FORMAÇÃO DE PROFESSORES E O ESTÁGIO SUPERVISIONADO  EM GESTÃO  ESCOLAR

Sabrina Plá Sandini; Romilda Teodora Ens

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Trabalho

Título do Trabalho

FORMAÇÃO DE PROFESSORES E O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GESTÃO ESCOLAR

Autores

Sabrina Plá Sandini
Romilda Teodora Ens

Modalidade

Resumo

Área temática

Formação de professores em diversos níveis e modalidades de ensino

Data de Publicação

28/11/2018

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/humanitaspucpredu/118315-formacao-de-professores-e-o-estagio-supervisionado--em-gestao--escolar

ISBN

978-85-5722-152-9

Palavras-Chave

Formação de professores, Estágio, Gestão escolar

Resumo

A questão educacional vem sendo considerada como expressão da globalização, do neoliberalismo e do processo de reforma do Estado. Desse modo, para refletir sobre os processos de gestão democrática da educação e o da formação de professores, concorda-se com Dourado (2003, p.79) de que a gestão democrática da educação é "um processo de aprendizado de luta política que não se circunscreve aos limites da prática educativa". Entretanto, é por meio dessa, que se abrem possibilidades de apreender e participar da democracia e, consequentemente, refletir sobre as estruturas de poder que permeiam as relações sociais e as práticas educativas. Contudo, não pode-se esquecer, que as escolas e a estrutura educacional brasileira não podem funcionar de modo isolado. As escolas reproduzem a sociedade, mas também podem interferir/transformá-la nesse seu duplo papel de reprodução cultural e social (BOURDIEU; PASSERON, 1975). Com base nesse desenho de sociedade e de escola é possível enfatizar a importância do estágio supervisionado, como uma prática responsável e coerente para a construção e formação de professores, no que pode contribuir para a equidade e da justiça social. Com o objetivo de compreender o estágio supervisionado definido pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a formação de professores no Brasil, mais especificamente, o estágio de gestão educacional, buscou-se por meio de uma pesquisa de abordagem qualitativa, exploratória e descritiva, sob a forma de análise documental (LUDKE; ANDRÉ, 1986), com o aporte teórico de autores como Nadal (2000), Dourado (2003), Pimenta e Lima (2004), Evangelista e Triches (2011), Ghedin (2015), dentre outros, analisar as DCNs (BRASIL, 2015, 2017) para formação de professores, em relação ao estágio supervisionado. Os dados produzidos e analisados possibilitaram constatar que, para Nadal (2000) a gestão democrática da educação exige uma formação docente para que se realize uma prática administrativo-pedagógica na instituição escolar, defendemos a oferta qualificada de um estágio curricular. Por meio do estágio, o futuro professor se diferencia do preparo para o exercício profissional de outros profissionais, como por exemplo, de médicos. Para estes, é exigido cumprir um estágio curricular e um estágio profissional como componentes de sua formação. Nos cursos de formação de professores, o estágio curricular é compreendido como as atividades que estudantes de graduação realizam durante o curso de formação, no campo de conhecimento e, que muitas vezes tem se constituído em atividade de pesquisa, para evidenciar a indissociabilidade teoria e prática. A esse, respeito, Pimenta e Lima (2004) reforçam que o estágio curricular na formação do professor não é apenas uma atividade prática, mas teórica instrumentalizadora da práxis docente, entendida como transformação da realidade. É uma atividade teórica de conhecimento, fundamentação, diálogo e intervenção na realidade, por isso objeto da práxis. Em outras palavras, é no contexto da sala de aula, da escola, dos sistemas de ensino e da sociedade que a práxis se dá. Deste modo, a fundamentação da gestão, em seu sentido macro, se expressa na constituição de um espaço público de direito, para promover condições de igualdade, criar um ambiente de trabalho coletivo que vise à superação de um ensino excludente. Para tal, há necessidade da atuação coletiva de professores/gestores para que juntos possam mediar os processos constitutivos da cidadania. Portanto, para repensar a formação de professores, há que se discutir os saberes fundamentais à prática educativa, uma vez que, ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção ou sua construção (FREIRE, 1996). Com essa perspectiva, Ghedin (2015) destaca que o estágio toma por base o princípio formativo na ação, na e pela qual o conhecimento faz parte pela apropriação da teoria, a qual, por seu turno, possibilita a análise e compreensão de contextos organizacionais e dos próprios sujeitos viabilizando a proposição de ações que contribua para transformar a realidade. Também é pertinente destacar que, com a aprovação do Plano Nacional de Educação (2014-2024), uma nova fase das políticas educacionais brasileiras parece se apresentar, a qual somada às diretrizes (2015) sinalizam a importância de buscar maior organicidade para a educação nacional. No entanto, são regulamentações que atendem às exigências internacionais para que a formação de professores inicial e continuada, em colaboração com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios em estreita articulação com os sistemas de ensino, redes e instituições de educação básica e superior, invistam na formação para o mercado. Assim, as DCNs, aprovadas pela Resolução 02/2015, retificada em 03/7/2015 e alterada pela Resolução CNE/CP nº 1, de 9 de agosto de 2017, apresentam inúmeras questões para a formação inicial e continuada e suas dinâmicas formativas. O estágio supervisionado em gestão educacional, nos cursos de licenciatura na graduação objetivam capacitar o profissional do magistério da educação básica para o exercício da docência e da gestão educacional e escolar, possibilitando acesso a conhecimentos específicos à área de gestão escolar, além da formação administrativo/pedagógica para o exercício da gestão, coordenação pedagógica e atividades afins, o seja, pretendem formar um "super professor" (EVANGELISTA; TRICHES, 2011). As DCNs, estabelecem que as atividades do magistério, compreendem a atuação e participação na organização e gestão dos sistemas de educação básica, englobando planejamento, desenvolvimento e coordenação, acompanhamento e avalição de projetos de ensino e das dinâmicas pedagógicas. Ainda, essas Diretrizes explicitam que a formação do profissional do magistério deve ocorrer de forma efetiva e concomitantemente relacionando teoria e prática, entendendo que a prática não se restringe somente a atividades práticas. As discussões sobre formação de professores e estágio supervisionado são dinâmicas e instigantes, pois, como afirma Paulo Freire (2009, p.01), "tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em torno da escola, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o destino da escola nas mãos. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós".

Título do Evento: Congresso Humanitas | Educação
Cidade do Evento: Curitiba
Título dos Anais do Evento: Anais do I Congresso Humanitas: Educação
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

SANDINI, Sabrina Plá; ENS, Romilda Teodora. FORMAÇÃO DE PROFESSORES E O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GESTÃO ESCOLAR.. In: Anais do I Congresso Humanitas: Educação. Anais...Curitiba(PR) PUCPR, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/humanitaspucpredu/118315-FORMACAO-DE-PROFESSORES-E-O-ESTAGIO-SUPERVISIONADO--EM-GESTAO--ESCOLAR. Acesso em: 04/06/2025