De Vazio Urbano À “Praça”: Práticas De Resistência No Brasil Novo, Periferia De Macapá - Ap

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Trabalho

Título do Trabalho

DE VAZIO URBANO À “PRAÇA”: PRÁTICAS DE RESISTÊNCIA NO BRASIL NOVO, PERIFERIA DE MACAPÁ - AP

Autores

Luana Marques Vieira
Danielle Costa Guimarães
Luana Rocha De Souza

Modalidade

Resumo

Área temática

Viver a cidade - O ambiente urbano • Mobilidade urbana • Acessibilidade • Informalidade • Maneiras de morar • Pertencimento • Participação

Data de Publicação

22/11/2019

País da Publicação

Brasil

Idioma da Publicação

Português

Página do Trabalho

https://www.even3.com.br/anais/forumhabitar2019/200809-de-vazio-urbano-a-praca--praticas-de-resistencia-no-brasil-novo-periferia-de-macapa---ap

ISSN

Palavras-Chave

Análise urbana, Espaços públicos, Ocupação, Brasil novo, Macapá

Resumo

Tendo como pressuposto a importância dos espaços públicos de lazer em bairros de uso, predominantemente, habitacionais para a articulação da vida pública e da coletividade, assim como para a democratização e vitalidade das cidades, analisa-se a situação do bairro Brasil Novo, localizado na zona norte da cidade de Macapá – área periférica da capital do estado do Amapá. Sendo uma cidade média da região amazônica, Macapá passou por períodos de alto crescimento populacional, o qual não foi acompanhado de planejamento e urbanização adequados, levando a uma expansão urbana problemática pouco assistida pela administração pública, como na zona norte de Macapá. A esse processo de segregação, soma-se a baixa participação popular nas intervenções urbanas, seja ela de pequena ou grande escala, e se tem cenários de baixa autonomia da ação coletiva e urbanidades carentes. É observado nas praças de bairros periféricos, majoritariamente, uma baixa articulação entre os agentes, espaços esvaziados pelo senso comum que os marginaliza e os considera lugares perigosos e de atividades ilícitas, em detrimento de algumas praças do centro – fazendo com que as atividades de lazer e cultura, assim como investimentos em infraestrutura, sejam concentradas nesse eixo. Em casos extremos, como o do Brasil Novo, o Poder Público nega até mesmo o próprio equipamento urbano – seja ele uma praça, parque, largo - o que levou a uma ocupação espontânea e gradativa de um vazio urbano no bairro por grupos de moradores. Dessa forma, o objetivo do artigo consiste em analisar esta mobilização de pessoas ao ocupar o espaço em questão, o qual já configura no imaginário dos usuários como uma praça, apesar de não legitimado pelo poder público. Como método utiliza-se de observação participante, entrevistas, derivas e análise documental. Constata-se três grupos que ocupam o vazio urbano para vendas de alimentos, prática de esportes e atividades culturais de resistência, como o circuito do rap, prática de vôlei e capoeira, venda de alimentos e aluguel de brinquedos. Entretanto, a articulação entre esses agentes (incluindo o poder público) é problemática, o que interfere na coesão da luta pelos direitos de todos na comunidade. A partir disso, conclui-se a importância da ocupação desse espaço para a intensificação de um senso de coletividade, resistência cultural e mobilização social a fim de conquistar espaços e direitos, articulação necessária para se garantir o direito de viver e se expressar na urbe - a democratização da cidade.

Título do Evento: Fórum HABITAR 2019: Habitação e Desenvolvimento Sustentável
Cidade do Evento: Belo Horizonte
Título dos Anais do Evento: Anais do 5º Fórum HABITAR 2019: Habitação e Desenvolvimento Sustentável
Nome da Editora: Even3
Meio de Divulgação: Meio Digital

Como citar

VIEIRA, Luana Marques; GUIMARÃES, Danielle Costa; SOUZA, Luana Rocha De. DE VAZIO URBANO À “PRAÇA”: PRÁTICAS DE RESISTÊNCIA NO BRASIL NOVO, PERIFERIA DE MACAPÁ - AP.. In: Anais do 5º Fórum HABITAR 2019: Habitação e Desenvolvimento Sustentável. Anais...Belo Horizonte(MG) UFMG, 2019. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/forumhabitar2019/200809-DE-VAZIO-URBANO-A-PRACA--PRATICAS-DE-RESISTENCIA-NO-BRASIL-NOVO-PERIFERIA-DE-MACAPA---AP. Acesso em: 12/06/2025