PODER PASTORAL E SUBJETIVIDADE CONFESSANTE A PARTIR DE MICHEL FOUCAULT

Publicado em 05/02/2019 - ISBN: 978-85-5722-185-7

Título do Trabalho
PODER PASTORAL E SUBJETIVIDADE CONFESSANTE A PARTIR DE MICHEL FOUCAULT
Autores
  • Jose Bonafini
Modalidade
PRORROGADO ENVIO DE RESUMOS ATÉ DIA 09/10
Área temática
Temas de Diversidade Religiosa
Data de Publicação
05/02/2019
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/humanitaspucprteo/120705-poder-pastoral-e-subjetividade-confessante-a-partir-de-michel-foucault
ISBN
978-85-5722-185-7
Palavras-Chave
Poder pastor, Exegese de si, Subjetividade confessante
Resumo
PODER PASTORAL E O PROCESSO DA SUBJETIVIDADE CONFESSANTE A PARTIR DE MICHEL FOUCAULT Dois momentos significativos norteiam essa pesquisa, a saber: o poder pastoral e o seu consequente resultado, o processo da subjetividade confessante dele decorrente. O caminho será o de se infiltrar no cristianismo e ver como tudo isso acontece. Essa é uma empreitada feita com as lentes de Michel Foucault. As duas principais obras que direcionam a nossa pesquisa são: Segurança, Território, População (1978/2008) que trata do poder pastoral como o início de um modo de governar no Ocidente e A Hermenêutica do Sujeito (1982/2001) onde o cristianismo é contrastado ao estoicismo e ao epicurismo a partir do cuidado de si e da relação entre sujeito e verdade. Consideremos que foi na década de 70 que Foucault investe em suas pesquisas pensando na especificidade cristã. Primeiro ele investiga essa nova modalidade de poder, o poder pastoral; depois, a partir de um novo horizonte de subjetivação, originalmente a mortificação de si, depois a identidade de si; e, finalmente, a partir de um novo domínio de saber, a exegese de si. Desse estudo surgem perguntas tais como: que nova mecânica de poder surge no cristianismo? Qual é esse novo domínio de saber? Qual é o novo horizonte de subjetivação? O homem ocidental aprendeu durante milênios o que nenhum grego sem dúvida jamais teria aceitado admitir, aprendeu durante milênios a se considerar uma ovelha entre as ovelhas. Durante milênios, ele aprendeu a pedir sua salvação a um pastor que se sacrifica por ele. No cristianismo o pastorado deu lugar a uma rede institucional muito densa e complicada. Deu lugar a toda uma arte de conduzir, de dirigir, de levar, de guiar, de controlar, de manipular os homens, uma arte de segui-los e de empurrá-los, uma arte que tem a função de encarregar-se dos homens coletiva e individualmente ao longo de toda a vida deles e a cada passo de sua existência. O poder pastoral se exerce como a arte de guiar rebanhos. Convém destacar que o pastor cristão organizou o que se chama de instância da obediência pura, a obediência como tipo de conduta unitária. No cristianismo, a direção de consciência prioriza a relação de obediência. Fundamental é a obediência individual à vontade ou às vontades de Deus. O diretor de consciência é o operador de uma ação conjuntural individualizante; ele assemelha-se ao médico ao atuar na cura das doenças da alma. Seu modo de agir é sempre individualizado. No curso de 1982 “A Hermenêutica do Sujeito” Foucault continua sua investigação sobre a conexão entre subjetividade e verdade iniciada no curso de 1981, “Subjetividade e verdade”. A pergunta então é: Como o Ocidente relaciona subjetividade e verdade? Foucault define o processo, as práticas, o modo pelo qual o sujeito realiza as transformações necessárias em si mesmo a fim de obter acesso à verdade. Assim, desde muito cedo o sujeito cristão se viu ligado pela obrigação a certos momentos da existência, de produzir uma verdade dele mesmo. Por isso, a confissão passou a ser no Ocidente, uma técnica extremamente valorizada para a produção da verdade. Tudo dizer de si mesmo, nada esconder; nada querer por si mesmo, obedecer em tudo. A junção entre esses dois princípios passou a constituir o centro, não só da instituição monástica cristã, mas de toda uma série de práticas e de dispositivos que vão informar aquilo que constitui a subjetividade cristã. Do Governo dos vivos é a descrição que Foucault faz de um longo processo em que se elabora a subjetividade do homem ocidental, designada como essencialmente confessante. Palavras-chave: Poder pastoral. Exegese de si. Subjetividade confessante.
Título do Evento
Congresso Humanitas | Teologia
Cidade do Evento
Curitiba
Título dos Anais do Evento
I Congresso Humanitas: I Congresso Internacional do PPGT e XIII Congresso de Teologia PUCPR
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BONAFINI, Jose . PODER PASTORAL E SUBJETIVIDADE CONFESSANTE A PARTIR DE MICHEL FOUCAULT.. In: I Congresso Humanitas: I Congresso Internacional do PPGT e XIII Congresso de Teologia PUCPR. Anais...Curitiba(PR) PUCPR, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/humanitaspucprteo/120705-PODER-PASTORAL-E-SUBJETIVIDADE-CONFESSANTE-A-PARTIR-DE-MICHEL-FOUCAULT. Acesso em: 24/05/2025

Trabalho

Even3 Publicacoes