INTERAÇÃO BIDIRECIONAL ENTRE DEPRESSÃO E DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Publicado em 22/10/2024 - ISBN: 978-65-272-0784-9 - DOI 10.29327/1442458

Título do Trabalho
INTERAÇÃO BIDIRECIONAL ENTRE DEPRESSÃO E DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Autores
  • Juliana de Fatima da Conceição Veríssimo Lopes
  • Rebecca Nascimento da Silveira Gomes
  • PLINIO DOS ANJOS RAMALHO
  • Amanda Tollini de Moraes
  • VIVIANE CRISTINA FERREIRA DE OLIVEIRA
  • Natássia De Oliveira Maracajá
  • Silas Gabriel Mota De Araújo
  • Márvilla Joyce Rocha
Modalidade
Resumo simples
Área temática
Outros Tópicos Relacionados à Cardiologia Multidisciplinar
Data de Publicação
22/10/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/i-congresso-nacional-de-cardiologia-multidisciplinar-454358/875809-interacao-bidirecional-entre-depressao-e-doencas-cardiovasculares
ISBN
978-65-272-0784-9 - DOI 10.29327/1442458
Palavras-Chave
Depressão. Doenças Cardiovasculares. Interação.
Resumo
Introdução: A depressão é um transtorno mental que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, caracterizado por sentimentos persistentes de tristeza, perda de interesse em atividades antes prazerosas e diversos sintomas físicos e emocionais que podem incluir alterações no apetite e sono, fadiga, dificuldade de concentração, sentimentos de inutilidade ou culpa e pensamentos recorrentes de morte ou suicídio. Além de seu impacto significativo na qualidade de vida e no funcionamento diário, a depressão também é um fator de risco bem estabelecido para desenvolvimento e progressão de uma série de condições médicas, incluindo doenças cardiovasculares (DCVs), aumentando a probabilidade de eventos adversos, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Este fenômeno é atribuído a uma complexa interação entre fatores biológicos, comportamentais e sociais, que podem ter sentido bidirecional no desenvolvimento dessas patologias, isto é, o quadro clínico de depressão poderia corroborar para o aumento do risco cardiovascular e o risco cardiovascular para o desenvolvimento do quadro depressivo. Objetivo: Determinar se há relação bidirecional entre depressão e doença cardíaca. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa elaborada a partir de pesquisa na base de dados PubMed utilizando a seguinte estratégia de busca: (“Depression" OR "depressão”) AND (“Cardiovascular Diseases” OR “doenças cardiovasculares”) AND (“Fatores de Risco de Doenças Cardíacas” OR “Heart Disease Risk Factors”). Após exclusão das revisões de literatura, foram incluídos 9 estudos realizados na espécie humana, disponíveis integralmente nos idiomas português ou inglês, publicados nos últimos 5 anos (2019-2024). Resultados: Constatou-se associação positiva entre uma maior medida da velocidade de onda de pulso (VOP), principal marcador utilizado para avaliação da rigidez aórtica (mecanismo subjacente às DCVs) e sintomas depressivos não melancólicos em indivíduos do sexo masculino. Além disso, pacientes deprimidos apresentam alterações profundas em vários sistemas hormonais esteroides que estão associados tanto à fisiopatologia do transtorno depressivo maior (TDM) quanto ao aumento do risco cardiovascular, evidenciando o estado depressivo como um potencial risco para o desenvolvimento de DCV. Ademais, em adolescentes, o maior risco de DCVs mostrou-se capaz de aumentar o risco de desenvolver sintomas depressivos na fase adulta. Todavia, não foi encontrada associação entre sintomas depressivos na infância e risco subsequente de DCV, indicando que esta associação poderia ser unidirecional. Com relação à população idosa, os indivíduos com sintomas depressivos clinicamente relevantes e estilo de vida fisicamente inativo apresentam risco particularmente elevado de desenvolver DCV. Em contrapartida, a melhora dos sintomas de depressão em indivíduos depressivos foi capaz de reduzir o risco de incidência subsequente de eventos cardiovasculares, indicando que o manejo adequado da depressão estaria associado à redução do risco de DCV. Conclusão: Portanto, há relação bidirecional entre depressão e doenças cardiovasculares, de modo que indivíduos que tiveram diagnóstico de depressão e sintomas depressivos clinicamente significativos apresentam maior risco cardiovascular ao longo do tempo e vice-versa, com exceção de crianças. Enquanto maior risco de DVCs em adolescentes e rigidez arterial podem elevar o risco de depressão, indivíduos com histórico de depressão apresentam maior risco cardiovascular, e a redução dos sintomas depressivos pode diminuir o risco desses eventos.
Título do Evento
I Congresso Nacional de Cardiologia Multidisciplinar
Título dos Anais do Evento
Anais do I Congresso Nacional de Cardiologia Multidisciplinar
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

LOPES, Juliana de Fatima da Conceição Veríssimo et al.. INTERAÇÃO BIDIRECIONAL ENTRE DEPRESSÃO E DOENÇAS CARDIOVASCULARES.. In: Anais do I Congresso Nacional de Cardiologia Multidisciplinar. Anais...Sete Lagoas(MG) online, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/i-congresso-nacional-de-cardiologia-multidisciplinar-454358/875809-INTERACAO-BIDIRECIONAL-ENTRE-DEPRESSAO-E-DOENCAS-CARDIOVASCULARES. Acesso em: 02/08/2025

Trabalho

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