e sua articulação com o conhecimento cientifico para o desenvolvimento de política de cuidado no território. Construir um Mapa de saúde localizando as comunidades tradicionais. Instrumentalizar servidores da saúde que assistem mulheres de comunidades tradicionais, para o cuidado nas diversas etapas do desenvolvimento.
Título do Evento
I Seminário Internacional do INCT Caleidoscópio - VIII Práticas Socioculturais e Discurso
Cidade do Evento
Brasília
Título dos Anais do Evento
Práticas Socioculturais e Discurso: INCT Caleidoscópio
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

OLIVEIRA, ELLEN HILDA SOUZA DE ALCANTARA et al.. DÁ LICENÇA... TRANSCONFLUÊNCIA, SABERES ORGÂNICOS, MULHERIDADES, COMUNIDADES TRADICIONAIS E POVOS ORIGINÁRIOS (PAINEL).. In: Práticas Socioculturais e Discurso: INCT Caleidoscópio. Anais...Brasília(DF) Universidade de Brasília, 2025. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/i-seminario-internacional-do-inct-caleidoscopio/937917-DA-LICENCA-TRANSCONFLUENCIA-SABERES-ORGANICOS-MULHERIDADES-COMUNIDADES-TRADICIONAIS-E-POVOS-ORIGINARIOS-(PA. Acesso em: 19/05/2025

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