DIREITOS HUMANOS: POR UMA CIDADANIA AUTOGESTIONÁRIA

Publicado em 05/12/2018 - ISSN: 2176-3968

Título do Trabalho
DIREITOS HUMANOS: POR UMA CIDADANIA AUTOGESTIONÁRIA
Autores
  • ANTONIO JOSE ROMERA VALVERDE
Modalidade
Prorrogado envio de Resumo até dia 09/10/2018
Área temática
Ética e Filosofia Política
Data de Publicação
05/12/2018
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/humanitaspucprfilo/125109-direitos-humanos--por-uma-cidadania-autogestionaria
ISSN
2176-3968
Palavras-Chave
Direitos Humanos, cidadania autogestionária, Comuna de Paris.
Resumo
Resumo de “Direitos humanos: por uma cidadania autogestionária”. Se toda leitura é fonte de contaminação, não há como ler impunemente os versos de Eliot, as palavras de Marx e de Nietzsche sem confrontá-las com a justiça poética, a imaginação filosófica e a realidade social, em vista da arquitetura dos direitos humanos e sua proeminente crise, em curso no tempo presente. Ilustrando com passagens dos autores referidos: do mais conhecido poema de T. S. Eliot, “The Hollow Men” (Os Homens Ocos), eis os primeiros versos: “Nós somos os homens ocos / Os homens estofados/ Uns nos outros apoiados / O crânio cheio de palha. Ai! / Em mútuos cochichos / Nossas vozes secas / Frouxas sem sentido / São vento em capim seco / Pés de rato pisando / Vidro partido / Em nossa adega seca / Figura sem forma, sombra sem cor,/ Força entorpecida, gesto sem expressão (ELIOT, 1980, p. 63).” À sua vez, Marx considera que “a emancipação humana só estará plenamente realizada quando o homem individual real tiver recuperado para si o cidadão abstrato e se tornado ente genérico na qualidade de homem individual na sua vida empírica, no seu trabalho individual, nas suas relações individuais, quando o homem tiver reconhecido e organizado suas ‘forces propres’ [forças próprias] como forças sociais e, em consequência, não mais separar de si mesmo a força social na forma da força política (MARX, K., Sobre a questão judaica, 2010, p. 54).” Para Nietzsche, de modo preliminar, relembra-se a questão: “Criar um animal que pode fazer promessas – não é esta a tarefa paradoxal que a natureza se impôs, com relação ao homem? Não é este o verdadeiro problema do homem? (NIETZSCHE, F., A Genealogia da Moral. Uma polêmica, 1998, p. 47).” Mostrado o quadro inicial de referências do ensaio, - dispostos sob o arco compósito do capital globalizado e do niilismo, como fastio da concepção de homem, sobremaneira do homem moderno, na vaga do “fim das ilusões” e do sumiço da norma ética universal, que havia sustentado a civilização ocidental desde os gregos -, o problema em pauta pode ser antecipado na forma da seguinte interrogação: os direitos humanos devem ser redimidos e realinhados, desde uma perspectiva vindoura e superior, por hipótese, sob novos parâmetros como os de uma cidadania autogestionária? Porém, será possível tal inovação sem a crítica profunda da situação das classes sociais, da ideologia dominante e do papel Estado, por mais polissêmicos e desgastados que sejam estes termos? Movidos por estes sinais do tempo presente, o ensaio intenciona refletir acerca dos direitos humanos, de modo projetivo para a construção futura de uma cidadania de caráter autogestionário, demarcada pelo “fim das ilusões” e dos cacos do ethos antigo, remanescentes, como anacronismos, que alentaram com correção os homens da Idade Antiga até meados da Idade Moderna, sempre a reaparecer como dificuldades sem resolução para a época atual. Para tanto, consideram-se passagens da poesia e do cinema, da filosofia moderna e contemporânea, de modo a sustentar a defesa da teoria e da prática de tal cidadania futura, pensada, modelarmente, desde a experiência autogestionária da Comuna de Paris, como etapa destacada de sua construção.
Título do Evento
Congresso Humanitas | Filosofia
Cidade do Evento
Curitiba
Título dos Anais do Evento
XVI Congresso de Filosofia Contemporânea da PUCPR: O Futuro das Humanidades
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

VALVERDE, ANTONIO JOSE ROMERA. DIREITOS HUMANOS: POR UMA CIDADANIA AUTOGESTIONÁRIA.. In: XVI CONGRESSO DE FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA DA PUCPR - O FUTURO DAS HUMANIDADES. Anais...Curitiba(PR) pucpr, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/humanitaspucprfilo/125109-DIREITOS-HUMANOS--POR-UMA-CIDADANIA-AUTOGESTIONARIA. Acesso em: 17/06/2025

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