O COLESTEROL EXACERBA AS ALTERAÇÕES MICROCIRCULATÓRIAS MODULANDO DIFERENCIALMENTE A PROGRESSÃO DA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA

Publicado em 10/02/2025 - ISBN: 978-65-272-1162-4

DOI
10.29327/fisiopat2023.661747  
Título do Trabalho
O COLESTEROL EXACERBA AS ALTERAÇÕES MICROCIRCULATÓRIAS MODULANDO DIFERENCIALMENTE A PROGRESSÃO DA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA
Autores
  • Evelyn Nunes Goulart da Silva Pereira
  • Beatriz Peres Araujo
  • Carolina Souza Machado Martins
  • Karine Lino Rodrigues
  • Raquel Rangel Silvares
  • Fernanda Verdini Guimarães
  • Edgar Eduardo Ilaquita Flores
  • Patrícia Machado Rodrigues E Silva
  • ANISSA DALIRY
Modalidade
Resumo
Área temática
Doenças Metabólicas
Data de Publicação
10/02/2025
País da Publicação
Brasil
Idioma da Publicação
Português
Página do Trabalho
https://www.even3.com.br/anais/fisiopat2023/661747-o-colesterol-exacerba-as-alteracoes-microcirculatorias-modulando-diferencialmente-a-progressao-da-doenca-hepatica
ISBN
978-65-272-1162-4
Palavras-Chave
Lipotoxicidade, Doença hepática gordurosa não alcoolica, Microcirculação
Resumo
Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é a doença hepática mais comum no mundo. Cerca de 25% dos pacientes com DHGNA desenvolvem esteato-hepatite não alcoólica (EHNA), a forma inflamatória da doença que pode evoluir para cirrose e insuficiência hepática. Objetivo: Neste estudo buscamos avaliar o papel do colesterol como insulto modulador da progressão da DHGNA, em especial de danos microcirculatorios. Métodos: Inicialmente, o modelo experimental de DHGNA/EHNA foi induzido em 20 camundongos machos C57BL/6 utilizando uma dieta rica em gordura e carboidrato (HFHC) por 31 semanas. Adicionalmente, entre as semanas 31 e 39, 10 camundongos foram alimentados com uma dieta acrescida de 2% de colesterol (HFHC+COL) (CEUA L-012/2018 A1). Quanto as análises microcirculatórias, o recrutamento de leucócitos e o número de células estreladas hepáticas positivas para vitamina A foram avaliados na microcirculação por microscopia intravital. A fluxometria foi usada para avaliar in vivo a perfusão microcirculatória. Os resultados foram expressos em média ± desvio padrão da média. As comparações entre os grupos foram feitas utilizando ANOVA one-way seguido pelo teste post hoc de Tukey. Valores de p<0,05 foram considerados significativos. Resultados: Com 39 semanas, o grupo HFHC+Col apresentou hepatomegalia (CTL: 0,06±0,003 vs HFHC+Col: 0,15±0,009; gramas; p<0,001) e fígado com descoloração amarelo pálido, indicando esteatose hepática. Histologicamente, o grupo HFHC+Col mostrou esteatose, tanto macro quanto microvesicular, inflamação hepática, dano hepatocelular e fibrose, quando comparados aos demais grupos. O grupo que recebeu colesterol, apresentou maior marcação para a alfa-actina de músculo liso, aumento da transcrição de COL1A1 no figado (HFHC+Col: 40,8±6,4 vs CTL: 1,0±0,1 e HFHC 14,2±2,9; expressão relativa/ß-actina; ambos p<0,001) e maior ativação de células estreladas (HFHC+Col: 28,5±3,9 vs CTL: 124,3±3,0 e HFHC 56,5±5,7; nº células vitamina A+; ambos p<0,001) comparativamente aos demais grupos. Por citometria de fluxo demonstrou-se evidência de polarização TH1 pela razão IFN-?/IL-4, no grupo HFHC+Col (p=0,022). Os grupos HFHC e HFHC+Col apresentaram uma redução de 56% e 71% respectivamente, (ambos p<0,001) no fluxo sanguíneo microvascular hepático, sendo o comprometimento observado no grupo HFHC+Col mais pronunciado (p=0,045). A suplementação com colesterol também levou a um recrutamento de leucócitos superior na microcirculação do fígado, com maior rolamento (HFHC+Col: 13,3±1,4 vs CTL: 2,2±0,3 e HFHC 8,9±0,4; nº de leucócitos rolando/30s; p<0,001 e p=0,002 respectivamente) e adesão leucocitária (HFHC+Col: 13,0±1,3 vs CTL: 2,0±0,4 e HFHC 9,6±1,0; nº de leucócitos aderidos/30s; p<0,001 e p=0,023, respectivamente), além de aumentar o nível de transcritos de mRNA para HIF1A (HFHC+Col: 1,8±0,14 vs CTL: 1,0±0,12 e HFHC 1,4±0,05; expressão relativa/ß-actina; p<0,001 e p=0,044 respectivamente), e ICAM-1 (HFHC+Col: 4,2±0,1 vs CTL: 1,3±0,4 e HFHC 2,2±0,4; expressão relativa/ß-actina; p<0,001 e p=0,012 respectivamente) em comparação aos demais grupos. Conclusão: Com base nesses resultados, concluímos que a lipotoxicidade induzida pelo colesterol exacerbou a hepatomegalia, os danos metabólicos, hepáticos, inflamatórios e distúrbios microcirculatórios induzidos pela dieta HFHC. Paralelo a isso, mostramos que a hipóxia crônica pode atuar como um fator exacerbado pela (ou exacerbador da) lipotoxicidade e, mais importante, podendo ser uma ligação entre esteatose simples e EHNA.
Título do Evento
II Congresso de Fisiologia e Patologia
Cidade do Evento
Rio de Janeiro
Título dos Anais do Evento
Anais do Congresso de Fisiologia e Patologia
Nome da Editora
Even3
Meio de Divulgação
Meio Digital
DOI

Como citar

PEREIRA, Evelyn Nunes Goulart da Silva et al.. O COLESTEROL EXACERBA AS ALTERAÇÕES MICROCIRCULATÓRIAS MODULANDO DIFERENCIALMENTE A PROGRESSÃO DA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA.. In: Anais do Congresso de Fisiologia e Patologia. Anais...Rio de Janeiro(RJ) Fiocruz, 2023. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/fisiopat2023/661747-O-COLESTEROL-EXACERBA-AS-ALTERACOES-MICROCIRCULATORIAS-MODULANDO-DIFERENCIALMENTE-A-PROGRESSAO-DA-DOENCA-HEPATICA. Acesso em: 02/06/2025

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