ESTRUTURA E EXPERIÊNCIA ORIGINÁRIA EM MERLEAU-PONTY: DESAFIOS À EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA

Publicado em 05/12/2018 - ISSN: 2176-3968

Título do Trabalho
ESTRUTURA E EXPERIÊNCIA ORIGINÁRIA EM MERLEAU-PONTY: DESAFIOS À EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA
Autores
  • Fernanda Pires Bertuol
Modalidade
Prorrogado envio de Resumo até dia 09/10/2018
Área temática
Ontologia e Epistemologia
Data de Publicação
05/12/2018
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/humanitaspucprfilo/125119-estrutura-e-experiencia-originaria-em-merleau-ponty--desafios-a-educacao-contemporanea
ISSN
2176-3968
Palavras-Chave
Merleau-Ponty, Estrutura, Experiência Originária, Educação.
Resumo
Estrutura e experiência originária em Merleau-Ponty: desafios à Educação contemporânea O intuito do presente trabalho é refletir sobre a concepção merleau-pontyana de experiência originária, enquanto expressa o desafio dos desafios à educação contemporânea. No contexto de uma discussão antropológico-filosófica, centrada inicialmente na questão que orienta o percurso da obra kantiana, pela indagação sobre o ser humano, chegando a compreendê-lo como fim último, busca-se situar o problema da consciência subjetiva como nodal no programa interdisciplinar das ciências cognitivas voltado a uma ciência natural da mente, interrogando seus pilares de sustentação. Com os avanços desse estudo, associados ao intensificado desenvolvimento de novos dispositivos tecnológicos, identifica-se uma alteração na questão central da antropologia filosófica: o ser humano passa a ser pensado à luz do modelo de desenvolvimento tecnológico, uma vez que este passa a asseverar e assegurar vantagem competitiva no mercado global. As implicações dos resultados desse modelo se expressam sob a forma de desafios à formação de profissionais para o dinâmico e competitivo mercado de trabalho e para enfrentarem problemas complexos e éticos de seu tempo, que provocam a educação a se reinventar. O ensino aos moldes de uma “educação bancária”, como denominou Paulo Freire, e a interdisciplinaridade pensada na lógica da disciplinarização dos saberes, como chamou à atenção Jayme Paviani, são insuficientes ao enfrentamento desses desafios, pelo contrário, os agrava. A partir dessa reflexão, busca-se interrogar a noção de estrutura inerente a dois momentos discursivos que marcam as ciências cognitivas: o representacionismo e a cognição incorporada e/ou situada. No primeiro momento, observa-se a presença de uma estrutura que se pretende universalista, mas encontra seus limites nos eventos da expressividade e físico-biológicos, até então, colocados à margem. No segundo momento, que inclui os fatores desconsiderados no primeiro, parece entrar em jogo um processo de desestruturação, pela multiplicidade de meios dispositivos e de relações efetuadas, embora a estrutura de poder, que dita as regras do jogo, ainda prevaleça e, com ela, a eliminação de ambivalências. Em sentido deleuziano, seus limites não teriam sido identificados ou, como coloca Lyotard, eventos colocariam sua previsibilidade em questão. Procura-se, assim, na noção de estrutura do comportamento em Merleau-Ponty, a base dialética do que o filósofo entendeu por experiência originária, irrefletida, ambígua e aberta à (re)significação, e que perpassa sua revisão sobre o modo como, tradicionalmente, se concebeu a percepção, na esteira de um representacionismo ou um realismo. Nesse sentido, a dicotomia sujeito-objeto, o dualismo cartesiano, o atomismo e o mecanicismo são alguns dos alvos da crítica merleaupontyana. A experiência originária não permite a redução do mundo à consciência, nem se pode pensá-la como uma exterioridade positivada. Ela é considerada na reversibilidade incondicional entre vidente e visível, fundante da comunicação, da alteridade e de todos os saberes. Regata-se assim o valor das ambivalências, se não, em absoluto, aniquila-se o horizonte de sentido, a possibilidade da (re)significação. Entende-se, contudo, que a concepção merleau-pontyana de experiência originária potencializaria as transformações educacionais comprometidas com o enfrentamento de problemas contemporâneos pertinentes, pois, expressa, ao mesmo tempo, os limites de uma estrutura e a sua abertura a alternativas possíveis, colocando-se, portanto, como o desafio dos desafios à educação de nosso tempo.
Título do Evento
Congresso Humanitas | Filosofia
Cidade do Evento
Curitiba
Título dos Anais do Evento
XVI Congresso de Filosofia Contemporânea da PUCPR: O Futuro das Humanidades
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

BERTUOL, Fernanda Pires. ESTRUTURA E EXPERIÊNCIA ORIGINÁRIA EM MERLEAU-PONTY: DESAFIOS À EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA.. In: XVI CONGRESSO DE FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA DA PUCPR - O FUTURO DAS HUMANIDADES. Anais...Curitiba(PR) pucpr, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/humanitaspucprfilo/125119-ESTRUTURA-E-EXPERIENCIA-ORIGINARIA-EM-MERLEAU-PONTY--DESAFIOS-A-EDUCACAO-CONTEMPORANEA. Acesso em: 16/07/2025

Trabalho

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