ESPAÇO URBANO VISÍVEL: O QGIS COMO FERRAMENTA INSURGENTE DE REPRESENTAÇÃO DO TERRITÓRIO DE TIANGUÁ/CE.

Publicado em 14/07/2024 - ISBN: 978-65-272-0573-9

Título do Trabalho
ESPAÇO URBANO VISÍVEL: O QGIS COMO FERRAMENTA INSURGENTE DE REPRESENTAÇÃO DO TERRITÓRIO DE TIANGUÁ/CE.
Autores
  • Brenda Maria Macedo Mendes
  • eloise de brito mudo
Modalidade
Resumo Expandido
Área temática
Tecnologias de Geoinformação nos Desafios Globais (Tecnologies in Geoinformation for Global Challenges)
Data de Publicação
14/07/2024
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/geodesign-south-america/789375-espaco-urbano-visivel--o-qgis-como-ferramenta-insurgente-de-representacao-do-territorio-de-tianguace
ISBN
978-65-272-0573-9
Palavras-Chave
Cartografia digital, Geoinformação, Geotecnologia, Participação popular, Planejamento urbano.
Resumo
Nas últimas décadas, os debates envolvendo o direito à cidade, para além do acesso à infraestrutura urbana básica (Lefebvre, 2001), estão cada vez mais presentes sob a perspectiva na qual o Estado compadece mais aos interesses do setor privado do que às necessidades da população (Miraftab, 2009), que a cada dia se afasta da cidade onde mora, distanciando-se, também, do seu direito à cidade garantido por lei (BRASIL, 2001). Nas pequenas e médias cidades, ações insurgentes para embasar o planejamento urbano e executar estratégias urbanísticas são ainda mais necessárias pela carência de dados e informações existentes, tais ações estão cada vez mais acessíveis devido ao constante crescimento de tecnologias da informação, incluindo os SIG (Sistemas de Informações Geográficas), que além de permitirem uma vasta produção de dados diversos - estes podendo ser construídos por diferentes setores da sociedade (Meneses, 2017) - possibilitam a modelagem desses dados para servirem como informações pertinentes na busca por estratégias de planejamento urbano (Saboya, 2000). Este trabalho surge paralelo ao trabalho final de graduação da autora, moradora de Tianguá - que possui pouco mais de 81 mil habitantes (IBGE, 2023), considerado principal município da Microrregião da Ibiapaba, localizada na fronteira do estado do Ceará com o Piauí. Durante a pesquisa do trabalho final de graduação citado, notou-se que Tianguá não possuía quaisquer informações, geoespaciais ou não, relevantes acerca do território, com exceção de uma supérflua e sem escala representação em formato DWG do seu miolo urbano. Essa invisibilidade do território permite que a expansão urbana se dê de forma desordenada, problema que abrange tanto o núcleo urbano - com a crescente criação de loteamentos, alguns sendo até ilegais - quanto os entornos rurais - com a ocupação indevida de áreas que precisam ser preservadas para evitar desmatamento, erosão, empobrecimento do solo e até desertificação. Diante disso, deu-se o primeiro passo para que o território tianguaense se torne conhecido: usou-se o software QGIS, ferramenta plural, gratuita e colaborativa de construção de informações espaciais, tanto para embasar o trabalho final de graduação quanto para começar a construir a primeira base de dados espaciais do município, objetivando pautar diversos outros trabalhos acadêmicos e/ou profissionais futuros que tenham Tianguá como objeto de pesquisa e/ou planejamento, gerando maior variedade de percepções sobre a cidade ao trazer “luz” aos “espaços opacos” (Santos e Silveira, 2001). Então, houve a junção e espacialização de dados oficiais existentes, como os do IBGE e IPECE - delimitações territoriais, massas d’água etc. - e se criou novos dados, como hierarquização das vias e mapeamento de locais de lazer - praças, por exemplo. Além disso, através de processamento de imagem satélite (TOPODATA, 2023), foi possível obter as curvas de nível do território. Todos os dados produzidos e modelados até o momento podem auxiliar na busca por alternativas para as problemáticas urbanas, permitindo que ações, desprendidas ou não do poder público, nasçam em Tianguá. A base de dados iniciada neste trabalho segue em construção para alimentar, como plano futuro, o primeiro banco de dados espaciais do município. REFERÊNCIAS MOREIRA, E., CARDOSO, D. Sistema integrado de modelagem da informação como suporte ao planejamento urbano. In: Anais da 6ª Conferência da Rede Lusófona de Morfologia Urbana, PNUM: morfologia urbana: território, paisagem e planejamento. Vitória: UFES, v. 2 p.349-357, 2017. ASCHER, François. Os novos princípios do urbanismo. [s.l.] Romano Guerra Editora, 2010. 104p. IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Diretoria de Pesquisas - DPE - Coordenação Técnica do Censo Demográfico - CT. 2023. IPECE - INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ. Fortaleza, 2019. LAMAS, José M. Morfologia urbana e desenho da cidade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004. LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. Tradução: Rubens Eduardo Frias. São Paulo: Centauro, 2001. 72p. MENESES, V. D. Participação na era da informação: uma análise do uso das TICs nos processos participativos. 2017. 116 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo e Design) – Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017. MIRAFTAB, F. Insurgent planning: situating radical planning in the Global South. In: Planning Theory, v. 8, n. 1, 2009, p. 32-50. NOGUEIRA, Ruth Emilia. Cartografia: representação, comunicação e visualização de dados espaciais. Florianópolis, SC: Ed. UFSC, 2009. 3. ed. 313 p. TOPODATA - Banco de Dados Geomorfométricos do Brasil. São Paulo. 2021. Disponível em <http://www.dsr.inpe.br/topodata/>. Acesso em: 1 out. 2023. SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. Novas redes urbanas: cidades médias e pequenas no processo de globalização. GEOGRAFIA, Rio Claro, v. 35, n. 1, p. 51-62, jan./abr. 2010. SABOYA, Renato. Análises espaciais em planejamento urbano: novas tendências. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, v. 3, p. 61-79, 2000. SANTOS, Milton e SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: RECORD, 2001. *Autora: Brenda Maria Macedo Mendes (http://lattes.cnpq.br/4875428092516249) *Co-autora: Eloise de Brito Mudo (http://lattes.cnpq.br/1330300396075534)
Título do Evento
Geodesign South America 2023
Cidade do Evento
Fortaleza
Título dos Anais do Evento
Anais do Geodesign South America: talks about transformations - urban waters
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital

Como citar

MENDES, Brenda Maria Macedo; MUDO, eloise de brito. ESPAÇO URBANO VISÍVEL: O QGIS COMO FERRAMENTA INSURGENTE DE REPRESENTAÇÃO DO TERRITÓRIO DE TIANGUÁ/CE... In: Anais do Geodesign South America: talks about transformations - urban waters. Anais...Fortaleza (CE) Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Design da Universidade Federal do Ceará, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/geodesign-south-america/789375-ESPACO-URBANO-VISIVEL--O-QGIS-COMO-FERRAMENTA-INSURGENTE-DE-REPRESENTACAO-DO-TERRITORIO-DE-TIANGUACE. Acesso em: 25/05/2025

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