POLÍTICAS NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: UMA PESQUISA TIPO ESTADO DA ARTE

Publicado em 19/12/2018 - ISBN: 978-85-5722-166-6

DOI
10.29327/15810.3-1  
Título do Trabalho
POLÍTICAS NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: UMA PESQUISA TIPO ESTADO DA ARTE
Autores
  • Luana Arrial Bastos
  • Alexsander Pimentel
Modalidade
Cronograma e Instruções de Apresentação
Área temática
GT6- Direitos Humanos, Políticas Públicas e Migrações contemporâneas
Data de Publicação
19/12/2018
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/humanitaspucprdh/121587-politicas-no-ensino-de-linguas-estrangeiras---uma-pesquisa-tipo-estado-da-arte
ISBN
978-85-5722-166-6
Palavras-Chave
Políticas. Ensino de Língua Estrangeira. Estado da Arte.
Resumo
Com a crescer necessidade das migrações no mundo, seja por questões políticas, catástrofes ou desejo próprio, sobretudo após a mensagem do Papa Francisco (2017) ressaltando a acolhida, proteção, promoção e integração dos imigrantes e refugiados, faz-se necessário à aprendizagem da Língua do País que se escolheu para viver havendo assim sua inserção social. O presente estudo apresenta uma pesquisa tipo Estado da Arte referente às políticas no ensino-aprendizagem das Línguas Estrangeiras, com o propósito de mapear e discutir certas produções acadêmicas com o objetivo de analisar as pesquisas científicas já realizadas sobre as Políticas no Ensino de Línguas Estrangeiras no contexto acadêmico. Destacamos que esta pesquisa foi desenvolvida antes das crescentes imigrações para refugio ou acolhida de estrangeiros pelo mundo. Esta foi efetuada nas bases de dados eletrônicas na base de dados BDTD – ibict usando como palavras-chave “Políticas e as Línguas Estrangeiras” onde foram encontrados 126 artigos que entre estes somente 27 estavam diretamente relacionados aos temas em questão. O mapeamento e a análise dos conteúdos, com indicadores definidos "a priori", foi a técnica utilizada: no quadro A estão identificados I) Numeração; II) Titulo e Tipo; III) Autor(res) e ano; IV) Palavras-chave; V) Idioma (Língua Estrangeira pesquisada); VI) Região que foi realizada a pesquisa e VII) Autores mais utilizados na pesquisa; no quadro B foram identificando os aspectos: I) Numeração, II) Titulo; III), IV), V) e VI) nível da Educação que foi realizada a pesquisa e VII) Metodologia utilizada e no quadro C estão identificados os aspectos: I) numeração, II) link do artigo e III) as principais conclusões. O olhar sobre as políticas implica pensar em “governo da educação”, como afirma Tedesco (2010, p. 20), o que supõe, segundo o autor, uma mudança conceitual respeitável, colocando as políticas relativas aos docentes em um marco de governo, ou de governos que se sucedem em uma sociedade, e não as tratando como programas esparsos ou de forma genérica, sem ancoragem. (GATTI, SÁ, ANDRÉ, 2011, p.13). Para Pedra e Nodari (2015) o ensino de Línguas Estrangeiras Modernas – Espanhol e Inglês, no Brasil não acontece sem imprevistos, empecilhos e muita teoria bem formulada para práticas que não funcionam como seu eco. As autoras discutem como a implementação de algumas políticas públicas tem repercutido no ensino de Línguas Estrangeiras e na formação de professores de Espanhol e de Inglês. Moita Lopes (1999, p. 421- 422) defende que no caso de políticas que envolvam o ensino de Línguas Estrangeiras (LE) os “fatores de natureza sócio-políticos são necessários para explicar o papel de predomínio que certas LEs passam a desempenhar na história”. Para o ensino de LE foi elaborado o projeto geral de política linguística intitulado Quadro Europeu Comum de Referências para as Línguas: aprendizagem, ensino e avaliação, doravante QECR. O QECR foi desenvolvido pelos quase 50 países- membros do Conselho Europeu em 1991 e suas matrizes tornaram-se um marco internacional e oferecem atualmente orientações para a formulação de políticas linguísticas para o ensino, aprendizagem e avaliação em cerca de 30 línguas europeias, incluindo o inglês. A versão reestruturada do Quadro Europeu Comum de Níveis de Proficiência para o ensino e avaliação de línguas representa uma das mais importantes etapas de um processo que teve início em 1971 e contou com a colaboração de muitos especialistas dentro e fora da Europa. (SILVA, 2016). A apresentação de critérios objetivos na descrição da proficiência facilitará o reconhecimento recíproco de qualificações obtidas em diferentes contextos de aprendizagem e, consequentemente, facilitará a mobilidade europeia, atrevemo-nos a colocar mundial, no ensino e aprendizagem dos idiomas. Além do uso do QECR no ensino de Línguas, no Brasil existem os documentos PNE – Plano Nacional de Educação - e os PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais - os quais estabelecem diretrizes, metas e estratégias que regem as iniciativas na área da Educação e, logo, no Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas, como são intituladas, garantindo o direito de usufruir do conjunto de conhecimentos necessários para o ensino-aprendizagem. Fazendo um estudo no PNE percebemos que este é composto por 20 metas que abrangem todos os níveis de formação, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior. Na meta 4 na estratégia 4.7 diz sobre a garantia em oferecer a Educação Bilíngue em Língua Brasileira de Sinais (Libras) algo importantíssimo para integração dos que são surdos ou possuem deficiência auditiva. A Língua de Sinais é considerada pela linguística como língua natural ou como sistema linguístico legítimo e esta compartilha uma série de características que lhe atribui caráter específico e as distingue dos demais sistemas de comunicação. Logo, podemos tratar a Libras como sendo uma Primeira Língua (L1) sendo a Língua Portuguesa a Segunda Língua (L2), sendo, então, para os surdos a Língua Portuguesa sua L2. No que diz respeito aos resultados obtidos nesta pesquisa, percebemos que os estudos do tema são recentes entre os anos de 2002 e 2017 sendo todos de natureza qualitativa. Esta investigação demonstra as políticas no Ensino de Línguas Estrangeiras tanto nas 27 pesquisas como pelo QECR, o qual fornece uma base comum para a elaboração de programas de línguas, linhas de orientação curriculares, exames, manuais, etc., na Europa, e pelos PCNs e pelo PNE- 2014/2024 os quais são fonte de referência para discussões e tomada de posições sobre o ensinar e aprender Língua Estrangeira nas escolas brasileira (públicas, particulares e ensino de idiomas) e logo Educação Brasileira. São as políticas que envolvem o ensino-aprendizagem de Línguas Estrangeiras, não tendo um caráter dogmático. Percebemos, ainda, que são recentes as pesquisas sobre Politicas e o Ensino de Línguas Estrangeiras, mas estas estão em um crescer entre os professores-pesquisadores de LE. Uma grande “revelação” foi que o Ensino de Português como Língua Estrangeira está entre os mais realizados. Demonstrando que a procura por aprender português, bem como, sua Cultura o ensino do PLE estão em voga nas linhas de pesquisas, seja por estrangeiros, imigrantes e/ou refugiados sendo indispensável que o ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa siga diretrizes e normas não só do PNE, assim como, se adapte e se aproprie às normas do QECR.
Título do Evento
Congresso Humanitas | Direitos Humanos
Cidade do Evento
Curitiba
Título dos Anais do Evento
III Congresso Internacional de Direitos Humanos e Políticas Públicas: Democracias, desigualdades e lutas sociais
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

BASTOS, Luana Arrial; PIMENTEL, Alexsander. POLÍTICAS NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: UMA PESQUISA TIPO ESTADO DA ARTE.. In: III Congresso Internacional de Direitos Humanos e Políticas Públicas: Democracias, desigualdades e lutas sociais. Anais...Curitiba(PR) PUCPR, 2018. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/humanitaspucprdh/121587-POLITICAS-NO-ENSINO-DE-LINGUAS-ESTRANGEIRAS---UMA-PESQUISA-TIPO-ESTADO-DA-ARTE. Acesso em: 04/07/2025

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