ENTRE A PALAVRA E A IMAGEM VISUAL: A FILOSOFIA DE MERLEAU-PONTY E A LINHA GERADORA DO SENTIDO NAS PINTURAS DE PAUL KLEE

Publicado em 05/12/2018 - ISSN: 2176-3968

Título do Trabalho
ENTRE A PALAVRA E A IMAGEM VISUAL: A FILOSOFIA DE MERLEAU-PONTY E A LINHA GERADORA DO SENTIDO NAS PINTURAS DE PAUL KLEE
Autores
  • CRISTIANE CHOMA CHUDZIJ
Modalidade
Prorrogado envio de Resumo até dia 09/10/2018
Área temática
Ontologia e Epistemologia
Data de Publicação
05/12/2018
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/humanitaspucprfilo/123159-entre-a-palavra-e-a-imagem-visual--a-filosofia-de-merleau-ponty-e-a-linha-geradora-do-sentido-nas-pinturas-de-pau
ISSN
2176-3968
Palavras-Chave
Imagens Visuais, Signos, Merleau-Ponty.
Resumo
Este resumo tem a intenção de apresentar uma pesquisa sobre a imagem visual através da filosofia de Merleau-Ponty. Qual é a ligação, a indivisão entre os signos linguísticos e os signos visuais que geram sentidos? Em um primeiro momento, vamos comparar os signos linguísticos com os signos visuais para compreender as relações e imbricações na formação do sentido. Na filosofia merleau-pontyana, em cada signo existe sempre um certo desvio e não uma determinação absoluta. O significado só se mostra indiretamente. Quer pela cor ou pela palavra, cada elemento depende de um outro para se destacar: cada palavra está no fundo de outras palavras, assim como cada cor está no fundo de outras cores. Desta maneira, os signos são diacríticos, pois assinalam diferenças que descentralizam correspondências diretas. Sem o paralelismo entre a palavra e o significado, a significação está no quiasma da carne do mundo, ou seja, num entrecruzamento entre o eu, o outro e o mundo, numa situação de existência que não descarta nem o vazio e nem o silêncio. Assim, o silêncio entre as palavras e o vazio entre as cores, também são signos que se envolvem no fluxo de uma linguagem. Uma linguagem que é conquistada mais por valores expressivos do que por uma significação lógica. Sem pontos de apoio, os signos possuem uma amplitude de espelhamentos, de incorporações e segregações que geram uma estruturação. Eles se afirmam e se negam, e é nesta amplitude de um único signo e de todos eles, num movimento de engendramento que é manifestada a espontaneidade comunicativa. Este estudo relacional se encaminhará para um segundo momento, cuja intenção é a de compreender a gênese de sentido através das imagens do pintor Klee, onde o visível não é uma experiência efetiva do olhar, mas a experiência do olhar que vivencia um horizonte de mundo. E é neste meio que não fixa e que irradia sentidos, que as cores de Klee nascem no terreno do Ser. A imagem de Klee é formalizada no espetáculo confuso da paisagem do próprio mundo, onde olhares contraditórios se entrecruzam. Nesta aventura, como afirmava o pintor, a experiência criativa é mais relevante do que a própria finalização da obra, porém, a forma em suas imagens não é descartada. Ao contrário, a forma é uma gestação do ser, um devir de um aparecer, um apresentar do tornar-se a ser, pelo nascimento do visível. As suas imagens nos mostram certa maneira de significar sem conceituar, de apresentar sem determinar; de criar não o objeto em si, mas de acessar a força gerativa da visibilidade. Assim, em um terceiro momento desta pesquisa, vamos defender que a experiência de uma imagem visual, que abre o sujeito ao sentido, é a mesma da linguagem falada. Elas são partes de uma mesma experiência estética: o contato selvagem com o Ser Bruto do mundo, um Ser Estético. Ser que se metamorfoseia em sentidos onde, ao mesmo tempo em que surge também se oculta no próprio fluxo da linguagem. É no mundo bruto da existência que a linguagem se recria, quer seja pelas imagens ou pelas palavras. Mundo e corpos entrelaçados numa constante gestação desdobram-se em significações que deflagram um só ser visível e invisível; imaginário e real.
Título do Evento
Congresso Humanitas | Filosofia
Cidade do Evento
Curitiba
Título dos Anais do Evento
XVI Congresso de Filosofia Contemporânea da PUCPR: O Futuro das Humanidades
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

CHUDZIJ, CRISTIANE CHOMA. ENTRE A PALAVRA E A IMAGEM VISUAL: A FILOSOFIA DE MERLEAU-PONTY E A LINHA GERADORA DO SENTIDO NAS PINTURAS DE PAUL KLEE.. In: XVI CONGRESSO DE FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA DA PUCPR - O FUTURO DAS HUMANIDADES. Anais...Curitiba(PR) pucpr, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/humanitaspucprfilo/123159-ENTRE-A-PALAVRA-E-A-IMAGEM-VISUAL--A-FILOSOFIA-DE-MERLEAU-PONTY-E-A-LINHA-GERADORA-DO-SENTIDO-NAS-PINTURAS-DE-PAU. Acesso em: 07/06/2025

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